terça-feira, 31 de julho de 2012

O sabor de cada um !

Eu sabia que estava indo ao encontro do inusitado,da coisa quase inexistente ,de um sonho de verão em  inverno pleno e rigoroso.Isso aliado as conjunções decorrentes dos fatos dos últimos dias fazia da viagem uma coisa meio que surrealista,algo assim como as pinturas de Salvador Dali,que quando olhamos como simples admiradores não entendemos nada,apenas admiramos,mas quando olhadas por especialistas tem um caminhão de coisas a mostrar e dizer.E nesse vaivém de emoções conflitantes,onde perguntas de repente viram respostas e as certezas se consolidam,mostrando que ao sabor de cada emoção está atrelado um sentimento conflitante e perturbador, é possível definir o que move ,ou o que nos move,nessa vontade irrefreável de trocas pendentes.E foi realmente assim que tudo sucedeu,um esconderijo secreto e inexpugnável fazia com que pessoas  que deveriam estar lado a lado se curtindo e sendo felizes por momentos que ambos queriam sublimes,servia com refúgio,onde a fuga só seria possível se existisse uma vontade precípua e esta havia sumido no cipoal das emoções que compunham o painel da vida .Nisso tudo,que pode parecer confuso e sem nexo,tal qual as pinturas referidas,ficou latente a certeza de que havia um afeto recíproco, que por seus  atos, e por seu próprio entendimento achou por bem abdicar em nome de um valor maior.Foi a maior demonstração de amizade que um poderia oferecer ao outro,pois ambos entendiam  que qualquer sentimento ou a soma de todos eles só existiriam se estivesse nela,a amizade, escorados.E eles os tinham todos, e dentro daqueles casos que um dia fariam parte do mural da vida deles,ficou só a certeza de um imenso amor que não se concretizou porque se fez presente antes e depois da hora,e sendo assim fora da hora certa.Mesmo assim existiram coisas que os unirão indefinidamente e em cada ocasião que se encontrarem ou se avistarem,ambos num lampejo qualquer farão,até sem querer,um breve feed back de suas vidas e com toda a certeza darão um sorriso que poderá ser de saudade,de lembrança,pelo que perderam e pelo que conviveram e que certamente será muito mais uma lágrima furtiva que um sorriso,uma lágrima que terá o sabor agridoce  de uma renúncia.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O discurso !

O discurso foi bem pensado e engendrado, de forma tal que não deixaria dúvida nenhuma,tanto pela clareza como pela consistência empregada em seus termos e pelo jogo limpo e aberto que sempre caracterizou nosso enredo,onde o olho no olho delimitava tudo. Dizia ele que não havia mais sentido em continuar fomentando e investindo em algo que não tinha chances de prosperar e por isso sem horizontes,sem futuro.Todas as perspectivas ,todos os sonhos de convivência e todas as trocas sonhadas e imaginadas perdiam a razão de ser quando não se tinha como alterar caminhos já traçados e que por força das curvas que somos levados a fazer em nossas vidas,eram imutáveis.E por aí seguia célere em seu desenrolar derrubando uma a uma todas as coisas que imaginávamos para poder viver aquela vida que queríamos,mesmo que fosse ,como gostavas de afirmar,uma vida paralela ,que servia para fazer felizes aqueles que na estrada ao lado não se achavam realizados,estavam incompletos,como que esperando um ao outro.E o encontro ocasional e redentor servia também para mostrar que é possível ser feliz em situações meio que adversas e sem fazer ninguém infeliz.Seria,de fato,o verdadeiro pulo do gato,achar o ouro  no terreno ao lado e usufruir dele.Também falava que estava cada dia mais difícil suportar tua ausência,ter tu ao lado de forma mais amiúde já tinha se tornado coisa prioritária.Os abraços ,os beijos,o carinho externado em toda troca de olhares e os entrelaçamentos noturnos e que levavam ao êxtase e acabavam levando ao dormir abraçados sem saber que dormiam ,seriam ,dali para frente, lembranças que serviriam para embalar nossa vida e reordenar as  coisas,nos levando sempre que houvesse aquela imagem na mente a felicidade de termos compartilhado momentos que seriam  inesquecíveis.Mas é da vida e dela não temos como fugir,apenas chegamos em momentos diferentes, e isso acaba por determinar que criemos situações que não podem ser misturadas.Em síntese esse é o palavrório que deveria ser falado,mas quando chegaste com teu sorriso e teu cheiro que só eu sinto,todo ele foi esquecido,e apenas restou dizer: oi fofa,se tivesses chegado antes teríamos mais tempo juntos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sem saber !

