segunda-feira, 29 de abril de 2013

Torcidas e torcedores !

Futebol para mim é um passatempo,um divertimento e um elemento que permite debochar e gozar de amigos e conhecidos,quer torçam para o clube que defendo ou não.Tenho preferência,dentro de uma escala normal de valores,por um ou outro time,mas sou originalmente oriundo de time extinto e posteriormente admirador e seguidor da Era Pelé. Impossível fazer qualquer comparação com jogadores,que são muito mais atletas que craques,dos dias atuais.Isso é uma opinião e os fatos tornam difícil contestá-la.Mas ,especificamente nos tempos de agora,chama a atenção o fanatismo e até a subserviência por determinados clubes . Aqui em nosso estado existe uma ala da torcida do Grêmio que é extremamente belicosa,e que tem causado problemas não só a outros torcedores como ao próprio clube.Mas o que me admira mais nem é esse aspecto que se manifesta num ponto específico e subsidiado,o que surpreende é o sentimento geral da torcida como um todo.Parece que os gremistas tem uma necessidade atávica de demonstrarem que amam seu time através do sofrimento e da quase tortura assumida.Se Karl Mazocks (criador e precursor do masoquismo vivesse hoje ,certamente se espelharia nos gremistas para desenvolver sua tese).Dá a impressão que essa necessidade de sofrer tem alguma relação com a época da Inquisição,em que o auto flagelamento era uma demonstração de amor e até de servilismo.Porque as reações que se vê de pessoas bem posicionadas e com cultura suficiente para diferenciarem quando existe excesso,demonstra uma total fuga consciente do bom senso e do equilíbrio. É comum fugirem totalmente do assunto que se trata para defenderem idéias quixotescas e até fora de propósito,apena s para não admitirem aquilo que todo mundo vê e que eles sabem que é verdade.Não é nada mais que uma fuga,esconder a cabeça debaixo do travesseiro e tapar os ouvidos.Existe sim,na torcida gremista uma tendência mórbida de auto flagelo,de sofrer,como se só através desses atos pudessem ser felizes.Se alguém se dispusesse a fazer um estudo sociológico chegaria a conclusão que casos assim são quase impossíveis de serem solucionados.Um exemplo :o Grêmio foi campeão da Copa América (hoje Libertadores),foi campeão da copa Toyota (hoje mundial da FIFA),mas o seu grande orgulho e que é cantado em prosa e verso é a conquista da Segundona.Isso é tendência.Pode?

sábado, 27 de abril de 2013

Queixumes !

Não adianta tentar reverter,única coisa a fazer é lamentar.De fato,foi uma saída brusca,inesperada,quase um abandono ,ou até foi isso se visto sem muita parcimônia.Num primeiro   momento fica-se sem saber que atitude tomar,o que dizer e sequer o que pensar,a surpresa não marca hora. Após o estupor começam as auto perguntas,que num primeiro momento não encontram respostas.Que faço agora,como serão as longas noites frias do inverno chegante?Como substituir aquele entendimento e o aconchego ?Como será possível varar a madrugada da quinta para sexta feira sem ter a conversa franca e o carinho explicito que acontecia?E a vontade da repetição acontecendo mesmo antes de ir embora,como antecipávamos a próxima vez sempre que a hora de ir embora era chegada.Sei lá como proceder agora,mas ficar apenas nas belas lembranças,fazendo delas não um pré release de amanhã e as transformando pouco a pouco em recordações será algo muito dolorido e que levará mais tempo que possível para se diluir em outras novas lembranças.Saudades é certo que não teremos,mas sim essas lembranças e recordações já citadas,inúmeras e marcantes,que deixaram impressas na alma as marcas de uma bela vida vivida.Saudade é tentar repetir coisas acontecidas e nada se repete,tudo é sempre novo,diverso e com enfoque diferente.Não devia,não podia e eu não queria,mas o Água fechou e nunca será a última vez.Doce Água Doce.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Para ser feliz !

