sábado, 29 de setembro de 2012

Encontros tardios .Ou reencontros?

Não tem como escapar de coisas e fatos que são inesperados e sequer são a consequência de atos de hoje ou de ontem.Uma frase solta,um olhar mais espichado e está feito e criado um clima que pode ter desdobramentos que afetam o resto de seus dias.É muito vulgar dizer que são coisas da vida,não são  apenas isso,pois se transformam em causas que fazem viver,ou reviver.E pouca coisa é mais emocionante quando a gente ,como um fênix,renasce das próprias cinzas e estas cinzas são alimentadas por  brasas tão poderosas que se transformam em chamas que podem,ou não,lhe queimar,mas no mínimo deixam cheiro de pele queimada.E essa pele queimada ou chamuscada dizem que houve vida,aconteceu algo que motivou uma troca, e se houve interlúdio o amor esteve presente.Pode e até é o mais provável que a presença física se faça difícil ou demasiadamente equidistante, mas também isso é um fator intrínseco ao fato em si,ou seja,foi na hora ou momento ou tempo errado e na ânsia de recuperar  e aproveitar e viver plenamente essa hora é que o fênix se manifesta.O ruim disso tudo é que ,por força de fatores alheios e insuperáveis, a chama gerada se vê forçada a tremular sozinha,pois quem a fez ativa e vigorosa está a arder em outras cinzas,que podem não ser as que gostaria,mas que são as que tinham de ser.Tudo isso,o ideal é que tivesse ocorrido noutros tempos,em outras áreas,em época que tantos empecilhos intransponíveis não existissem,mas mesmo com tudo agora sendo o quase inverso,o quase errado,deve-se fazer dele não só uma causa de vida paralela,mas também um motivo de lembranças infinitas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Uma canção !

Não sei definir exatamente o que aconteceu, nem porque foi assim.O mais provável é que de repente tenha batido uma vontade imensa de te ver,te tocar,conviver com tua imensidão  de mulheres que reúnem numa só  e possuem todos os encantos possíveis de encontrar.Sei que isso não requer interpretações explicativas e nem relatos psicanalíticos, que de tão fantasiosos acabam por transformar água em vinho.Mas aconteceu, e para meu entendimento foi só tua lembrança e,quando possível,tua presença ,causam esse impacto e essa efervescência em mim.Estava,como sempre estou,com vontade de te ver, falar contigo,de te tocar,de sentir tua pele arrepiar e teus olhos se arregalarem de emoção.Só isso.Não é necessário buscar razões que não existem.para explicar o que não necessita de explicação.Foi algo automático,como se tivesse sido programado e exaustivamente ensaiado e quando estacionei o carro e abri a porta estava definido o que seria feito.Passei direto pela mesa  de minha parceria,lá no Água,recanto sagrado de todos os segredos e todas as lamúrias  e me dirigi resoluto em direção ao canto elevado onde o cantor,também velho conhecido,se apresenta e na hora se apresentava..Tenho a impressão que Joca percebeu minha intenção e quase que de forma automata me estendeu a mão oferendo o microfone,e eu cantei, e de repente me parecia ser alguém que transmitia emoções a todos que ali as buscavam,a todos que de alguma forma tinham vontade de dizer algo,fosse comemorando uma nova paixão,fosse   lamentando um amor que se foi.Lembro vagamente que  me senti meio aéreo e que comecei a música já pelo seu meio,mas mesmo assim entendi que muitos queriam dizer aquilo para alguém,que muitos não queriam ouvir isso de determinada pessoa,mas que de uma forma ou de outra aquelas palavras representavam em cada caso específico uma situação contraditória no aspecto global,mas toda lidavam com uma das coisas mais pertinentes ao ser humano,lidavam com a esperança.Depois do aplauso farto e volumoso e de não repetir o bis solicitado,acho que voltei ao estado de normalidade e  me dirigi à meu canto,quando apenas pedi ao garçom a caipira de sempre e ,o pão de alho e a polenta crocante,com queijo ralado,claro.Ah,a música que cantei diz assim::você não sabe,mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez,e tenho medo,de sofrer e chorar outra vez....Todos sabem ,é do Rei e só eu sei e tu sabe agora que é preciso e imperioso fugir,mas que não será possível.Porque?Porque não é o que desejo,fugir não faz parte do meu vocabulário.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Feitiço da Vila !