Eu sei que em uma hora qualquer vou ter de tomar a decisão,talvez a mais difícil e mais dolorida,mas é algo que tem de ser feito e encarado como a única solução possível,ou melhor,não a única possível mas a mais adequada e a mais coerente com toda a situação ,por enquanto pendente.Será a típica renúncia sem adeus,onde apenas o silêncio irá substituir a intensa verborragia que reinava em cada "encontro".E me incomoda a perspectiva de tua ausência,pois desde o primeiro momento te colocaste na posição de alguém tão importante em todos os sentidos que no dia que não falamos é como se ele ficasse incompleto,com pendências inexplicáveis,como se algo importante tivesse sido deixado de ser dito e que cada coisa não  falada ,feita  ou sugerida tivesse uma importância fundamental em nossas vidas e determinasse todo e qualquer amanhã.E agora que o tal amanhã está logo ali a ,dúvida  penetrante se insinua e faz perguntas que não tem resposta,ou só o silêncio como pano de fundo.É uma incógnita que só os fatos após consumados darão a resposta.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tudo é teu nome !

Não tenho a definição exata,mas acho que tentei te tirar do meu caminho,te afastar e seguir em frente,ou até ,e talvez seja o mais provável, que tenha tentado mais para dizer que tentei, mas sem nenhuma vontade de não te ver.E reconhecendo a impossibilidade  de um distanciamento maior ,o melhor e mais prazeroso é ,sempre que for possível,juntar cada coisa que ficou pendente da ultima vez e anexar ao que se quer da próxima .Parece ser um fórmula inteligente de ter sempre uma ou mais perspectivas e motivos para reencontros,tendo em vista que as juras e as promessas são sempre recorrentes e a esperança de que o tempo seja mais compreensivo e alongue suas horas quando estamos juntos,faz com que estreitemos mais e mais nossos laços.Nada surge do nada, tudo que acontece é consequência de nós mesmos, de nossos atos e da confluência de perfumes tão íntimos e tão intensos que raramente se encontram e que poucos o sentem,coisa que todos tem mas que a diversificação da vida e de seus encontros e desencontros faz com que não muitos tenham essa apoteose.E se fomos tocados por essa avalanche de sentimentos  que nós mesmos deflagramos e que foram expostos com tanta enfase e liberdade nada mais importa ,nesses momentos que ainda são momentos e por isso mesmo são tempos difusos,mesmo que reais,que os vivamos com a alegria e força intima de cada um de nós.Cada um tem seus compromissos e cada um tem suas responsabilidades e no momento em que elas estão garantidas e preservadas é mais do que justo que tenhamos essa vivência intima que nos coloca no panteão daqueles que foram eleitos para viver os momentos mais felizes que possam existir, e nada é tão intimo como nós dois juntos,nada é sequer comparável a  felicidade que parece estar escrita em teus olhos e que dividimos.Esses momentos ,que são apenas nossos,não são mensuráveis e se tivesse de responder o que tu é para mim,eu diria apenas:tudo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Assim é!

