Match point !

São situações diversas e bastante diferenciadas,mas ambas se originam a partir ,quase sempre,de um mesmo fato,algo muitas vezes ao qual não é dado a devida importância ,mas que precede a instalação e inicio de todo o processo.A decepção é circunstancial e passageira,muitas vezes encoberta que é por outros atos que a superam e a levam ao esquecimento ou ao deixar de lado,como algo que não merece uma observação mais aprofundada,se tornando apenas como uma coisa ocasional e que é superada até mesmo por si própria.Mas é o ponto de partida,e aí está sua importância,para, no conjunto delas, transformar-se em desencanto,esse sim,mortal e sem retorno.O desencanto é insinuante,se instala pouco a pouco,como um vírus que ocupa os espaços lentamente e vai tomando conta de tudo,de todo o organismo,digo,de todo o sistema emocional e afetivo.Aquela aura que existia em torno da outra pessoa,fazendo com ela tivesse se tornado em algo inatingível e intocável, deixa de existir ,e ela passa a ser vista como um mortal comum,ou até pior,como alguém que perdeu seus dotes de superioridade e por isso fastidiosa e aborrecida.A visão empírica do fato como um todo mudou radicalmente,mas quando se instalou escreveu em seu prefácio que a morte de um sentimento,de um amor infinito, tem seu fim quando as razões que assim o fazia deixam de existir.Até pode, num olhar apurado, ser triste,mas as  coisas do dia a dia e a própria existência levam muitas vezes a caminhos que nunca foram percorridos,mas que não é por isso que deixam de ser interessantes,bonitos e ,principalmente,misteriosos.A diferença fundamental é que para gostar de alguém não precisamos motivos nem tem hora aprazada,mas para desgostar,desamar sempre tem um inicio,algo como o Match point.

Um olhar !

Quintana diz em seu poema O Mapa,que tem uma dor infinita das ruas por onde não andou e que elas tem coisas de uma beleza que ele não soube aproveitar por não conhecê-las.E revela também,que essa saudade não tem como supri-la.Não é uma paródia dele,mas também sinto e sei o que é essa dor sem limites,constante e infinita,que experimento cada vez que te vejo ou que imagino a sensação de te tocar e de te abraçar,coroando esses momentos com um beijo onde transborda o sentimento,que nessa hora tem reciprocidade,tem ponto de partida mas não tem previsão de chegada. E vai continuar vivendo enquanto formos vivos e sublimados por essa áurea que nos envolveu,como algo que  sempre existiu mas que foi encontrado num momento não favorável.Essas coisas,essas sensações não tem vento que leve nem tem poeira que cegue,tem só um olhar permanentemente endereçado ao teu,como a dizer que não cansa e que não irá parar de te  ver. 

Todas as mortes !

Eu cheguei a pensar e entender que tivesse morrido de uma vez por todas no interior daquele casulo e que apenas teria de aguardar o longo período que me separa do final definitivo.Mas,como de fato as coisas não são como são por acaso e sim porque nós fazemos com elas assim se tornem,acabei por morrer de novo.Já antecipo que talvez nem seja a última, outra vez poderá ocorrer algum fato ou conhecer alguém que ressuscite tudo de novo.Mas essa morte de agora,mesmo que tivesse de ser prevista e até esperada, me pegou desprevenido,não a queria e nem a aguardava justamente na época do Natal,tempo de nascimento de Jesus e de esperanças.Até que ela poderia ter esperado uns tempos para ocorrer juntamente com Ele,que logo ali adiante os homens matarão.Pior de tudo é que no atestado de óbito o médico não colocou como a causa mortis nem síncope,nem infarto,nada disso,colocou falência geral de sentimentos recebidos,o que convenhamos é de matar,o que justifica a morte.Mas devemos levar em conta que isso tudo também pode ser um sinal de que a hora e o tempo de dar um tempo está presente,até é possível que se tenha de revisar conceitos antigos e reabrir questões que não foram devidamente resolvidas.É uma saída,até poderá servir como uma alavanca a incrementar o logo ali adiante,entretanto,não devemos apressar o andor ,já que o santo é de barro e se cair se esfarela.Na verdade derradeira sempre permanece aquela velha e repetida cantoria de que quando uma porta se fecha alguma outra se abre,ou até mais que uma,deixando a oportunidade de múltipla escolha.Quem se acostumou a ganhar,quando perde,considera treino e não conta na estatística.