É verdade que sequer existia projeto original,a ideia foi se formando e se avolumando pouco a pouco,conforme se enrolava a linha do novelo de um envolvimento incerto e não sabido.Mas,como todo bolo que leva fermento, cresceu,cresceu tanto que tornou obrigatória,até pelo resgate de coisas as vezes engavetadas nalgum móvel qualquer,mas jamais esquecidas,de falar coisas antigas de um lugar bem amado.Nunca foram ou serão esquecidas porque se trata de um passado que está sempre presente,não por saudosismo ou outro motivo que me escape,mas por ser uma época de origem e formação de tudo que se é hoje,de tudo o que se foi logo ali na curva do tempo.Para contar fatos relacionados a toda uma época e que  por sua extensão atingem dias de hoje seria e é necessário que se tenha contatos de ontem e de hoje, para que se possa fazer uma ilação entre os fatos.Na verdade precisaria um livro de bom número de páginas para contar quase tudo com  detalhes,então pretendo dar apenas uma pálida mostragem,dentro da minha ótica,do que foi o Ibaré.O que é hoje ,fica para os contatos .Sabemos que tudo tem um mas,um se,um pedaço de poeira que muitas vezes dificulta ou atrapalha a forma de contar ou até a maneira que se visualiza o conteúdo. Para que se chegue a uma ideia formatada e que possa ir ao forno e dele ser tirada bem quentinha para ser contada é preciso que os participantes dessa odisseia tenham uma atuação entrelaçada e um envolvimento equidistante.Mas,e aí está ele,na Vila as emoções e as paixões sempre contaram a história ,ao inverso do normal que diz sempre ser a história a contá-las. Se,sempre presente,essas trocas de emoções tivessem escorrido parceiras nas águas do Jaguari,tudo teria um enfoque único,mas assim como foi,onde os amores e as dores se misturaram,como sempre foi marca registrada de lá,a coisa fica um pouco difusa,ora visto pela ótica de um ou de outro e aí perde um pouco ,não de sua veracidade,mas de sua autenticidade.Por isso quando se chega lá e as emoções impactam com impeto de lembranças marcantes,não é possível separar uma época da outra,mesmo porque são continuidades e sendo assim se justapõem.E se nota de imediato que as marcas deixadas pelas vivências de então estão ali vivas e revividas em cada um daqueles que ainda estão por lá ou seus continuadores.Naqueles tempos em que nas épocas de férias escolares fervilhava de gente de todas as latitudes para por lá passar o verão  ,costumávamos dizer que por lá existia um feitiço,o feitiço da Vila. E lá,nessas pessoas de todas as partes circundantes ou nem tanto é que explodiam as paixões,os amores inesquecíveis,as cumplicidades que não raram continuavam por toda a vida,mesmo que vez que outra em algum próximo verão se trocasse os amores.Mas a paixão,a original e única continuava,e continua única e até palpável,eu sei disso.O feitiço ainda está vivo,na Vila.





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Golpe baixo !

Nessa luta do dia a dia,que mais parece um combate constante e sem trégua,nem sempre estamos prevenidos para aparar e nos defender de golpes que nos atingem e nos deixam sem condições de reagir com presteza.E todo ataque direcionado e aplicado em pontos mais sensíveis e com escassas formas de defesa,além de machucar mais e causar danos maiores,faz também com que a reação e a recuperação sejam mais lenta e ,portanto,menos eficaz.Na verdade eu sabia que não estava navegando em céu de brigadeiro,que deveria ter um cuidado e uma atenção constante,mas bastou uma vacilada e foram dois cruzados que me fizeram cambalear ,como quem não estava acreditando ,pela razão maior de não ter certeza de onde veio aquele ataque.E doeu fundo e fiquei mudo e gemi sem ação ,pois como se defender quando não se sabe contra quem,mesmo que a ação tenha partido do mesmo canto do ringue?Mas,o que mais se lamenta é que havia um rumo a ser seguido,havia um caminho traçado que foi pacientemente aplainado para que não apresentasse solavancos e tropeços inesperados,só que o inesperado veio do lado oposto.Resta apenas deixar a poeira sentar e tentar fazer desse ovo uma gemada e um omelete ao mesmo tempo,apenas para saber se disso tudo virá coisa doce ou salgada,coisa que se come com colher ou faca e garfo.Em síntese,golpe sentido e reconhecido e recuperação incerta e não sabida.