É a coisa mais comum que existe cada um considerar seus problemas como os maiores e mais encrespados que existem.Só que na verdade não é bem assim,acontece que temos a tendencia ,natural até,de olhar apenas para nosso umbigo,pata dentro de nós mesmos,sempre achando que somos os portadores e sofredores dos maiores males do mundo.Muitas vezes também penso assim ,mesmo que muita coisa nem seja bem um problema,mas nada mais que um contratempo qualquer e de quase sempre fácil solução e que até alguns se solucionem por si mesmos.Mas a nossa índole ,acredito que todos temos uma boa dose de masoquismo,tende a fazer um verdadeiro maremoto num copo  d água.Quase que a totalidade desses pretensos males  que causam tanta ansiedade e sofrimentos inócuos são oriundos de causas sentimentais,desavenças amorosas,conflitos de mal querença.Então cai o mundo,bem como diz a música da Maysa,se um amor falhou o mundo acabou,quando sabemos que o mais provável é que esse mundo seja logo reerguido por um novo amor que logo chega e que já pode estar a caminho,é questão de tempo.Mas dizem os que gostam dessa síndrome periódica de querer sofrer, que isso faz bem purifica e aperfeiçoa todo o sistema emocional para um novo caso,quer dizer,um novo sofrimento e assim sucessivamente.Se a maioria desses,eu inclusive,vez em quando espichasse os ouvidos para os outros,amigos até que esto ao lado,veria que a coisa é bem diferente e saberia o que realmente significa e é um problema.~Dia desses num churras entre amigos e conhecidos,um deles,justamente o de melhor condição de vida,bastante rico e saudável,entre um trago e um naco de carne achou por bem desabafar e contar coisas  de sua vida que deixaram todos de ,literalmente ,boca aberta.Disse ele,quando se conversava sobre relacionamentos,e após começar ele a falar a roda emudeceu,que eta separado e pagava uma bela pensão e que a ex o importunava quase que dia sim dia não,tornando todos os seus envolvimentos posteriores quase um inferno.A filha há dez anos não via e ela não o procurava e não queria saber dele e tampouco ouvia seus chamados.O filho não aceitava sequer um convite para jantarem juntos e dizia abertamente que não suportava ele e só telefonava quando precisava de dinheiro ou que solucionasse algo.Concluiu dizendo que não sabia mais o que fazer e que sabia ,até por ter muitos bons amigos,que não era uma pessoa ruim.Nenhum de nós ali presentes,até por não saber mais detalhes,teve algo a dizer,não há como argumentar qualquer coisa.A roda se desmanchou e cada um seguiu  seu rumo.Sai dali pensando se eu tenho problemas?Não, na verdade não tenho,eu sou é feliz e as vezes esqueço disso.Simples assim,mas verdadeiro.

sábado, 21 de julho de 2012

Prisioneiro de si mesmo!

Ainda bem que ninguém perguntou o que aconteceu de tão especial para que tenha ocorrido uma mudança tão radical que fez um relacionamento sair da sombra e se tornar algo que extrapolou até a expectativa mais alvissareira.Mas só quem viveu esse tipo de experiência,quando acontece detalhes que modificam uma forma de ver e por consequência estabelecem uma outra forma de agir e sentir e pensar,podem entender em sua plenitude.Nas diversas formas de conquista a que todos estão sujeitos a grande maioria delas tem seu tempo de arrebatamento,vivência e natural declínio por algo já provado e experimentado,mesmo que um dia,que pode estar logo ali em passado recente,tenha sido o motivo de promessas e juras que então eram eternas .Tudo isso está ,quase sempre ,intimamente relacionado ao estado físico de cada um ,quando se esquece outros aspectos e tudo é direcionado  em função do sexo ou das  prerrogativas para isso.Por isso esse troca troca constante desta época,onde o ficar hoje com alguém não significa que amanhã sequer eu a conheça.Lógico que é bom enquanto dura.,mas dura pouco e a razão sentimental fica comprometida,até para relacionamentos que poderiam progredir.A dúvida que se instala ,quando todos são de todos ,cedo ou tarde cobra seu preço.Se usou e usufruiu da parte física ,como se um ou outro só fossem úteis para transas e onde o corpo é um mero instrumento de prazer.Esses são os relacionamentos voláteis,que se evaporam de uma hora para outra e já não causam surpresas,apenas acontecem.Mas quando,e aí está a explicação referida no caput do post,a conquista se dá através da conjunção corpo/cabeça tudo muda de figura e tudo leva a crer que esse entendimento será de duradouro tempo útil.Toda a vez você ouvir de alguém que seus pensamentos e sua mente a conquistaram pode ficar certo que ali está a pessoa que mais tem condições de lhe fazer feliz,ou coisa que o valha.Não se engane ,esse é o caminho e quando mais tarde,o corpo já não apresentar aquele aspecto encantador para as atividades que complementam o envolvimento,fique certo que para aquele que foi seduzido pela mente, o corpo será sempre o mesmo ,não sofrerá mudanças,pois aquilo que foi valorizado e embasou tudo continua intacto e certamente enxergará o aspecto físico sempre igual ao que originalmente era.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ah, o homem das cavernas !

