segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pena de Morte !

Comecei a me interessar pelo tema Pena de Morte quando explodiu no mundo todo a história de Caryl Chessman e seu livro "2455,cela da morte.Era ele um detento condenado e tendo recusado advogado de defesa o  fez ele mesmo, já que havia estudado na prisão ,especializando-se em criminologia.Mesmo assim foi executado,e pelo tempo que já vai longe não sei se merecia viver após seus crimes e morreu.De lá para cá tenho alternado ocasionalmente as posições,mesmo que a opinião emitida seja tomada a distância,sem o conhecimento profundo da coisa toda,por isso bastante discutível.O processo todo girava em torno de questões ditas morais,religiosas e humanitárias,muitas vezes influenciadas pelas notícias que se tinha,sem ter como analisá-las e separar a verdade da não tão verdade.Com um detalhe diferencial,nunca se tratou de ser  um brasileiro,um conterrâneo,portanto.Num caso desses a gente pensa mais racionalmente porque o ato em si chegou mais perto,atingiu alguma coisa nossa e de repente.Acredito que seja aquele espírito de solidariedade nata do latino com quem nasceu por aqui,mesmo que eu ache isso uma grande ilusão.Cada país tem suas leis e tudo indica que quem chegue por lá deva obedece-las,ou aguentar as consequências se as descumprir. O caso desse rapaz e do outro anterior,foi um descumprimento consciente,planejado  e que visava lucro pecuniário.Entendo que a pena no papel foi bem aplicada,o primeiro ,pelo seu histórico todo bem concluida.Este rapaz do momento,não conheço toda a sua história,mas acho que ,mesmo sendo a favor da pena de morte,no caso dele que há 11 anos cumpre pena deveria ter sua vida preservada e curtir uma prisão perpétua.Acredito que pelo tempo e só pela ideia permanente de execução ele pagou uma boa parte de seu crime ,portanto o resto de seu tempo na cadeia seria uma boa,com um adendo,cumprir a pena lá,sem chance de vir para cá.Porque,se ocorresse isso,ou por milagre ocorrer,sempre teremos os mesmos defensores dos criminosos e delinquentes os defendendo e tentando libertá-los e nós sabemos seus nomes.Que fique vivo,espero,mas lá,se for para voltar cumpra-se a lei deles.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Sabor de chocolate !

De súbito,como dizem os paisanos,o telefone emite um sinal estridente e absurdamente alto,talvez eu o sinta assim pela surpresa e por estar absolutamente absorvido pelo livro que estava lendo naquele momento,no caso,Humilhação,relendo aliás,para mim o melhor de Philip Roth. Mas a surpresa não ficou só nisso ,do outro extremo da linha,nestes tempos que o Face ou o What são mais utilizados,estava uma pessoa que considero especial,minha Primeira prima.Uma vez ou outra já fiz alguma referência à ela aqui no blog e,quem ocasionalmente o lê,já deve ter observado isso .Confesso que fui tomado de uma certa ansiedade,considerei que algo de bastante gravidade estivesse acontecendo para ela proceder assim,já que todos os outros contatos que tivemos foi por outros meios,inclusive pessoalmente.O status dela junto a mim estabelece imediatamente uma aura de prioridade absoluta,por isso tudo a adrenalina disparou e tomou quase uma forma viva ,tal sua intensidade.Conheço muitas pessoas,dizem os estudiosos que a média de conhecimentos e de interações que temos com outros em nossa vida é de cerca de cem pessoas e, dos que me tocam ,uma parcela significativa mais ou menos tem reações e ações de uma certa forma previsíveis.Da Primeira prima era impossível qualquer adivinhação,até por tudo que havia ocorrido,pelos bons momentos e pelo desfecho inesperado e desencontrado,cada vez que pensava nela ou que alguma coisa à ela me relacionava,a sensação que me vinha era a vontade quase incontrolável de agarrá-la,abraçá-la e sentir seu cheiro inconfundível.Tão diferenciado é o cheiro dela que se o Beira Rio estiver lotado e eu entrar nele, sei se ela está lá ou não e em que lugar.Fora isso outras coisas também teriam um tête a tête imediato e duradouro.A impressão que tive é que  passou quase um dia até o momento em que assimilei ser ela realmente do outro lado  e aí só ouvi ela dizer que estava com saudades,queria me ver com urgência.Já não fumo,por isso o cachimbo não caiu,mas meu coração saltou campo a fora e acho que deve ter ido ao encontro dela.É bom que de vez em quando alguma coisa nos faça rir sozinho,rir de alegria,de felicidade,mas só de vez em quando,para que seu valor seja de fato aquilatado e mesmo se for toda hora pode encher o saco.Se contasse isso para uma amiga minha ,sei que ela simplesmente diria,c'est la vie.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Uma risada,um sabor !