Meias palavras !

No duro mesmo é um conjunto de coisas,atitudes,posturas e definições que ensinam a obter um entendimento mais abrangente daquilo que conversamos com outras pessoas.Nem sempre,é provável que na maior parte das ocasiões, quando falamos ou quando escutamos alguém nos dizer algo,o núcleo,o conteúdo central está embutido em meias frases,em palavras subentendidas.Trata-se do clássico ler nas entrelinhas,buscar e achar em palavras ocultas o significado daquilo que foi dito de outra forma,com sentido específico e endereço determinado. Na maioria das ocasiões não nos damos ao trabalho de rever e repensar essas conversações,ou por falta de tempo ou até por ausência de interesse,mas de forma geral acharíamos no mínimo outro significado,muitas vezes bem diverso daquele entendido num primeiro momento.É quase a mesma situação que comer algo engolindo as pressas ,ou como fazem os franceses,mastigando calma e lentamente e tirando do alimento todo seu sabor,o gosto é bem diferente,até ocasionalmente diverso e desconhecido.Cada um tem sua forma própria de expor ou entender quando debate um assunto qualquer,e é nesses momentos de indagação,que quando a conversa interessa e é importante ser revista,que aparecem as palavras e frases sub entendidas,de significado variável dependendo de como se recebe,mas de intenção direta e específica.Pessoas que sabem colocar as frases e palavras nos lugares corretos podem nos dizer isso com muita delicadeza,pois só alguém que sabe de ternura e a usa pode se dar ao luxo dessa delicadeza.Isso ocorre muito quando a atitude que tomamos ou que somos forçados a tomar não condizem com nossa vontade, intrínseca aos desejos implícitos,mas o que tem de permanecer são os devaneios explícitos,para que,aí sim,possam dar uma sobrevida a esperança,a felicidade.

É batata !

Não aprendi a conviver com a dor,talvez por não ter a menor tendência masoquista e também pelo ponto de vista que defendo que exprime ser qualquer sofrimento emocional uma conjugação de coisas mal resolvidas e por solucionar.Vem desses fatos inconclusos aquela espécie de bolha que cresce e espalha seu gosto amargo contaminando toda pessoa envolvida.No meu caso particular,toda a vez que pressinto que posso entrar nesse circulo vicioso,tomo as providências que acho  serem resolutas,ou seja,tomo analgésico, me submeto a cirurgia e até faço benzedura,mas é imperioso eliminá-la.Ela e quem a causa,seja alguma pessoa ou sejam coisas diversas e indecifráveis.É razoável pensar que pode vir desse contexto  a minha verdadeira ojeriza por isso que chamam de saudades,que considero não existir,talvez por isso é que glorifique as lembranças,como aquilo que verdadeiramente marca e estabelece parâmetros de intensidade de sentimentos.É bem provável que seja necessário se cercar de atitudes para minorar o afastamento e ,fazendo a coisa exercer o efeito inverso,tipo ação e reação,tipo aquela máxima recorrente que afirma ser tomando outra cerveja bem gelada a melhor forma de combater a ressaca.Como já possuo algum know out no assunto sugiro que espalhe pela casa ,por todas as peças onde mais frequenta,coisas dela,seja o que for,algo que a lembre.Coloque fotos bem a sua vista,roupas de todo tipo,tudo que fizer lembrá-la,vai acontecer a saturação natural e a conscientização implícita  de sua ausência e por esse caminho a aceitação do fato.É tiro e queda e bem mais rápido que qualquer outro método,inclusive completando por mudar os horários mais frequentes de encontros,quebrando aquela rotina  e ocupando o espaço de outra forma.Como diz o gaúcho da campanha,é batata.Mas,não esqueça nunca de ter em vista um novo rolo,alguém na mira,pois águas passadas não movem moinhos,mas as que poderão vir podem trazer a luz.

A cadeira erótica !

