quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

KISS !

Na verdade não é possível avaliar o sentimento pelo qual estão passando todos aqueles que de alguma forma foram atingidos pelo incêndio na boate Kiss.Imagino que além da dor que deve ser alguma coisa beirando o desespero,permanece ainda aquela sensação de incompreensão e desamparo,aquele tipo de coisa para o qual não sabemos o que fazer e que mesmo conscientes do fato, resta lá no fundo da alma ,uma sensação de incredulidade,de que é um sonho ruim,que não aconteceu.Acredito que não há o que já não tenha sido dito e sentido e nenhuma explicação existe ou poderá existir.Mas tem coisas decorrentes do fato em si que mais cedo ou mais tarde tem de ser colocadas na mesa e devidamente avaliadas em seu devido peso.Não tenho relação alguma com ninguém que tenha sofrido os efeitos da tragédia e sequer com os considerados responsáveis por ela,em qualquer nível.No meu entendimento acho que deveria ser tirada do âmbito local qualquer espécie de avaliação ou julgamento referente a responsabilidades pela lamentável consequência do incêndio,mas ,opinião minha,que certamente será contestada,nenhum dos envolvidos tinha ou teve a intenção sequer de por a vida de alguém em risco.Nenhum deles ,para mim,é ou são assassinos em sua essência.Tem culpas,muitos ,mas não é toda a culpa que foi colocada em seus ombros e,diga-se também,só restou aos pais e parentes essa saída.Entendo também que deva ser buscado exaustivamente e entendido como foi todo o contencioso em fatos similares ocorridos em centros maiores ,Buenos Aires e Estados Unidos.Repito ,para que fique bem claro,nenhum dos culpados,seja da Banda,sejam os proprietários ou autoridades responsáveis,teve a intenção de matar.Foi uma tragédia e como tal deve ser entendida e culpados dentro do limite de suas culpas aqueles que assim forem considerados.Porque,faça-se o que se for feito,jamais em tempo algum será feito justiça absoluta,culpe-se quem for culpado terá uma dose elevada de injustiça e absolva-se quem o for também haverá alta dose de resultado enganoso e indevido.Quanto aos moços e moças que morreram entendo que só resta viver suas lembranças conjuntas,nada vai minorar o resto.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Um bom filme !

O filme O Lobo de Wall Street é daqueles filmes que tem a minha preferência,já que sua história é baseada em acontecimentos reais. É longo,pesado e apresenta cenas de sexo e nudez,coisa que não altera muito, pois essa área além do conhecimento pessoal de cada um,tem bastante coisas afins nos programas da Televisão aberta aqui entre nós.A interpretação de Leonardo Di Caprio ,como sempre,beira a excelência ,o que serve par torná-lo (o filme) bem melhor,sendo até possível afirmar que  talvez outro ator não tivesse a intensidade dele no papel.Para mim,um dos melhores dos vários bons atores que existem hoje em dia.A mulher,dispensa comentários,é lindíssima,talvez  perca em alguns detalhes para a minha prima preferida,e eu disse talvez,imaginem que tal é.Mas ,o que chama a atenção mesmo,além é lógico da vida atribulada e de altos e baixos do Corretor da Bolsa,é as duas grandes traições que existem e que se permeiam com um sem número delas.Digo que são essas duas as maiores porque são atos e posturas pessoais,que não foram premidas pela circunstância,foi algo espontâneo e de livre escolha. A primeira delas ,quando ele trai e abandona sua mulher original e a segunda quando a mulher que quase se equipara a minha prima o abandona.Nas duas ,e são fatos acontecidos,reais,fica-se com a impressão que comprova a teoria que sempre defendi :vem a ser o maior inimigo que um homem pode ter, a mulher que foi sua companheira ou que nome tenha o fato de ter vivido e compartilhado com ele por um tempo no mínimo razoável.Por outro lado,a devassidão oriunda das drogas pesadas deixam um cheiro no ar de que o sucesso muitas vezes vem acompanhado de descalabro  e que não se coaduna com o que aparenta  ser.Recomendo ver o filme,apenas lembro que quem for assistir não esqueça de mijar antes,pois são três horas num folego só e que não devem ser interrompida sua sequência.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Notas dissonantes !

