sexta-feira, 28 de junho de 2013

Chocolate branco !

Conheço uma "menina" que é absolutamente vidrada em chocolate...branco.Me disse ela uma vez que tem ocasiões,em que a balança tem o poder de falar mais alto,que chega ao ponto de sonhar com ele.Como ela é uma pessoa bonita e agradável e estava um pouco abaixo do peso que considero ideal para ela,a presentei com uma barra do branco especial da Kopenhagen.Ela adorou,acho até que mais do que me adorava naquela época,e se deliciou no mesmo instante.Como diz o poeta popular gaudério ,o tempo passa, o tempo "avoa",e num dia qualquer ao passar numa loja especifica desse produto lembrei dela e quase sem querer,ou sem me deter a pensar no que estava a fazer,entrei e comprei uma barra do referido chocolate branco,com a intenção ,aquela intenção que exerce influência predominante ,mesmo que não seja exatamente o que se quer.Todo mundo sabe o que é isso e como funciona,tipo aquela famosa expressão do Chaves,sem querer querendo.Mas ao providenciar o envio também lembrei que repentinamente ela havia sumido,desaparecido, tomou chá de sumiço e escafedeu-se,acredito que tenha suas razões para isso e a mais plausível é excesso de amor,incompatibilidade futura.Então optei por não enviar e o deixei quieto em uma gaveta.Dessa vez o tempo "avoou" muito rápido e já nem lembrava mais dele,o chocolate branco,quando ao abrir a tal gaveta deparei com ele.Sabe de uma coisa,penseI,vou come-lo,mesmo que nunca tenha sido de meu inteiro agrado.E gostei muito,tanto que tornei a comprá-lo.Sei que por enquanto ainda não é melhor que o beijo dela,molhado e doce,mais que o chocolate,mas com a sequência do dia a dia e o consumo dele em contraposição a ausência dela,vai acabar sendo mais saboroso que seu beijo,que seu cheiro,ao menos é mais atual,mais presente.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um acordo histórico !

Nestes tempos bicudos foi algo surpreendente,inusitado até,mas aconteceu de fato.Era na verdade uma composição politica que jamais havia acontecido,principalmente devido aos interesses conflitantes e a gama de opiniões que deflagrava.Mas meu  Ego e meu Id e meu Super Ego chegaram ao consenso pela vez primeira ,nesses já esticados tempos de vida.A bem da verdade sempre que havia algo a ser decidido jamais chegaram a qualquer acordo,sempre um querendo prevalecer sobre o outro,e aí,lógico que quebrava o pau e a desavença perdurava.Sei lá porque cargas d"água resolveram unir suas forças em uma causa que consideraram,certamente,prioritária e mantenedora de suas devidas influências.Mas de fato ,o Id deixou aquela sua tradicional arrogância e mania de querer mandar em tudo e até se submeteu aos argumentos do Ego e dessa vez não foi nem preciso o Super tentar ajeitar as coisas,elas se acomodaram naturalmente.Eu até nem esperava e sequer imaginava que essa reunião estava acontecendo,deve ter sido influência dos momentos atuais porque todos estamos passando e observando com todo o interesse.Acredito que aproveitando a hora de mudanças que se avizinha,também resolveram se acordar e tomar uma posição mais enfática.Mas foi resolvido ,no acordo deles ,que eu devia tirar Creoline (?) de meu coração,de minha alma e de todos os lugares meus que ela estava ou ocupava.Como todos sabemos quando uma determinação dessas é dada não há como dizer não e sequer argumentar,a ordem vem dos comandantes supremos,então vamos dar um jeito,doa a quem doer,de cumpri-la.Mas,e sempre em tudo tem um mas,esqueceram de me dizer quando eu devia fazer isso, a partir de que data.Não sei se foi um esquecimento ou algo premeditado,para deixar ao meu livre arbítrio e ter ainda algum poder de decisão.Prometi,vou pensar,não garanto,mas vou pensar.

domingo, 23 de junho de 2013

Releituras !