Nota fora de tom:Vá ver o filme " Intocáveis ",será o vencedor do próximo Oscar e isso diz da sua qualidade.Como é praxe,baseado em fatos reais.

sábado, 22 de setembro de 2012

Amores periféricos !

Em cada situação,em todo o acontecimento em que estejamos envolvidos no decorrer de nossa existência,sempre há o núcleo central,o foco centralizador de onde é emitida toda e qualquer ordem ,e fonte de todos os desdobramentos.Isso é pacífico,não há forma de tergiversar.Se tudo se resumisse a isso não ocorreriam embaraços,desencontros,coisas mal resolvidas e que acabam por deixar sequelas dolorosas e doloridas que nos vão acompanhar  para sempre,trazendo de vez em quando suas lembranças a superfície,e causando desconforto,incomodando.Isso tudo foi o resultado dos desdobramentos originais que não foram devidamente executados e que por isso ocasionaram distorções no traçado estabelecido.A coisa toda se torna mais problemática quando enveredamos para o aspecto emocional e gostamos,amamos ou nos apaixonamos por uma mulher e a elegemos,independente de sua concordância ou não,como fonte inspiradora e motivo maior de nossos anseios e desejos.Tudo o que queremos é estar ao seu redor e viver as delícias de um relacionamento que tem todas as condições de ser eterno pelo tempo que durar.Oferecemos o que somos e apenas queremos as benesses que isso pode nos dar,é uma troca,é uma sociedade de fins emocionais com lucros incessantes e parceria e cumplicidade infinita.Se ali adiante ,por motivo maior ela acabar,for finita porque acabou ,mas foi sem fim enquanto foi vivida.E se  tudo não se realiza dessa forma surge a necessidade,humanos que somos e carentes que ficamos,de suprir essas necessidades,quer de aspecto simplesmente didático emocional,quer na forma de satisfação sexual,afinal homem de ferro só no cinema.Então surgem,não tem como escapar,as coadjuvantes,aquelas que irão desempenhar o papel da artista principal e que terão para si as sobremesas da refeição da qual não são donas,apenas herdeiras ocasionais.Ocorre eventualmente até que uma dessas se torne por causas até inexplicáveis como a detentora final de todo o espólio,mas será sem dúvida uma coisa rara e uma transferência mal elaborada.De toda a forma elas se tornam importantes porque conseguem trazer algum alivio ao tormento de se ver,por qualquer motivo e não interessa qual,não ter a sua candidata não eleita,ou até eleita e não empossada.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Além da net !

Foi quase como um estalo, inesperado e  revelador,que me dei conta que toda aquela inquietação,toda a incapacidade de se concentrar em algo aliada a indecisão exasperante ,tinha uma causa especifica,insofismável.Aquele andar inconstante e sem rumo pela casa toda ,de peça em peça,o sair para ir a algum lugar e a volta precipitada e veloz acharam sua explicação em um fato até corriqueiro,mas que estava passando despercebido.O que fazia falta e era toda a diferença,era o fator determinante de equilíbrio emocional residia em saber que toda a manhã e em muitas ocasiões a tarde também teria a presença dela para conversar e trocar idéias ou simplesmente bater papo através de algum dos meios existentes na internet.É verdade que em não poucas ocasiões a conversa derivava para assuntos pessoais, íntimos e que afetavam de uma forma ou outra a cada um e causavam não só um certo embaraço,como também,em determinados momentos,uma fuga ,uma escapada pela tangente,para não dizer algo muito explicito,muito revelador.Três dias era uma eternidade,e se se prolongassem e virassem  5 ou 8 ou 25? E se não mais se conectassem?Uma solução urgente tinha que ser achada,inventada,qualquer coisa que resolvesse o problema.A opção feita foi bem de encontro ao seu modo de ser ,a seu espirito  de deixar tudo  claro e bem resolvido,de não deixar margem para arrependimentos futuros.Sabia a cidade dela e seu endereço,entrou no carro e logo estava na estrada,algumas horas estaria lá.Qualquer coisa dali decorrente seria uma solução.Se foi ou não saberemos depois dos fatos acontecidos...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Manda quem pode !