Basta um detalhe qualquer,até despercebido ou deixado de lado ,para que se altere de forma acentuada todo o processo de vivência que estabelecemos e seguimos. Os festejos e comemorações de final de ano,aliados a uma série de outras comemorações paralelas, estava relativamente projetado e tudo indicava que não sofreria alterações substânciais,só aquelas decorrentes das alternâncias normais que acontecem sempre em qualquer tipo de evento.Mas nem só de festas e comemorações se vive e no embalo delas pode acontecer algum tipo de acontecimento que, por descuido ou até por consequência dele,transforma substancialmente o que virá já no novo período que se inicia.Estava eu ,na época aventada,curtindo e mantendo dois relacionamentos paralelos e ambos andavam de forma muito satisfatória ,mesmo que não fosse possível e aconselhável que caminhassem de mãos dadas.No primeiro deles,sem que isso indique primazia ou prioridade,a coisa toda andava tão bem que seria até aconselhável desconfiar ,já que quando a esmola é demasiada até o santo desconfia.Pelo que dizia a pessoa diretamente interessada, ela atravessava um período de faceirice, de paz e amor,andava mais faceira que tico tico no alpiste,saltitando de alegria. A segunda moça com quem também se desenrolava um tempo de calmaria,vivia momentos que a faziam cantar até fora do chuveiro,dizia ela que cantava a sua vida,suas alegrias e suas consequências.E eu no meio delas ,literalmente falando,agindo de uma forma de contracenava ora como ator ora como diretor do mesmo filme,cujas atrizes diversas desempenhavam o mesmo papel.Eu também andava vivendo bem perto do céu,mesmo estando na terra .De repente,quase na virada,um e mail e uma menagem no Skype derrubou  todos os castelos que haviam sido construídos,comprovando talvez que eles não estavam tão sólidos como eu imaginava.Uma argumentava que como eu,mais uma vez, ou de novo,não iria estar a seu lado na virada de ano e que para ela isso era importante,achava que era  a hora de dar um tempo.A outra nem falou em dar tempo,em fazer uma pausa momentânea,simplesmente disse que havia cansado de esperar uma definição e que iria procurar outros andares.De súbito,como dizem os paisanos,eu estava absolutamente só,como a comprovar que quem tem duas pode de repente não ter ninguém e que talvez seja mais aconselhável manter um laço só com o nó bem apertado.Ambas foram corteses e me desejaram feliz 2014.Começou ruim,mas fazer o que?

sábado, 11 de janeiro de 2014

Jedai!

Não mudou e acredito que não irá se alterar minha maneira de entender o atendimento a animais ,quer sejam de estimação ou não.Tanto faz se for cachorro,gato,cavalo ou passarinho,minha posição é que cada um tem seu lugar e seu ambiente específico,jamais usufruindo todos os elementos constantes de uma residência igual ou mais que o morador,humano no caso.É simples,bicho é bicho e gente é gente e estamos conversados.Entretanto ,isso não impede e nem interfere que ocasionalmente receba visitas esporádicas de um cãozinho que abrigo e atendo por alguns dias.Acho até que o atendimento dado à ele excede aquele que recebe na residência de seus donos(está faltando os xiitas caninos afirmarem que cachorro não tem dono,ele é seu próprio ) .Dentro desse quadro,eu que também gosto muito de cachorro,só que no pátio,exerço uma atividade que procura se adequar aquela que ele recebe na casa onde é seu habitat.E atendo e dou alimentação e passeio com ele.Num desses passeios pela área externa ao Condomínio ,como que se surgisse do vento uma moça se aproximou e encantada se acocorou e acariciou Jedai,esse o nome do moço,para logo após abraçá-lo e apertá-lo contra o peito.Ele ,acostumado com carinhos e atenções deve ter gostado ,até porque a referida donzela não era de se jogar fora,muito pelo contrário,bem interessante,muito comível até.Ela se ergueu e pediu desculpas pela intromissão ,explicando que até pouco tempo possuía um cão muito parecido e que havia sido atropelado por um descuido seu,culpa pela qual ela custava a se perdoar.Que eu entendesse aquele arroubo e não considerasse como outra coisa,apenas aquilo que ela havia explicado.A conversa se prolongou mais do que seria lícito esperar e adentrou por outros assuntos,tanto que dentro das circunstâncias do momento aconteceu o convite,com segundas e terceiras e quartas intenções e trocas de endereços,meu apto é número tal e bloco e tudo o mais referente ao bom relacionamento vizinhal futuro,já que não sou muito chegado em vizinhanças,vizinhas até que dou sorte(desde que a validade não esteja vencida ou prestes).E assim foi,cada um para seu lado , eu atender o que faltava para Jedai,que ainda não havia feito cocô e teria que juntar a bosta dele,logo eu que detesto essas frescuras.Acho que dois dias depois,já passava das 11 da noite e como costumo deitar sempre entre 1 e 2 hs estava bem desperto,quando fui surpreendido pelo toque da campainha.Sequer me passou pela ideia que a moça do cachorro ,como  a qualifiquei ,estaria ali em minha porta com uma garrafa de vinho na mão e a expressão de tristeza,afirmando que estava com saudades do cachorro dela e se eu me importava que ela  poderia vê-lo  ,agora já até era meu o cão,e que podíamos aproveitar para conversar e tomar o vinho.Por um breve e fugaz momento lembrei de JCristina que havia me abandonado por razões fúteis e me disse porque não?É um prazer disse á ela,entre.Madrugada alta,quando ela foi embora eu lembro ter dito que na próxima vez não precisava trazer o vinho,eu tinha em casa.Chileno,claro.Jedai dormia há tempos ,escarrapachado em minha poltrona predileta.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sonho dourado ?