A intenção primeira era escrever algo como quase um " a pedido ",sobre um assunto mais nebuloso,claro que sentimental,e que daria uma espécie de sequência ,mesmo que final,sobre outro post que referia  à ele,até encerrando o assunto.Mas acontecem coisas que trazem à lembrança outras ,assuntos que de qualquer forma se encaixam num fim de semana.Não sei o que foi que aconteceu,ou sei,mas não sei porque ocorreu,mas de repente fiquei quase inválido,sem poder sequer me movimentar para qualquer tipo de atividade.Qualquer movimento ocasiona uma dor desgraçada no espaço que compreende a coluna vertebral e adjacências,adjacências essas que são o entroncamento da bunda com as costas,as conhecidas cadeiras.Qualquer coisa dói demais e os medicamentos por enquanto não funcionaram.E isso me lembrou de uma outra cadeira,de tempos passados,quando um motel fazia sua propaganda em cima de uma hipotética cadeira erótica.Lógico que já existia um clima entre eu e uma colega,faltava apenas a gota d'água que fizesse transbordar .Como sofro de urticária em relação a mulher feia,velha e gorda e chata,é quase desnecessário dizer que a dita cuja era muito apetecível,realmente passável. E a dita cadeira entrou num assunto ocasional e foi a gota que faltava,fazendo que de repente abandonássemos o batente para enfrentar e realizar outras tarefas,mais especificamente usar a tal cadeira erótica e conhecer in loco suas tão decantadas benesses.Pela propaganda que existia seria quase um viagra de hoje,ou até melhor,quem sabe.Bem ,para não entrar em detalhes indevidos ,já que a discrição é algo intrínseco a tais coisas,acabou sendo um dos maiores micos cometidos a dois,pois num determinado momento e numa posição recomendada como altamente excitante a dita cuja deu os doces e ficamos nós,pelados e presos e sem ter como ,num primeiro momento ,sair da daquilo que se transformou em encrenca.Se pedíssemos socorro seria um escândalo e mesmo o motel era relativamente perto do trabalho e frequentado por pessoas dali.Certamente iria vazar e aí a bronca era certa,de todos os lados. É lógico que o clima existente naquele momento já era de quase terror,um desespero crescente,o lado idílico e lúdico da coisa toda andava já a milhares de quilômetros .E nós dois presos e sem ação na agora já maldita cadeira.E sempre vem a cobrança,que tu tinha que inventar essa merda,e agora?Eu não vou chamar alguém para destrancar isso.Bem,felizmente depois de movimentos bruscos e quase desesperados alguma coisa quebrou e ela nos soltou.Aliviados e felizes,veja só, felizes,tratamos de ir embora o mais rápido possível.

Se houve outra vez não interessa,eu queria falar é na cadeira que era mágica e se tornou uma dor,igual a que tenho agora.Ah,outra vez não aconteceria na cadeira,entendido fica.

Perguntas do depois !

De fato era algo esperado,não havia certeza absoluta,pois nada é absoluto,mas não houve surpresas,apenas a afirmação daquilo que poderia ser .E foi.Não é raro uma ausência se fazer mais presente do que a própria presença,apenas devemos saber ler o que nela está embutido.No caso do qual falo sei explicar,ou,acho (?) que sei,e entender.Quando nos acostumamos a levar a vida com medidas quase sempre controladas e a partir daí temos invariavelmente o controle de tudo que nos cerca ou atinge,torna-se um problema de difícil encaminhamento quando surge alguma coisa que ameaça essa espécie de reinado.A ausência é isso,uma tentativa infrutífera de tentar fugir de algo que extrapolou,ultrapassou os limites, se tornou incontornável,sem que tenhamos como enfrentá-la de frente,então a saída ,ou tentativa dela,é atacá-la simbolicamente pelos lados,pelos cantos.Vejamos claramente,a presença seria a confirmação de tudo e a ausência forçada   a tentativa quase desesperada de negá-la.Complicado ,mas perfeitamente razoável e viável.Por isso eu sei,que o sentimento que te encanta também te inferniza,o amor que te move o faz para todos os lados,sem que tenhas ainda encontrado a forma melhor de vivê-lo.Esquecê-lo?Esquece isso,não saberás como,tampouco queres assim.Pelo lado de dentro é isso,pelo lado de fora fica a dúvida gostosa de que qual o melhor ,se a ausência confirmadora ou a presença que conforta e emociona?As duas será que é possível ?