Acho que sempre foi assim,ou,ao menos como consigo lembrar, não ocorreram mudanças que determinassem ou fizessem tal estado de coisas sofrer alteração.Viver continuamente de bom humor talvez seja a minha marca registrada,porque aconteça o que quer que seja ,a minha reação  quase imediata é tirar dali um motivo para rir,para saborear uma gozação.No fundo mesmo,acho que sou feliz,pelo que fui e não fui,pelo que sou e pelo que não vou ser e até porque já não há mais tempo e condições de deixar de sê-lo,tenha eu muito ou não muito tempo ainda pela frente.Até hoje não compreendi porque sempre vejo quase tudo pelo lado humorístico,pelo aspecto debochado,tentando na imensa maioria das vezes de forma quase automática tirar dali,do fato,alguma história para contar e dar risada,boas gargalhadas.Uma ocasião alguém me disse,dei tanta importância ao comentário que nem lembro quem o fez,que eu não levava nada a sério,apenas respondi que nada tem a seriedade que tentamos apregoar,a própria vida é uma contínua história de assuntos e fatos que não são devidamente compatíveis com a importância que pensamos dar a ela e a qual   não responde em conformidade.Há nos dias de hoje um desmoronar constante de conceitos em nosso meio,na sociedade em que vivemos ,como se cada um daqueles que nos representam tivessem o lado positivo e o lado negativo,coisa que todos temos,mas esses deixavam sempre o lado mau sobressair e suas atitudes fossem sempre condizentes com essa índole,coisa que parece hoje estar acontecendo e sendo amplamente divulgada ,de personalidades antes tida como intocáveis misturando-se aqueles que há tempos são reconhecidos como meliantes e equivalendo-se a eles e até os suplantando.É realmente um assunto melindroso,mas que acaba virando piada pelas reações dos envolvidos e o desdobramento do conjunto do fato.Pois isso também acaba virando piada,deboche,talvez  porque seja a única forma de ,no caso,servir como defesa ,reação.Isso tudo a gente sente na carne,mas não deixa de rir desse melodrama todo, onde somos os palhaços que riem.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Menor idade !

Não me causa muita surpresa a opinião proferida por diversas personalidades que tem algum destaque na vida pública  brasileira,sobre o assunto em pauta do momento,que é a aprovação provável da redução da maioridade penal na Constituição Brasileira.Todos os opinadores,juízes,políticos,psiquiatras e outros de alguma forma considerados como entendedores da questão,emitem uma opinião contrária a redução,referendando esse posicionamento com análises técnicas fundamentadas basicamente em teorias.Eles argumentam que o menor ainda não discerne adequadamente  ou que prisão não melhora ninguém,ou que esse não é o nosso problema ou que  o caminho a ser seguido é outro,mesmo que não indiquem qual é ele e sequer porque quando do exercício de funções nas quais poderiam tomar decisões que minorassem o problema não o fizeram.Antes de continuar vamos esclarecer que trato do menor infrator,jamais do menor carente,que é outra história bem diversa.Na verdade,nenhum das aludidas figuras que se posicionam contra a redução conviveu um dia sequer com um menor infrator e sequer se deu ao trabalho de questionar quem faz isso diariamente durante anos e anos e que,não podem sequer olhar atravessado para algum menor que é denunciado como elemento pernicioso a recuperação do interno.A atitude desses senhores e senhoras é meramente eleitoreira,para agradar o grande público,este não sabedor do que ocorre e da forma que pensam a imensa maioria desses menores,e assim agem sempre que tem oportunidade.Diga-se igualmente que são menores apenas na idade,porque nas atitudes e posicionamentos são absolutamente conscientes do que fazem e o fazem como adultos,que na verdade  são e demonstram.É comum o argumento de que tal atitude foi consequência do pai alcoólatra ou marginal e da mãe também alcoólatra ou prostituta ou simplesmente sem classificação.É apenas a desculpa mais fácil e mais impactante,como se isso fosse um fato corriqueiro, mas que serve como argumento para omitir falta de ações e de posicionamentos compatíveis,mesmo que isso  não seja agradável e de alguma forma exigente em demasia. A redução da maioridade é sabido que não irá resolver de vez o problema,mas que irá minorá-lo,a médio prazo,o fará.Muitos menores são vítimas realmente,mas outro tanto servem apenas como massa de manobra de quem devia demonstrar não só falsos interesses,mas ações adequadas.