Há momentos em determinadas ocasiões que acho que desce em mim aquele espírito,o qual acho que todos tem,( para poder usar como indulgência),de quebrar todas as regras de boas maneiras e tomar decisões e ter atitudes que até podem não ser as mais sociais ou condizentes,mas que resolveriam de uma vez por todas muitos problemas que notamos se avolumarem.Tenho muito em mente nessas ocasiões aquela caricatura antiga,largamente difundida e que ultimamente sofreu uma contraponto em seu  significado original,que mostra na pré história um homem de então arrastando uma mulher pelos cabelos e se direcionando para a alcova ou seja o que for daquele tempo.Acredito sinceramente que se agisse mais ou menos dessa forma resolveria totalmente o imbróglio surgido em um determinado relacionamento.  Bem entendido que sei e imagino o estupor que causaria um Pré-Histórico homem da Idade da Pedra agindo em nosso tempo e resolvendo pendengas na base do arrastão feminino e sei lá como reagiria Marilaine(?) ao ser assim tratada,como uma propriedade de uso e desuso totalmente dominada e inerte as vontades do homem e senhor.Esse preâmbulo verborrágico e pirotécnico serve apenas para dizer que ,na real mesmo,não estou agindo da forma como gosto e como sei de fato fazer  as coisas,não é essa a minha colocação em campo e meu time não joga assim,apenas está se adequando a situações que se enfrentadas do meu modo causariam talvez problemas irreparáveis,quase uma hecatombe emocional e que em ultima análise não resultariam em nada,ou até cavariam um abismo intransponível e definitivo.E não é nem um pouco disso que se quer,o que se anseia é uma saída que permita uma vivência que traga a paz que um aconchego permite, a alegria contagiante de cada reencontro e o usufruto das delicias de acarinhamentos trocados,de promessas e de sonhos,mesmo que se saiba que esses sonhos  deixam de o ser quando estamos juntos e que voltarão a ser assim que nos afastarmos.Nesse complexo todo,e bota complexidade nisso,o tempo como coisa mensurada não conta,o que conta mesmo é o tempo infinito em que estamos juntos e aí vale como todo o sempre.

sábado, 14 de julho de 2012

Sem demoras !

Não me pergunta quando nem que dia,pois não saberei responder.Mas garanto que vai chegar a hora em que a espera irá acabar,a longa e interminável espera irá dar lugar à outro tipo de vida,onde será possível sair de mãos dadas e caminhar por todos os caminhos escolhidos sem nada a recear.E aquele encantamento que ocorre sempre que surge qualquer oportunidade de encontro será uma coisa do dia a dia,onde com certeza ele será maior e mais prazeroso,onde o fim não sabe do começo e por isso não existe.Tudo aquilo que foi dito e combinado e feito no apressadilho terá espaço e condições plenas de ser ampliado e concluído  que por falta de tempo e condições não o foi.Não é promessa,é coisa decidida, viverás tempos sem fim de alegrias sem limites,onde ao adormir abraçados sonharás com certeza e ansiarás pelo próximo dia,mesmo que sem vontade de por algum tempo interromper essa sequência,que só poderá ser intercalada pelo descanso necessário.Nesse dia não irei te dar outro daqueles brincos que dizem da vontade de posse total,nesse dia vou te abraçar com força e te dar aquele beijo tipo dementador,onde cada um transfere para si a alma do outro.Só ai então vou poder dizer,como quero e como gostas,que és minha,total e plena e sem máculas.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Sine qua non !

O caso já vinha de muito tempo mesmo que não tivesse sido detectado por nenhum dos envolvidos  e quando veio a tona foi apenas para eles ,pois em nenhum momento poderia ter sido feito uma relação de proximidade entre ambos.Mas foi muito rápido o entendimento de que surgiam coisas definitivas e que afetariam suas vidas dali para diante.Aquela troca constante e ininterrupta de tudo ambos sabiam que um dia chegaria a revelações,que se não surpreendiam,encantavam.Era apenas a confirmação de algo que não havia forma de evitar.E eles entenderam,aceitaram e se jogaram de corpo e alma num sonho que retornou do passado para fazer um presente mais bonito e ,quem sabe ,preparar um amanhã tão luminoso que haveria de fazer aquele amor o fato maior  de suas vidas.É certo que existiam códigos a serem decifrados,leis próprias de seres humanos que tinha de ser respeitadas,por isso toda a solução deveria estar escorada em certezas,coisa que só aquela vontade de estar e fazer juntos lhes dava.E chegaram a conclusão que lhes dava,digamos assim,a alforria para viver total e sem pejos toda aquela ânsia de estar juntos e toda a necessidade de se tocar permanentemente ,independente de ser físico ou não.Eles encontraram o caminho que poderia conduzi-los a seu Éden ,que era a condição que suas índoles aceitavam,ou seja,só poderiam viver a sua felicidade  e fazer dela a sua própria razão de vida,se,antes deles mesmos,fizessem a parte que lhes competia na construção da felicidade daqueles que os cercavam,mesmo que em um momento ou outro a deles fosse postergada.Cada reencontro deveria se tornar uma festa e cada festa teria de ser tão bela e recheada de tantas emoções que por si só já seria um prenúncio da próxima.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Recomeço !