Pouca coisa é tão independente como o sentimento,ele tem vida própria e se auto define, e sequer considera nossos interesses,nossas idéias ou princípios ou qualquer tipo de coisa que  vá de encontro a sua  soberana vontade.Costumamos afirmar que somos donos de nós mesmos e isso é verdade,só que que de uma forma parcial,quando se trata de gostar ou não gostar de alguém não há meio de contrariar o que ele determina.Podemos elencar um universo infinito de razões que mostram não ser o melhor nutrir um amor ou cultivar uma aversão por alguém ,mas seus desígnios,que permanecem permanentemente ocultos e incompreensíveis ,é que irão determinar  por quem suspiramos mais forte ou à quem viramos o rosto.A literatura universal e a vida real estão recheadas de casos que comprovam isso, e chama a atenção é ,que em momento algum questionamos a ordem recebida,apenas a cumprimos  e a partir daí recrutamos e colocamos  em atividade todos os nossos esforços para atingir aquele fim .A única alteração existe quando ,por razões também absolutamente desconhecidas,decide deixar de gostar ou amenizar a aversão e o faz sem consultas ou diálogos,apenas faz e cumpra-se.É um pequeno espaço de tempo que parece nos dar,talvez para que recuperemos o folego e nos preparemos para obedecer outra ordem.Eu sei,por experiência própria o quanto é dolorido nutrir uma paixão por quem não deveria,querer de alguém aquilo que ela pode dar mas não deve,por questões que aqui não vem ao caso.A gente sonha.a gente imagina e faz suposições e curte devaneios ,mas tudo isso sabemos que não deveria acontecer,e acontece e vamos em busca da consumação efetiva do fato.Durante um tempo razoável exerci a prática de tentar uma espécie de paz,de entendimento com o tal do sentimento,mas logo percebi que ele não tem parceiros ou amigos,sequer tem conhecidos,ele exerce sua soberania de forma global e igualitária.Senão ,como explicar o inverso do acontecido ,quando percebi da paixão desmesurada por mim de quem eu não queria que isso acontecesse.Foi o legitimo caso de dois casos duas medidas,aplicações das razões em fatos racionais e vice versa.Parece ser o mais adequado vivê-lo de forma mais intensa possível e tirar dele o que for de melhor,sempre com a perspectiva de em caso de mudanças,levar o que sobrou de bom e enterrar o que deixou de ser.

sábado, 15 de setembro de 2012

Como sempre !

Há uma pessoa de minha relação,alguém que ultrapassa todos os níveis de importância,e por isso tão acreditada ,que costuma afirmar sempre que algo sem explicação razoável acontece,que as coisas são como são.Para dizer a verdade eu já estava cansado de tanta indefinição,da quantidade de talvez,quem sabe, de tantos " se ".Aquele hiato que se formou sem razão aparente,fazendo com que me levasse a conclusões que foram consideradas como definitivas,fez também que tomasse decisão que se mostrava como necessária e conclusiva.Se havia tantos senões que empanavam o brilho de tudo o melhor a fazer era acabar com a relação e direcionar as expectativas para outra ou outras perspectivas.Simples e fácil de fazer,mas doloroso demais para concluir.Entretanto,se fazia necessário uma ação enérgica e demonstradora da insatisfação e do desgaste de tudo em função desse afastamento que ,quem sabe,até poderia ser involuntário,mas existia de fato e causava uma dorzinha incomoda e persistente.Decisão tomada ,fazia-se necessário uma atitude para por em prática o que havia sido decidido.Ao provocar um encontro involuntário mas possível , estariam estabelecidas as diretrizes que determinariam a efetivação do ,sei lá,plano.Minucioso e organizado preparei uma espécie de dossiê onde estavam catalogadas os principais pontos sobre os quais deveria discursar para defender a razão do afastamento completo e definitivo.Mas desse no que desse a decisão estava tomada e era só questão de oportunidade para colocá-la em execução.O encontro aconteceu conforme o planejado,onde num primeiro momento rejubilei-me pela competência e exatidão na execução do processo todo.Ela,quando me viu,abriu um sorriso encantador,como sempre,e depois do beijo de bosas vindas e de dizer da satisfação imensa de me rever,explicou num segundo que iria me ligar em seguida ,para dizer que estava livre e queria passar a tarde juntos.Para completar ainda havia um presente a minha espera e que seria entregue logo quando chegássemos em sua casa..As dúvidas desapareceram como que por um passe de mágica,os " se " transformaram-se em sim,as esperanças se cobriram de novas cores e tudo virou encantamento,como sempre havia sido.O dossiê que trazia  no bolso para usá-lo o achei perdido alguns dias depois e nem me dei ao trabalho de relê-lo.Aquela pessoa referida lá na primeira linha,que inclusive pode ser a mesma,tem razão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Poder paralelo !