Não são todos que tem seu passado atrelado ao presente,ou melhor dizendo,que tem a vida atual como uma sequência natural de fatos que se sucedem e são consequências um do outro.Há inúmeros casos em que a dissociação ocorre quase naturalmente e outros em que a ruptura é brusca e inesperada.Por isso,se devemos ter um enorme cuidado com o presente,já que é ele que irá plantar o mais adiante (não gosto de falar em futuro,acho meio frescura,até porque amanhã também o é),é verdade que devemos saber usar aquilo que devemos ou devíamos ter aprendido com a vivência que tivemos,ou seja,com o passado,o que passou,tenha deixado qualquer que sejam  as marcas que deixou.É bom lembrar que nem só de cicatrizes são suas sobras,lógico que é natural que as tenhamos,mas,e agora falo por mim,restaram tantas lembranças e tantos bons perfumes que fica difícil estabelecer um parâmetro adequado.Acho mais interessante sentir esses bons aromas e deles tirar a sabedoria para que outros que por acaso se volatilizarem deixem os mesmos fluidos.De qualquer forma,nesse entrechoque de situações e emoções que advém da vivência de cada um,é mais saudável que sempre deixemos de lado e esqueçamos os momentos de ausência,aqueles em que queríamos alguém por perto,ao alcance do toque e da troca de olhares e que sós,sentimos a imensa solidão do querer.Porque querer alguém,amar alguém, é um ato solo,independe do outro,é coisa pessoal e infinitamente individual.Essa beleza que encontramos em alguém que é um tipo de beleza que só quem sente sabe como é,faz com que vejamos ali um outro ou mais um caminho,que ,como todos os outros,pode tanto ter uma estrada paralela como pode se bifurcar ou encontrar um  rio sem ponte.Mas sempre é válida a trajetória e se você tiver a habilidade de se dirigir chegará com certeza em algum lugar,mesmo que ao ancorar outra vez esteja só e pronto para outro reencontro consigo mesmo.Pode acreditar,esse é um bom aliado de ser feliz,estar de bem com você mesmo,sempre,sem passado.

domingo, 21 de abril de 2013

Escuridão !

Se há algo que não me preocupa ou que me faça sequer pensar mais do que o trivial é o ato de morrer.Tanto é que o denomino como "apitar",bater com a cola na seca e toda a extensa gama de denominações que explicitam e o qualificam.O que me incomoda nesse assunto que ninguém gosta de falar é o fato de que não fico sabendo que morri ,e algo que acontece ,sem marcar hora nem lugar,mas que não tomo conhecimento.E,de todas as coisas que acontecem na minha vida vida eu fico sabendo,ganhe ou perca.resolva ou não a pendenga.Se morrer já é um absurdo,não encontro uma explicação que me satisfaça,não tomar conhecimento do fato é o supremo deboche.Diz o folclore que em certas coisas somos o último a saber,mas nessa nem isso,simplesmente morremos e deu,sem explicação,tenha ou não motivos,missão cumprida ou muito a fazer,não interessa.Se somos alguém ou não somos quase ninguém não importa,numa fração de segundo a chave que liga a vida é acionada,por quem não sei ,e acabou.Tudo o que fizemos ou deixamos para depois,todos os sonhos ,as alegrias e as tristezas,tudo se mistura numa coisa só e vira um saco de bosta.Não vale mais nada e se demorar um pouco começa a feder.Por isso,nessa constante incerteza que nos acompanha permanentemente,entendo que o mais razoável é tocar o barco e aproveitar cada momento dentro de seu limite e em algumas ocasiões,o ultrapassando.Porque,ficando restrito a linha demarcatória ou volta e meia a ultrapassando,não interessa,de qualquer forma a hora chega e aí,adios tia chica.Então...

sábado, 20 de abril de 2013

Amores escondidos !

Pouca coisa é tão delirante quanto um amor oculto,uma lembrança constante daquilo que não há o que lembrar,só e apenas imaginar e prever.Quando se vive alguns momentos dessa situação tudo toma outro rumo e cada coisa ,cada objeto, toma formas diferentes e diversas das que costumávamos ver.É uma espécie de distorção, acentuada pela necessidade urgente de fazer ou imaginar que tudo se concretize.Conheço situações que a ansiedade era tamanha que no momento do pega prá capar ocorreu algo que desacelerou a magnificência de tudo,a tornando menor e menos bela do que era imaginado. Não chegou a ser um ato falho,mas acredito que foi apenas o endeusamento de alguém também humano e com suas imperfeições ,que muitas ocasiões sequer são percebidas,por excesso de roupa ou de observação.A mulher ,com seus dotes intuitivos,geralmente sabe quando é amada e costuma valorizar e ,algumas vezes,extrapolar seu poder de absorver aquele afeto,apenas e porque entende em seu pensamento,que fica mais romântico,mais Romeu e Julieta,ou seja,mais "sofrido",como é a sua tendencia natural,a de dramatizar e ser deusa.Eu,particularmente entendo,que quando se apresenta um caso desse quilate,o melhor a fazer é falar e dizer o que sente,não represando e não teatralizando um fato que ,se for pensado,faz parte da vida de todos e normalmente é bem resolvido.Digo que é bem resolvido porque se for dado uma continuidade e houver troca de afagos e,dure um dia ou uma vida,chegou-se ao sonhado.Se ,ocorrer o lado do avesso e nada se positivar,ele irá passar naturalmente,até que surja outro que poderá ou não se concretizar.E,assim vai,assim vamos,esperamos um tempo,o tempo certo,depois a vida segue em frente.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Recado !