Não é de meu agrado fazer apologia do óbvio,até porque a obviedade dispensa maiores comentários,talvez apenas alguma busca mais aprofundada pela causa em si que levou o caso a tal situação.Por isso não vou discutir nem contestar que a reviravolta emocional acontecida, foi fruto apenas de coisas que foram sendo plantadas pouco a pouco, ao sabor do acaso e,porque não dizer,da intenção e a esperança expressa de que surgisse algo mais profundo,mais íntimo.Quem conhece os caminhos de acompanhamento irá perceber de imediato que havia uma intenção oculta,pois esporadicamente eram tratados assuntos referentes ao caso em si,apenas sem explicitar,sugerindo,dando à entender,mesmo que longinquamente.Até esse post de agora será compreendido por quem,digamos assim,de direito e de intenção,e se juntar todas as pontas terá todas as respostas que ,agora já sabe,mas antes se perguntava.O importante é que tudo ficou claro,transparente e definido,se não houver continuidade ou até um aprofundamento total será por razões diversas,coisas que se interpõem na vida de cada um,quanto mais de duas pessoas que se reacharam(?),para se descobrirem e se amarem.Todos os percalços,todas as angustias ,por mais extensas e doloridas que sejam, serão recompensadas por uma palavra,um olhar,um abraço apertado,que traduza em seu conteúdo tudo o que não pode e nem deve ser mostrado.Sei lá qual o futuro,incerto e não sabido parece o mais natural,e não interessa antecipar nada,apenas deixar que aconteça o acasalamento físico e sentimental de duas emoções que algum dia se perderam,mas que voltaram a se achar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sem pressa !

Algumas vezes é preciso fazer um exercício de futurologia para que possamos acertar o passo novamente,já que alguma razão inesperada e muito importante o fez sair do rumo traçado.A gente sabe que isso faz parte dos altos e baixos da vida,sem que isso signifique,essa troca de passo,algo negativo,até muito pelo contrário.Entretanto, sempre  é salutar ter a mão alguma coisa que consiga amortecer o impacto da passada e aliviar qualquer dor que possa causar em algum calo mais sensível.Acho que a gente sempre fala nos machucados e esquece a parte boa justamente para curá-los e poder usufruir mais adiante de um conjunto intocável e sem máculas.E,não devemos fazer desses pequenos entraves que retardam a corrida e a fazem mais lenta o fator que determina o resto do todo,quando justamente esse resto é que tem a importância e as condições necessárias para estabelecer todos os passos seguintes,de mais adiante,após a cura doas machucaduras.Não vamos fazer de uma situação que está dentro do normal uma coisa prioritária,apenas devemos dar tempo ao tempo que ele próprio,com uma boa ajuda nossa,resolverá o problema.Então sim,sem muros ou precipícios a frente,campo verdejante e limpo,pode-se dar sequência a tudo que foi abruptamente interrompido,justamente para limpar o caminho.Diz um velho ditado,que há males que vem para o bem,e se esse que poderia ter sido um grande mal, serviu para alavancar todo o sonho já começado, vamos fazer com que seus frutos sejam mais doces que a própria doçura e isso depende apenas dos dois.Parece que lá adiante,não tão longe assim ,a porta que ficou encostada se reabrirá amplamente dando vazão a um bom vento de empuxo,sabe,aquele vento que faz curvas e que sempre sopra a nosso favor.Portanto,não há tristeza,não há lamentos(mesmo que esse tempo perdido, por isso mesmo, não tenha sido vivido),há de concreto a imensa felicidade de ter te achado e se juntado a ti,numa só alma ,dois corpos .

domingo, 8 de julho de 2012

Em tempo de muda passarinho não canta !