Reflexos !

Acredito que foi aqui em Porto Alegre,lá pelo já distante,muito mais pelos efeitos que pelo tempo,ano de 1996/97,teve um momento exíguo e determinante,em que coisas que estavam escritas e destinadas foram alteradas e isso mudou todo caminho traçado,o bifurcou.Algum de nós se atrasou  e não tomou o ônibus da vida, em que nos encontraríamos e ali seria iniciado algo definitivo .Essa ruptura na linha da vida,de nossa vida futura,estabeleceu todos as dicotomias que adviriam daí. Mesmo bifurcado os caminhos seguiram quase paralelos e fez as andanças,os acertos e os erros de cada um ,que ocorresse aquele encontro,agora tardio e incontornável. Hoje,não há mais como refazer essa ponte para unir os dois caminhos e o que de fato resta são lembranças psicomáticas do imaginário,que talvez seja uma visão tardia até dos sonetos petrarquianos.E olha que a musa dele chamava-se Laura e que a situação por eles vivida era extremamente semelhante a atual.Talvez esteja ocorrendo agora a versão amplificada e reversa daqueles  fatos,tão cheios de promessas como os de hoje,que ficaram apenas em si mesmas.Mas ,em todo esse emaranhado de emoções e de fogaréus ora fátuos, ora queimantes,permanece indelével aquela mancha de um abandono mútuo e involuntário,que é ocultada e suplantada pela sentimento maior,o amor, que ainda sobrevive e nos motiva,mesmo que não tenha horizontes.

Receita caseira !

Não é muito simples e nem tão fácil de perceber,mas muitos conseguem,tem essa clarividência perceptiva que acaba por facilitar tudo,se  for entendido como o ponto de partida para novos tempos.Há um exato momento que um amor deixa de o ser,aquele ponto em que a partir dele tudo o que vier a acontecer será caracterizado como negativo e contabilizado no rol da desistência ou do desinteresse.Se você foi premiado por essa premonição,que não é nada de paranormalidade,é apenas a percepção de que o conjunto de acontecimentos chegou ao auge,ao limite,não há mais nada a dar e receber,tudo é repetição e como tal cansa,caia fora o mais rápido possível. Fazendo assim irá evitar dissabores,aborrecimentos e tristezas que não levam a nada além do significado delas mesmas.Ao mesmo tempo estará preservando e salvando muitas lembranças futuras,coisas que não foram mas que poderiam ter sido e quer queiramos ou não,todo a paixão que acaba tem motivos que a levam a isso e toda ela,ou elas,deixam um rastro de lembranças,que alguns chamam saudades,outros," recuerdos ".Talvez o que mais irá causar dores ou até uma tristeza fininha e persistente sejam as referidas lembranças do que não houve e daquilo que foi deixado de lado e portanto poderia ter havido.Ou seja,coisas da imaginação,coisas sonhadas e que com o passar do tempo foram sendo deixadas de lado e agora que não são nem mesmo nada,retornam como se tivessem sido e causam aquela velha mágoa que não se teve, mas  que sentimos como vivida,marcante e deixadora de cicatrizes.Isso ,esse conjunto atos e fatos e até de ex desejos que retornam com força é que fazem a graça e a alegria ,estas que quando vencidas conduzem a tristeza,  a decepção e ao descrédito, muitas, na maioria das vezes passageiro,mas necessário,para que tenhamos tempo,de,a partir dele e daí ,construir outros casos,certamente mais saborosos ,pois o último,o do momento sempre tem de ser ,por necessidade até,o melhor.

Uma dor que machuca !