Existe uma foto no bar de minha sala que enfeita o apartamento como um todo,que oferece a este se mostrar de uma beleza que talvez nem possua,mas que atinge todos os seus cantos e peças.A história dessa foto não tem nada de fantástico e nem de misterioso,é uma moldura simples com um conteúdo,e aí está a beleza e a importância dela.O sorriso  que margeia as paredes,o olhar que alcança além da própria estampa.Sei lá, e pouco importa saber como funciona o enlace que estabelece a influência dela,da foto,nas coisas do dia a dia.Porque de uma forma geral tudo começa por ela,por aquilo que ela transmite metonimicamente toda a manhã ,quando passo por ela e a olho,no exercício das funções caseiras.Tenho absoluta certeza que ao cruzar com ela, quando chego fora de horários mais ou menos habituais e principalmente quando bem tarde,como ontem,que aquele sorriso tem muito mais de reprovação e até de uma parcela de um ciúme indevido,ou devido,quem sabe.E pior,coisa que talvez seja um derivativo de insanidade,parece que me sinto culpado e cruzo reto e sem olhá-la pois sei que estará me seguindo com aquele olhar que nesse momento mesmo que bonito deixa de ser encantador.Para não haver nada de desencontros,mágoas ou qualquer coisa que a entristeça pego a moldura e a coloco mais perto de mim  quando estou lendo, ou vendo tv ,ou navegando no note ,e se for caso mais grave na cabeceira da cama quando vou dormir.Seu sorriso se abranda,volta a ser encantador e estabelece os parâmetros de quem dita as regras.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Coisas da vida !

Uma foto tem um poder embutido em sua imagem que transcende a nossa vã tentativa de tentar decifrá-la em sua plenitude.Nos últimos dias tenho me defrontado a prescrutar e extrair  ilações entre duas que de um aspecto intrínseco parece não haver a menor relação.Mas há,e vou tentar mostrar isso.É possível que aqueles que conhecem fatos relacionados a uma ou outra tenham melhores parâmetros para compreenderem  a equação formatada.De um lado uma foto de uma mulher que se tivesse sido encontrada no momento certo teria sido sem dúvida alguma um elemento fundamental em meu então proposto e hipotético futuro.Não o foi e jamais saberemos como ele teria sido ,e esse teria sido seria o hoje.Ao lado a foto de uma casa caindo aos pedaços e que ,ai sim,foi fator deveras importante na minha formação e nas situações propostas para atingir ou não aquele mesmo futuro ,já referido.O contraste é chocante.Enquanto a mulher permanece linda e desejável,a casa está desmoronando.E olha que por pouco uma  teria sido parte da outra,daí a importância que relaciono no fato,pois quanto mais me aprofundo na equação,maiores são os protagonismos que se interpõem.Para explicar melhor, a mulher não tem mais possibilidade de ser futuro,mormente meu,pois o meu futuro foi ontem e hoje ela é algo inatingível.A casa que falo,o Hotel, a casa da Iaiá,influi e definiu muitas coisas,quer através de seus moradores,quer pelo simples fato de ter vivido tantas e tantas emoções ali.E dizer que elas andaram muito tempo quase lado a lado,com a diferença apenas de tempos desencontrados.Se a vida tivesse feito um trajeto diverso e fosse possível colocar na parede ou em cima de algum móvel a foto dessa pessoa dentro dessa casa, o que seria mostrado seria uma mulher mais bonita ainda e uma casa aconchegante e acolhedora.Uma mereceria a outra e eu,claro, completaria um quadro ideal.A mulher seria mais feliz do que é e a casa não estaria caindo,uma cuidaria da outra.Eu,bem,hoje apenas conto essa história ,que poderia ter sido factível.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

E la nave va !