São ,de fato,outros tempos.Eu não chego a afirmar que sejam novos tempos porque eles já se fazem presentes de forma repetida e de uma assiduidade bastante constante.A situação toda passa meio despercebida por um bom período,mormente(nem se usa mais essa palavra)que encobertas que são pelos acontecimentos que se sucedem e que acabam por tornar obsoletos e como coisas de ontem aquilo que recém está acontecendo e se desenrolando ante nossas vistas.Isso tudo é comum e compreensível,entretanto,o que me surpreende,e não deveria ser assim,afinal sou antenado e do tempo atual,é a importância e prioridades que são dados a assuntos antes irrelevantes ou até reprováveis.Mas,eu ainda acreditava que a coisa toda não tivesse atingido níveis tão profundos de importância a ponto de ser quase como o sonho dourado de muita gente.Acompanhei surpreso e quase de boca aberta pelo estupor, a entrevista de um eufórico repórter  que demonstrava ser aquelas entrevistas,talvez,seu grande pulo do gato,a demonstração inequívoca da sua capacidade e competência.Os pais e mães entrevistados faziam questão de externar seu orgulho e sua satisfação e,acredito eu,acreditavam estar assistindo seus  filhos próximos de iniciarem suas participações no sonho dourado de todos os pais em relação ao futuro de seus rebentos.As entrevistas se sucediam e chegavam aos amigos,professores,habitantes da cidade e autoridades locais.Os três gaúchos haviam sido ,e foram,selecionados para participarem do programa BBB 14. e aí estava o caminho do sucesso e da felicidade deles,e,queiram ou não, uma inveja nem tanto oculta mas encoberta pela expectativa .Não vou entrar no mérito da questão,da exposição cruel e indevida a que estão expostos ,se isso é válido ou se vale a pena ,ou até futuros contratos em busca do estrelato.Mas não posso  deixar de me perguntar o que leva alguém a abandonar seu emprego,seus estudos,sua carreira,seus sonhos e até algumas responsabilidades para se expor de forma quase total e ter seus gestos,atitudes e anseios devassados e julgados.Será que  atingimos um índice de  frivolidade e de ausência de valores que um programa de televisão bastante duvidoso se transforma no possível "eldorado" de todo um povo?Ou quem sabe,somos assim mesmo,vazios e facilmente manobráveis? 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As palavras ditas !

Se eu tivesse tendência de maximizar todo e qualquer acontecimento,não haveria surpresa alguma em afirmar que tudo tinha sido urdido mnemonicamente para que tivesse o desdobramento e o desfecho que aconteceu.No breve ,nem tão breve assim,espaço de tempo em que ela se calou,tive a intenção de preencher esse espaço com expressões que,na minha visão,iriam apimentar e tornar o diálogo mais aprazível e mais intimo.Intimidade acentuada era exatamente o que eu buscava,para através dela atingir não só a intimidade física ,mas a mental e psicológica também.Acho até,que inconscientemente eu buscava um intercâmbio de tal forma que não haveria o dominador e o dominado,buscava o equilíbrio ,por entender que nele está escorado o conteúdo final e todos os seus reflexos.Mas,as palavras que usei tentando dar um efeito jovial ao assunto que era tratado,que era bastante intimo e alvissareiro,foram entendidas de forma completamente diversa e a coisa,como um todo degringolou e partiu repentinamente para um duelo de ataque defesa/defesa ataque, que não tinha razão de ser.Mas era justamente o que estava ocorrendo.E os sonhos e as esperanças e as perspectivas de um final de ano relevante e com intensas probabilidades de serem intensificadas no ano que já era bem visível,se quedaram num canto qualquer e ainda lá estão.E olhe que medi muito cuidadosamente as palavras que empregaria,justamente para não criar animosidade,mas para através delas tornas tudo mais suave,mais carinhoso,mais promissor.Quando eu disse que ela parecia uma vaca,em nenhum momento foi intenção compará-la ao elemento quadrado e ruminante que é a vaca tal como vaca ,animal bovino,mas o que procurei expressar é que sua reação,que eu pensei outra ,daria e abriria espaço para adentrar em intermitências cabíveis e necessárias aos dois.Ela entendeu tudo no reverso,como já disse,e degringolou rapidamente,tanto é que já estamos no dito ano novo e continuamos afastados e sem ,acho eu,muitas possibilidades imediatas de reencontro.Isso tudo me machuca e me causa um certo ,eu diria até estupor,mas uma decepção com aquilo que falamos e que nem sempre tem o entendimento por nós imaginados.Sei muito bem que vaca é um termo meio esquisito,até porque é usado pelas mulheres para denominar alguma amiga do namorado,mas eu não tive a intenção de magoá-la,apenas queria  ,talvez inconscientemente,dizer que estava afim de mamar em suas tetas.