Não sei se há alguma coisa mais dolorida que deixar de viver um amor insuspeito.Cada lembrança,e são tantas,cada detalhe, escancara um universo de situações que não aconteceram ,talvez,porque não fossem realmente para acontecerem,por não poder avaliar as consequências ou por temê-las como algo que não fosse possível determinar limites,sem controle.E não há nenhuma coisa específica que determine esse amargor na boca e no coração,é o conjunto como um todo,são a soma de todos os momentos que aconteceram e que não proliferaram que trás de volta essa tristeza quase infinita  agora,mas que andava felizmente esquecida ou guardada em cantos remotos.E não há outra forma de enfrentar a não ser tocar a vida ou o que sobrou dela.Nos acostumamos a dizer que,quando acontece alguma coisa que não é de nosso agrado,são coisas da vida,a vida é assim mesmo e por aí a fora.Meras palavras consoladoras,pois a vida somos nós mesmo que fazemos e suas consequências são apenas resultados de nossos atos e atitudes,por si só a vida é apenas estar vivo,ter consciência disso e agir dentro dela é que leva a qualquer final.Quando algo deixa de acontecer e nos machuca, pode até ser rescaldos de coisas de outras eras,coisas do túnel do tempo,que por algum  motivo não se encaixaram agora,mas que lá adiante,seguindo esse túnel,irão sem dúvida se entrelaçarem e cumprirem seu destino.Enquanto isso,esses espíritos perdidos vagueiam a procura de seus pares,e assim como o nosso podem se roçar ,prenunciando um abraço logo ali.Mas que dá uma dorzinha desgraçada ,isso dá.

Todos os amores !

Quase todo o envolvimento amoroso vem a cabresto de situações meramente ocasionais ou da sazonalidade eventual.Isso dito assim de forma bastante cínica até pode parecer um deboche (quem afirma que não é ? ),mas na verdade é a pura leitura dos fatos da vida de cada um.Temos num primeiro momento o amor de verão,amor da praia,onde as juras são eternas e envolventes,aquecidas que são pelo sol e a  brisa marítima e o ambiente propício a enlaces sentimentais colaboram.De um modo geral dura pouco,a temporada ou nem tanto,pois são tantas e tão fartas as opções que fica difícil  se concentrar numa pretendente só,a oferta é farta e suculenta.Antes já aconteceu o amor de escola e num segundo plano o de faculdade e mais tarde ainda aquele que acontece no trabalho.Todos eles  tem bônus e causam danos,tem seus momentos de extrema alegria e também de tristezas doloridas .É possível que um ou outro permaneça em cartaz por mais tempo e algum deles irá se firmar para todo o sempre,é uma possibilidade real e plenamente factível.O raro é que se perpetuem e durem uma vida toda,pois estão quase sempre escorados numa avaliação superficial e onde o fator mais determinante é o aspecto físico,onde o psicológico fica meio ocultado pela exuberância carnal,pela pele dourada ou o olhar de mormaço.Pena que quando terminam deixem tão pouco,mais lembranças físicas,logo substituídas por outros corpos tão ou mais voluptuosos,normalmente mais ardentes,pois sempre o do momento é o melhor.O menos comum,portanto pouco encontrado, é aquele amor onde a mente se fundiu ao corpo e essa fusão vai fazê-lo perdurar por todo o sempre,pois aquele aspecto que foi registrado irá permanecer sempre,ele não é finito ,é realmente eterno pois resistiu a todas os temporais e saiu deles mais forte e mais ardente.Isso,não tem época nem hora para encontrar,sorte de quem encontrou,mesmo que seja fora da realidade.

Geometria !

Acho (tem uma pessoa que diz que eu acho demais) que já referi aqui qualquer coisa sobre o olhar oblíquo,aquele que ,como um atacante inveterado desmonta qualquer defesa,desequilibra e põem em dúvida coisas estabelecidas como pouco afeitas a mudanças.Talvez poucos tenham reconhecido ao receberem um olhar desse quilate,é preciso que se tenha também a disposição de recebê-lo,estar propensa a sofrer uma avaliação mais penetrante que raio x,mesmo que não pareça.Não se questiona a aprovação ou não de quem é analisada,isso já está implícito no ato de receber o olhar,mas se ele vier acompanhado de promessas retilíneas é porque ,de verdade,a coisa pode pegar fogo.Isso significa que a uma necessidade imperiosa que os fatos  se transformem em atos e que estabeleçam um outro patamar de relacionamento .Se houver andanças paralelas,assuntos ,gostos e perspectivas que se entrelacem,é porque há um interesse real em acatar e devolver esse olhar da mesma forma.Falo nisso porque me surpreendeu ter ,dia desses ou noite dessas,ter sido brindado com um olhar de tantas nuances que se não deixa dúvidas deixa a certeza de que tem que se ir devagar com o andor porque o santo é de barro,de que um abraço só é abraço mesmo se é bem apertado.Logo eu ,um sujeito de bem com a vida,graças a Deus solteiro e na ponta dos cascos,que tem uma paixão definida , infinita e irresoluta por alguém e que por isso mesmo está imune a compromissos,não a ataques ,que tem de ser transformados em tico tico no fubá.