Quando a gente percebe aquele estado de melancolia,que prenuncia uma tristeza fina e dolorida,está instalada e segue seu curso como se isso fosse o que deverá ser considerado o normal.Nem de leve se deve tentar saber de onde vem esse quase desânimo porque é uma tentativa falsa e sem suporte,pois os motivos são conhecidos e não tem solução.E quando algo não tem solução,solucionado está.Nesses momentos é que devemos valorizar o ganho e dar um jeito de minorar a decepção pelo que se deixou de ganhar,perdas não aconteceram.O que foi dito e aquilo que ficou implícito vai continuar valendo,não irá deixar de ser verdade apenas porque o sonho acabou,mas,e daí é que vem toda essa letargia e também daí é que poderá surgir um outro renascer,quem sabe até dentro da própria causa.Pense também que é bem provável que do lado de lá tudo esteja também no meio termo e que entre esses dois espaços não há como construir uma ponte imediatamente,talvez ,se achar uma outra estrada ambos cheguem ao ponto de encontro,que é único.Encarar isso tudo como coisas de vida é salutar,é saber viver.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A escolha !

É um sentimento abrangente,que absorve qualquer outra sensação que não seja de desilusão,quase uma decepção.O final antecipado de toda uma sequência de acontecimentos que levavam a entender que iriam muito além do paraíso,não foi sequer sombra do se esperava,foi um baque que serviu de acelerador das partículas negativas,fazendo com que tudo ficasse na corda bamba.E não ocorreu por acaso e nem foi tampouco surpresa,apenas certas engrenagens da vida não se encaixaram,não houve ajuste,talvez por ser depois da hora e se for depois da hora é fora de hora..E quando isso acontece a máquina emperra,dá curto circuito emocional,não funciona e a sintonia como um todo vai para o espaço.O resultado imediato é aquela sensação de frustração,desamparo e desconforto por não ter como reagir da forma habitual e imediata,para tentar reverter um quadro que não era desejado.Depois que a poeira baixa e tudo se acomoda novamente em seu lugar ,mesmo com o vazio e o gosto amargo da perda e sem sequer tentar descobrir o porque,apenas  tocar em frente,deixando que os próprios sentidos elaborasse seus entendimentos.Na verdade não houve falta de alguma coisa que detonasse o relacionamento,mas quando o raciocínio lógico predominou chegou-se a conclusão que,após o temporal que certamente aconteceria pelos pretensos fatos,que de uma forma ou outra seria superado,uma questão de tempo,a reação negativa maior,de inconformidade ,seria dela com ela mesmo,pois sua índole não combina com   comprometer o futuro emocional de quem dela depende.O coração quer uma coisa ,a razão indica outra e não há possibilidades de ajustes,então é necessário decidir,colocando na balança seus anseios,suas queixas,prazeres e tristezas.Teus caminhos e tua paz estão intimamente atrelados a dos outros e desse outros eu sei que sou um dos maiores.Daí veio a dúvida,quase o desespero,foi de onde se originou essa renúncia.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Propriedade privada !

Sempre afirmo, quando é oportuno, que não existe surpresa e que aquilo que é impactante é nada mais do que situações do passado que vieram à tona e na época que se manifestaram não foram percebidas ou entendidas.Algumas vezes referi aqui a  respeito de determinados sonhos,quando neles havia convivência e relacionamentos de toda ordem com pessoas vistas com clareza  e que na vida atual não conhecia,nunca tinha sequer passado por perto.Dos locais a mesma coisa e os figurinos usados por essas pessoas se atrelavam a coisas que sabemos através de filmes de época. Uma das coisas interessantes é que o visualizador,ou aquele que via as cenas se desenrolarem a sua frente jamais foi visto,mas sabia que era ele mesmo.Conclui-se então que aquele que narrava se via na cena,mas com outra fisionomia,aquela do tempo correspondente ao caso.Noite dessas sonhei na época atual com uma determinada pessoa e ao acordar lembrei detalhes e  imediatamente me veio a mente a figura de uma pessoa dos outros tempos, idêntica a de hoje,me levando à conclusão que já havíamos nos cruzado em priscas eras,sei lá quanto tempo,mas sem dúvida a mesma figura,tudo igual,apenas mais bela atual talvez pelo fato da "idade" .O relacionamento de hoje estava mais aprofundado,até porque no outro era meio distante e o de agora certamente tem mais futuro,que mesmo com as turbulências tem tudo  para render momentos inesquecíveis e já não mais esperados,pois foi por detalhes que ela não passou de novo.Agora não escapa,está presa na minha rede,é minha "propriedade".

terça-feira, 3 de julho de 2012

Não devia ser,mas é !