A coisa é meio confusa,mas parece que estou indo ao reencontro de um passado não vivido que desenha um futuro não cabível e não projetado,por inexequível.O presente até pode ser a mistura disso tudo,entremeado de situações que,alternadamente,emocionam ou decepcionam.Tal fato me levou a criar um nome para isso,ou seja,denominei esse estado de espírito como pseudo depressão assumida,ou p.d.a. para seguir a mania que temos de abreviar ao máximo qualquer coisa,desde que possam ser .O interessante do que está embutido nesse passado nebuloso,não houve repressão apenas era impossível,é que as situações-limite que deviam ser vivenciadas agora e ,aí sim,.então reprimidas,levam a reações que conduzem a outros patamares,outras procuras, e como quem procura acha,à relações que fogem do originariamente desejado ,mas que mesmo assim atingem um objetivo que pela premência se tornou prioritário.E isso quase sempre acaba em um compartilhamento (palavra que dizem os sábios será o guia do amanhã) que é muitas e várias vezes estimulado por vapores etílicos,que tal como estes somem depois que a procissão passa.É o lado bom da d.p.a.,não deixa rastros ,não estabelece valores e sequer imagina compromissos.Tipo aquele sistema muito usado hoje em dia,de considerar e valorizar apenas a individualidade,se gostou ou não o problema  é teu,tchau e gracias.  Eu não afasto a ideia de que a d.p.a. seja um pouco forçada e até estimulada,já que ela facilita contatos,coisa que engloba revelações e segredos que se verdadeiros ou criados na hora pouco importa,servem como motivo,como mola impulsionadora.Cada um sabe de si e estabelece seus critérios,seus limites,e o meu quase todos sabem, mulher que está na faixa etária de 35 ou daí para mais ,considero como terceira idade,fica fora do meu rol de possibilidades.E,acreditem,não está muito errado não,até funciona e os fatos confirmam.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma mulher !

É uma coisa automática,natural,como se sempre tivesse existido e nos habitasse sem que soubéssemos.Mas estava ali,latente,apenas aguardando o momento certo de se mostrar ,de aparecer e fazer valer seus direitos,mesmo que não tivesse compromisso algum em ter deveres,e não os tem.Entretanto,afinado com essa dinâmica de aceitação do que é definitivo,daquilo que nos é  "imposto"pelo magnetismo de outra pessoa,que nos atinge e nos conquista e nos apaixona,em vez de sucumbirmos passamos a conviver  com isso e a viver muito em razão dessa nova e maravilhosa realidade,que nada mais é que a abertura da porta que ansiosamente esperávamos um dia se abrir.E,se por caprichos que não se explicam ,esse enlaçamento de sentimentos não tem futuro,certamente tem um passado,rico e intenso,que por qualquer caminho que seja seguido levará sempre ao destino atual,de hoje,agora.E isso nos leva a retornar a lugares longínquos no espaço e no tempo,mas sempre presentes em algum canto da memória,melhor dizendo,do coração,considerando que este coração ainda bata do mesmo jeito de então,apesar de tantas e tantas intervenções de toda a ordem que sofreu.Então quase sem querer remexemos nos guardados do passado e que ,talvez por esse motivo,esperaram num canto qualquer,acumulando poeira que mais dia menos dia seria sacudida.E tu chegou para espanar essa poeira e tirar dali um monte de lembranças e sacudindo e mexendo e revirando  chegar finalmente a teu nome ,teu corpo,teu cheiro,soberano e único,aquele perfume diáfano que encanta e faz vir a tona tudo aquilo que estava estava guardado e se acumulando,para ser entregue a ti..Fazer o que se se as coisas são como são?Sabemos que tudo irá seguir seu curso natural,tem de ser assim,as raízes que foram plantadas não podem nem devem ser arrancadas,mas aquelas coisas pessoais e tão intimas não podem e nem tem alguém que possa imitá-las,mesmo que outros finalmente possam ser substituídos fisicamente e venham a falhar mentalmente.O encantamento foi mútuo,foi instantâneo,foi de tal forma tão aceito porque se sabia que estava ali,apenas esperando sua hora.