Acho que eu já havia esquecido algumas coisas,talvez por considerar que não as viveria de novo.Mas,hoje,e esse hoje significa a soma de diversos momentos,senti uma vontade filha da mãe de te ver,te tocar e ,claro,te cheirar,já que somos todos meio bichos e bicho gosta de cheirar outro bicho e por aí se entendem.Cheguei a pensar e até ia fazendo real essa ideia de ir até onde estás para te ver,viajar longe para matar uma saudade,logo eu que não acredito em saudades.Aí lembrei,e se ela resolver ir para outro lugar por perto,coisa costumeira,acabaria por rodar muito por resultado almejado nenhum.Entendo que essa distância que está acontecendo,que é tanto de espaço como de contato, não tem nada a ver com vontade,com querer ou não estar por perto,mas consequência de coisas e fatos da vida que são imutáveis,apenas porque se proporcionou que assim seja.Não há lamentos,só essa vontade filha da puta de te ver,imensa e necessária.


sábado, 13 de abril de 2013

Intimidades explicitas !

Uma das expressões preferidas da Geni era afirmar, sempre que o momento permitia, era que cada louco tinha suas manias e que com elas convivia muito bem..Era um dizer que abrangia não especificamente o louco de atar,mas falava principalmente dos loucos do dia a dia,aquilo que todos somos um pouco.Para não fugir a regra geral,acredito que também tenho algumas manias estranhas e que poderiam ser enquadradas com certa facilidade,no rol das coisas meio que esquisitas.Tenho uma camisa que ganhei já fazem três ou quatro anos e que até agora não usei.Acho essa camisa muito bonita e até já comprei calça que combinava com ela,mas até hoje não a usei para não sujá-la e estraga-la e assim perder aquela beleza que eu admiro.Em todas as coisas que uso no dia a dia,seja o que for,tenho aquelas que são as preferidas,como uma caneca portuguesa que só utilizo em raríssimas ocasiões e somente muito especiais.Até pano de prato tem os "mimosos".E vivo muito bem com essas pequenas loucuras,que se fosse enumerá-las completaria algumas folhas.A cadeira onde me acomodo para ver tv,ou para ler,deve andar pela idade ,pela sua aparência e uso,com uns 150 anos e não tem mais onde colocar um prego ou parafuso para que se mantenha útil.Isso que não falei de seu aspecto esfarrapado pelo uso.Me acomodo e me sinto maravilhosamente bem nela.Comprei uma dessas modernas e me deixou cheio de dores,voltei para a antiga.Mas nem tudo é tradição,antiguidade,manias.Mulher ,por exemplo,até algum tempo atrás se tivesse 30 anos para mim era terceira idade e foi um pouco pesaroso atender solicitações e estender esse teto para 38.Na época,se ultrapassasse os 30 e agora 38,sequer considero,não existe.Favor nem sonhar.E sabe que funciona?Tem uma,que já se aproxima do limite e que vai perder a vez,que trate de aproveitar enquanto tem cacife para isso.Depois não venha chorar no meu ombro,pois este não estará mais a disposição.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fantasmas acumulados !