É muito raro encontrar uma pessoa que não tenha se auto obrigado a engolir sapos  (ato de fazer algo contra seus princípios ou contra a vontade),para  ter algum tipo de vantagem ou até para proteger alguém de seu afeto. É justamente esse tipo de atitude, coisa própria do ser humano que trás essa índole em seu bojo, que estabelece as mudanças que ocorreram com alguém que num tempo passado era outra pessoa ,não mais e talvez nem parecida com aquela que conhecíamos. Convém, para fazer justo o equilíbrio da balança, incluir em todo esse contexto aquelas coisas que ficaram diferentes também em nós mesmos, já que não somos imunes  e vivemos no mesmo mundo,apenas difere o ambiente onde estamos e onde encontramos as pessoas com as quais temos algum tipo de troca.Mas em tudo temos o costume de estabelecer parâmetros e mensurar e comparar aquilo que fizemos,e nesse comparativo existem os sapos engolidos que ,de fato,são muito mais indigestos que os outros .E aquele que mais machuca e jamais é expelido é sem dúvida quando somos, forçados pelas circunstâncias ,a ficar separados de  alguém que por muito tempo buscamos e que mostrava a perspectiva de um universo  alvissareiro e promissor.Pois justamente no momento que colocamos nosso manto protetor a disposição do jogo de trocas que isso envolve,temos de conviver com um afastamento para protegê-la de nós mesmos.Até parece algo Kafkiano,mas não,é nada mais que as variações da vida com seus altos e baixos..Doendo muito ou pouco,com ou sem ranger de dentes,o batráquio tem de ser degustado,bem como diz a canção:quando a gente gosta é certo que a gente cuida,protege,e isso também é um abraço apertado,um beijo grande.

domingo, 1 de julho de 2012

Mulher campeira !

Alguém fez algum comentário ou qualquer coisa relacionada e me despertou lembranças que não estão ainda perdidas no tempo,até pelo contrário,é muito provável que sejam periodicamente revividas ,pois remetem diretamente há algum tempo passado e as minhas origens, nem tão remotas assim.E junto com isso vieram a tona uma série de recordações e lembranças que ,queiramos ou não,dizem de tempos de uma beleza quase infinita e digo quase porque a vida e suas estradas entrelaçadas as levaram a se perderem por lugares desabitados por nossos sentimentos.Mas  são coisas de uma beleza que é difícil reencontrar,com aquela pureza de sentimentos,coisas que nos tempos atuais ainda que raramente podem ser encontrados,no mesmo padrão de equivalência,mas é seguramente o de hoje mais intenso e mais profundo,pois temos de incorporar  aquilo tudo pelo qual passamos até voltar a essas origens.E se ocorrer hoje aí sim é algo definitivo,com raríssimas possibilidades de acabar.Entretanto,aquilo que falo foi enfocado com um outro sentido e mesmo não concordando com a forma absoluta com que foi postado,derivei para outro campo por achá-lo mais condizente e mais abrangente.Não acho que a mulher do campo  prefira cheiro de bosta de cavalo a se perfumar com uma boa essência e tampouco que prefira galpão a um shopping.Acredito que esse cultivo da tradição além de ser bonito é uma excelente terapia.Mesmo porque alguns belos casos e o maior amor se deu com mulheres oriundas dos campos e interessadas em sua ocasional vivência.A mulher campeira sabe amar com toda a sua intensidade,e creio até,sem querer ser grosseiro e fazer comparações indevidas,com a entrega que caracteriza os seres que a rodeiam.A mulher campeira é mais terna e mais doce porque conhece as rudezas campestres e aprendeu a perceber o momento certo,exato da entrega total..Ela ama inteira,dos pés a cabeça,se entrega e quer de retorno a mesma coisa,só que para isso tem de amar o parceiro também inteiramente.A definição mais adequada para ela ,no meu ponto de vista,coisa que surgiu de repente e tomou corpo como verdadeira,é que mulher campeira é que nem o doce de abóbora que da. Helena,minha avó,fazia :crocante e misterioso e convidativo por fora e doce,saboroso,macio e inigualável por dentro.