Aos poucos,mas devagar e sempre,o Facebook,a Internet  e toda essa parafernália cibernética vão  cansando,vai saturando pelo seu excesso,como se seus administradores não percebessem que há um limite além do qual não se deve ultrapassar.Deve ser ,não quero afirmar taxativamente para não parecer pedante,o local,digamos assim,onde existe e convivem o maior número de santos e pensadores do mundo.Todos que postam qualquer coisa sobre qualquer assunto,sabem todos os caminhos para solucionar qualquer problema e são depositários e fazedores de todo o tipo de bondades e gentilezas.Lógico que não vou sequer imaginar alguém postar algo se ofendendo ou se desmerecendo,mas bem que poderiam ficar quietos e não encherem o saco,remetendo pensamentos e intenções que muitas ocasiões sabemos que sequer passaram perto deles.As orações e os desejos são certamente superiores em quantidade e conteúdo que as do Sumo Pontífice.Tenho a certeza de que é esse excesso,essa benevolência quase desenfreada e sem limites,como se postar a bondade que não possuem convencesse aos outros e  talvez a eles mesmos,que faz com que retorne mais amiudamente a alguns hábitos antigos,que aos pouco vão readquirindo sua importância e seu prazer intrínseco ao ato em si.De repente comecei a sentir novamente aquela vontade antiga que tinha de ler e de sempre ter na fila de leituras alguns livros que interessam.E o ato de ler, e quem lê se coloca dentro daquilo que está lendo,demonstra com facilidade que a imaginação ,que atinge qualquer distância mas tem limites no note book,no livro viaja mais rápido e sempre avança além de suas próprias linhas demarcatórias.Certamente vou continuar utilizando as redes sociais,para saber e aprender e para me comunicar com aqueles que me interessam,mas cada vez mais diminuem meus contatos e num crescendo vão sendo deixados de lado os adicionamentos.Num levantamento superficial tinha na minha lista de contatos,que é relativamente pequena, cerca de 45 nomes que apenas aceitei como "amigos",mas em nenhuma ocasião ocorreu sequer um oi.Melhor sacá-los fora,nem vão notar e pouco importa se perceberem que diminuiu a sua lista.Um aspecto positivo de tudo isso é que com o ,digamos,relaxamento do ato de ler,acumularam-se muitos livros bons,que agora serão conhecidos e certamente apreciados.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Intimidades !

O que parece é que está acontecendo um receio muito acentuado de se envolver com alguém e a partir dai desenvolver a dependência  emocional que é normal quando se gosta  e mantém um relacionamento. Já faz algum tempo que me desperta atenção, afirmativas e colocações verbais de homens ou mulheres,todos numa faixa etária que oscila entre 25 a 40 anos,que afirmam peremptoriamente que em qualquer envolvimento o que acaba por causar problemas e encaminha todo o final é a intimidade.Cá,dentro da minha linha de pensamento eu fico a imaginar qualquer tipo de relacionamento sem que aconteça alguma intimidade . O que não é difícil de entender é que a imensa maioria daqueles que opinaram e opinam, muitas vezes resumindo e concentrando o pensamento de muitos, é que consideram intimidade só o que situa dentro da área sexual.E é justamente aí que surge a divergência,intimidade existe e sempre ocorrerá em todo e qualquer tipo de trocas humanas,se diferenciando apenas pela intensidade ou aprofundamento dentro da área em que este relacionamento ocorre.No momento em que se conhece alguém, é a partir do cumprimento ou do aperto de mãos que começa a intimidade e se ela irá se aprofundar ou não é outra coisa e vai depender do interesse mútuo ou não,e quanto mais se avançar em qualquer tipo de interlúdio vai se estreitar e estabelecer uma troca de conhecimentos que interagem e determinam que esse relacionamento se perpetue ou não.E,ressalte-se ,qualquer tipo de intercâmbio humano se não proporcionar intimidades,não existe,pois é justamente nela,nas intimidades,que acontece o melhor,o supra sumo das coisas da vida,daquilo que buscamos em outras pessoas e é através desse convívio que advém todas aquelas coisas que fazem o coração reagir batendo mais forte.Diga-se ,para deixar bem claro,que a intimidade de um toque,de um gesto ou de um olhar embalam a alma e fazem quase sempre a vida parecer mais leve,mais bonita,mais gostosa de ser vivida.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Franceline !