Sem que haja qualquer intenção,até quase sempre fora de hora ou em um momento não muito adequado ,somos pegos de surpresa com questionamentos inesperados que ,de um modo geral,exigem uma reflexão mais apurada,para que sejam respondidas de forma convincentes.São as famosas perguntas indesejáveis,que ,de uma forma ou de outra,como forem encaradas e respondidas,na maior parte das vezes definem todo um relacionamento,uma porção de vida.E isso ocasiona o dimensionamento de que se tem ou não perspectiva,se existe um provável amanhã,ou se é mais interessante parar por aqui.A resposta que busca quem questiona está muito mais direcionada as razões que motivaram o ontem do que as causas que poderão ter no amanhã,porque se conhecemos o passado,o futuro,mesmo prometido continua sendo uma incógnita,uma dúvida.A verdade é que esses obstáculos que se interpuseram e bloquearam toda a dinâmica sequencial do relacionamento tem que ter ,no minimo,a firme convicção de buscar soluções,de serem superados e que devem servir de aprendizado.E soluções exigem promessas e promessas exigem atitudes,ações, e que se busque ,se ainda existir ,aquele amor primeiro,originador de tudo.De um modo geral,num momento desses as pessoas engasgam e se lembrarem de dizer que depois,a sós ,discutiremos isso,esquecem que aquele ou aquela que questionou quer a resposta  ali e agora,quer o compromisso e a esperança de ainda poder acreditar.Não é terapeuta ou seja que profissional for que irá resolver o imbróglio,são os dois diretamente e únicos interessados,que chegarão ao denominador comum.Essas perguntas quase sempre trazem à tona coisas escondidas,remorsos guardados,segredos inesperados e a quase certeza ,que é absolutamente improvável conhecer totalmente alguém,e por mais que cheguemos perto,sempre existe e existirá um segredo não contado.E esse segredo não revelado não tem de ser buscado,tem que ser trocado no escuro,na confiança.E isso só irá ocorrer,se persistir o amor.

sábado, 6 de abril de 2013

Clohe !

Todo o problema se resumia num foco só.Na verdade talvez fosse mais adequado nem considerá-lo um problema,já que problemas pedem soluções e esse já chegava solucionado.Era muito mais uma constatação que qualquer outra coisa coisa.Mas era,e é,um fato que não pode ser esquecido e por essa razão maior nem pensar em deixá-lo de lado.Se não foi possível vivê-lo,esquece-lo seria a melhor saída,mas isso também estava fora de questão.Mas,para clarear tudo é necessário que seja dito que encontrei Clohe (?) quando já estava quase fazendo o caminho de volta,quando as perspectivas de seguir em frente eram escassas e quase sem expectativas.Mas ela chegou,mesmo que estivesse sempre estado mais ou menos perto,e,como o lugar estava vago foi até fácil ocupá-lo e sua competência em vivê-lo é que a fez definitiva.Simples assim,real até o limite da realidade,limite este que tem seu fim quando o devaneio substitui a própria ação.E se o devaneio encontra soluções que os fatos não endossam,então é chegada a hora de repensar,se puder,e tentar outros caminhos.Ou parar de vez,talvez o mais inteligente ,por conseguir ter a capacidade de ver até onde poderá ir e então fazer seu caminho de retorno vivendo de lembranças,sem mais sonhos,sem mais perder ou ganhar,mas elevando ao máximo aquilo que acumulou de felicidade,pois isso também pode ser estocado. Clohe foi o "plus",o coroamento,o amor maior,a paixão que ficou.Infinita.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Nomes especiais !

Todo envolvimento emocional tem suas próprias e particulares regras,sem que se estabeleçam conceitos ou atitudes previamente estabelecidas.Por isso as vezes nos surpreendemos quando ouvimos alguém se dirigir à outra pessoa usando termos que fogem totalmente da compreensão (acredito que essas raras ocasiões são apenas um deslize,naquilo que se costuma usar apenas intimamente).Tem até mulher que gosta de ser chamada de Gorda,quando usado noutra situação seria uma ofensa indesculpável,mas ,de fato,essa terminologia particular só é compreensível por aqueles que a criaram e ,deve ter sido por coisas muito intimas,indiferente a qualquer tipo de intimidade especifica.Acontece,que ao se auto definirem por um termo que na maioria das vezes não tem nada a ver com eles,foi coisa que nasceu de uma emoção,ele  significa um mundo intimo que além de único e absolutamente individual abrange não só suas trocas e sensações passadas,mas especifica claramente a sequência e o amanhã deles.Quando se chamam de adjetivos só deles conhecidos estão cada vez se tocando,se acariciando,dizendo que se gostam e do prazer de estarem juntos.Isso é praticamente como um beijo no canto da boca,e beijo no canto da boca é coisa que remete a promessas.Por isso ,quem tem esse mundo particular ,esteja atento (todo caso de amor exige atenção e desvelo),pois ele indica,é o termômetro da relação,já que nada,ou pouca coisa,é mais carinhoso do que um epiteto pessoal, único e insubstituível.