Dia desses ao entrar no box para o tradicional banho da manhã,coisa que faço ininterruptamente há 40 anos e que prometi à mim mesmo um dia quebrar essa regra e enforcar um banho,coisa que ainda não consegui,ao olhar para baixo me deparei com algo estranho,fora de contexto ou de lugar .se melhor me explico.Uma pequena lagartixa,dessas domésticas e devoradora de insetos para sua alimentação,jazia inerte ao lado do tapete do box,aparentemente morta.Me abaixei e a cutuquei de leve e ela não deu sinal de vida,mas um sexto sentido me alertou que ainda estava viva.Vou te ajudar,falei sozinho,pois acho que ela não me ouvia e no estado que se encontrava não poderia responder.A recolhi com cuidado e depois de secá-la a coloquei em local mais adequado,no parapeito da janela.Considerando que devia estar faminta,pois daquele jeito o mais provável é que um inseto a comesse,busquei uns farelos de pão e coloquei a sua disposição ao lado dela.Logo esqueci e fui tratar de minhas coisas domésticas e depois sai e quando voltei bastante tempo depois é que lembrei.Levantei rápido da poltrona e pensei,vou dar uma olhada em Franceline,sei lá porque a chamei por esse nome,talvez associando a alguém,por seus meneios ou seu quadril meio avantajado.Quando cheguei ao local de seu resguardo ela já demonstrava sinais de vida ,inclusive com aqueles olhinhos saltados que nem  a mulher de meu amigo quando acorda (post anterior).Logo ao tocá-la se retorceu toda dando sinal de impaciência e desconforto,parecia dizer que não queria nada de intimidades.A mudei novamente de local e coloquei mais alimento e um pingo d'àgua,vá que tivesse sede,mas morrer não morreria,estava a salvo.Missão cumprida de novo fui as minhas coisas e outra vez para a rua.Quando cheguei,já na porta de entrada lembrei de Franceline e fui direto vê-la.Cadê ela?Foi embora.Talvez ao encontro de seu lagartixo para mostrar à ele que estava viva e linda e que sempre teria alguém para estar a seu lado.Talvez para curtir um dia dos namorados com ele.Talvez para a sublime inteligência de saber ficar só,que é uma das maiores benesses que se pode ter.A convivência com a multidão de si mesmo é algo extremamente salutar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eternos namorados !

O grupo de conhecidos ,não digo amigos porque para mim o termo tem uma conotação bastante diversa da vulgarização que acontece,mas de qualquer forma pessoas que tem prazer em ,ao menos uma vez por semana,estarem juntos e jogarem conversa fora,seja o assunto sério ou não.Diga-se de passagem que todo e qualquer tema,seja ele relevante ou não,é tratado com uma certa incredulidade e até com boa dose de desdém.Mas como todos conhecem algo de todos,era possível notar que um dos membros do grupo demonstrava uma certa inquietação,uma ansiedade de dizer ou contar algo.Naquele ínfimo momento em que os risos ou as palavras estão suspensas no ar e que se faz um silêncio absoluto ele aproveitou e disse de supetão :fiz um acordo com minha mulher.A ideia de separação ou divórcio ou que nome seja dado foi unânime e alguns chegaram a imaginar que seria ruim,muito ruim para ele a ausência de  Aline,já que todos conhecem seus vínculos.Até que um ,depois de percorrer os outros com o olhar disse à ele para explicar que acordo era esse.Ele disse que na conversa que teve com ela chegaram ao consenso de que nenhum aguentava mais ver o outro ao acordar.Não aguentavam ver seus aspectos físicos,ela acordando sem maquiagem e com os olhos esbugalhados e as maçãs do rosto e os lábios como se estivessem inchados,um terror.E babava a infeliz.A impressão que ela causava nele perdurava todo o dia e isso lhe fazia mal.Então houve o acerto,a concordância mútua de que pela manhã,ao acordarem,não deviam se olhar,só após ambos produzidos para o dia se encontrariam na cozinha para o café  e se saudariam,oh como estás ,dormiste bem? essa coisa toda.Ainda explicou que sempre que resolvem transar o fazem na escuridão total,pois assim não se vêem e preservam a imagem de sei lá quantos anos atrás.Acho que é uma boa dica para muitos,independente até da própria idade,pois preservam o relacionamento e o status quo que que apreciam.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Facto est!

De súbito,um encontro casual,uma situação inicialmente meio receosa,acabrunhante até,como se sumissem as palavras e não houvesse o que dizer.Também de súbito,caracterizou-se como um reencontro,mas era isso e, jamais ocorreu tal tentativa,mas dava a entender que penderia para esse lado.As palavras e frases surgiram aos borbotões e cada um queria falar mais que o outro,havia,parece,muita coisa  a contar,a dizer,a explicar,mesmo que tudo tenha com o tempo se auto explicado.Meras desculpas inconscientes,talvez para ficar mais tempo juntos,mas que eram necessárias por em prática.A conversa se estendeu e foi-se ficando,ficando,até que o termo que era o antigo se modernizou e aconteceu o gostoso aconchego, e rolou um vinho e um beijo e a saudade para ela e as lembranças para ele se embrulharam debaixo do edredom na noite fria.Pela manhã não existia mais saudades e as lembranças estavam relembradas e a certeza absoluta que era possível  vez que outra um reencontro "ficado" ,jamais uma continuidade do antigo ,do já vivido e já passado.Começava na despedida ,mais uma,outro tempo de saudades ou de lembranças,que poderá ser breve ou não,mas que tende a se transformar apenas em passado,por sinal,um belo ontem.Depois ,mais tarde ,na solidão de si mesmo,fica-se pensando ,com um leve sentimento de culpa,onde se misturam as alegrias do ter acontecido e ter terminado, sem mortos nem feridos,de que se não foram atingidos as coisas que se desejava é porque o sonho inicial se evaporou em cada um e pouco a pouco esvaneceu-se dentro deles.Uma bela lembrança revivida vale mais que toda a saudade que possa ser sentida.Ou,como diria um filósofo de de boteco,que conheço,choque de amores não amassa a lataria,só machuca a alma.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um outro enfoque !

Sei lá se é uma espécie de auto defesa ou uma recusa psicológica que nos faz,de uma forma muito ampla,sempre que nos referimos ou fazemos algum tipo de menção à sentimentos que nos atinjam,ou seja,aqueles nos quais estamos envolvidos,ocultar o lado que nos atinge.Não lembro de ter ouvido alguém fazer alguma referência ao fato,e por isso parece ser suposição,de ser amado ou de saber que motiva outra pessoa a lhe querer,lhe desejar em qualquer nuance que seja.Parece que esse lado da personalidade masculina é conscientemente  deixado de lado,como algo que não deve ser ventilado e muito menos discutido.O fator predominante induz a  um certo medo que temos de encarar, e de repente tomar conhecimento ,que não somos tão irresistíveis como até então considerávamos ou até de nos serem revelados defeitos ou coisas que nem sabiamos ter.Sempre nos voltamos e nos  detemos a raciocinar voltados para expressões quase chavões,tais como eu a quero,eu a amo,eu ,eu,eu,e quase nunca olhamos para ela e queremos de fato saber o que elas estão sentindo ou sentem,o que elas querem realmente de nossa companhia,além das coisas que são intrínsecas à um casal que ainda mantém a tradição dos sexos opostos.Quem é um pouco mais antigo,ou melhor dizendo,tem mais tempo de vida e viveu a diferença que se tornou muito contrastante entre uma época e outra e conseguiu mesmo que meio na marra  se adaptar aos novos conceitos de vida,certamente percebeu que aquela dificuldade que existia de dizer que amava alguém se alterou e, se hoje há até um excesso, e por isso vulgarizando um pouco o eu te amo,percebeu repito, que essa resistência em querer se assumir como alguém que também pode ser desejado faz parte de qualquer relacionamento,e é necessário e fundamental.Lógico que o homem foi tirado de sua toca,seu refúgio ou esconderijo,e que tem que aprender a se relacionar de fato à dois,pois vai ser melhor,muito melhor.Palavra de quem evoluiu junto aos tempos.