Cada copo uma história !

Algum tempo atrás causava algum espanto,uma certa surpresa,mas hoje em dia é corriqueira a presença de mulheres em duplas,em grupos ou sós ,em qualquer bar ou estabelecimento noturno que se chegue.E não estão caçando não (há excessões ,claro),estão ou espairecendo ou batendo papo,ou simplesmente fazendo nada.Tal qual sempre ocorreu com o sexo masculino,só que agora não existe mais aquele quase privilégio específico,agora está liberado para todos sem problema algum e sem olhares suspeitos. Uma figura clássica do imaginário popular era um sujeito deprimido e perdido em pensamentos ,sentado num banco tendo como miragem um copo com algum tipo de bebida alcoólica que servia como ponto de fixação,dando a impressão que ali estava  impressa e viva a imagem humana  que causava aquele estado de tristeza infinita.Essa foi outra atitude que as mulheres incorporaram e esse tipo de postura significava que a pessoa estava " descornada",com problemas geralmente de rejeição,de amores não correspondidos.Pois ,se o mulherio  que sempre sofreu  historicamente desses maus momentos duma  maneira que não demonstrava,quieta e até envergonhada,hoje demonstra claramente suas inquietudes e seus fracassos,agindo de uma forma que as coloca em igualdade também no aspecto desamores,já que enfrenta e demonstra que também perde mas que pode partir para outra a qualquer momento.Em qualquer bom ambiente pode-se ver mulheres apreciáveis,passáveis e até algumas mais bem apuradas curtindo um descaso,um abandono,e colocando essas mágoas claramente em cima de um balcão ou de uma mesa e sempre atrás de um copo.Se chegar perto e der uma chance fica sabendo de toda a história,de todo o enredo e qual o rolo que a deixou assim.Esteja muito atento,você pode ,de repente ser um macaco gordo,um quebra galho,pode se incomodar ao até se apaixonar,pode encontrar suas soluções ou arrumar um baita problema,pois mulher com dor de corno é um tiro no escuro.E nessa arma não tem como ajustar a mira.

Auto segredos!

Não se trata de segredos,sequer de algo que por seu conteúdo não possa vir a ser conversado, ou discutido, ou até mesmo que sirva como ilustração de um fato qualquer,mas acontecem na vida de qualquer um ,na minha ,na de quem lê os posts do blog,assuntos que são fatos,mas que não podem ser trazidos à tona.São tão intensamente irreais  se vistos de uma ótica diversa, que soam como mentira,ou ilusão ou até como desvario próprio de desequilibrados. É o típico caso de individualidades nossas que dependem apenas da nossa confiabilidade em nós mesmos,em saber que temos a condição necessária para conviver com isso e fazer ,a partir daí,com um outro enfoque, coisas mais amenas,mais saborosas  e  que são de uma assimilação intrínseca a esse tipo de auto revelação.Sim,porque o ponto de partida é o reconhecimento e  a aceitação de que esse é o real estado de tudo,de que aprendendo a mastigar o chocolate se tira dele o melhor gosto.É próprio do ser humano contar derrotas e chorar por elas ,assim como também é contar as alegrias ,das mais esfuziantes as de menor impacto,de se auto proclamar um vencedor ou um derrotado,depende basicamente do momento,mas essas coisas guardadas que só serão contadas quando se acha a pessoa que pode ouvi-las,essas coisas ,repito,tem um valor que não é possível dimensionar,pois são elas que formam a tênue linha que demarca teu caminho do sim ou do não,do rir ou do nem tanto.Se você encontrou esse alguém,conte para ela,no momento certo,na hora que requer mais que troca,na hora que pede  intimidade total,quando os dois são um só e vice versa.

Principio do fim !

A hora da saída avisa bem antes que está para chegar,que o projeto de sonho acabou,que algumas coisas sublimes da vida tem de ser repensadas,retardadas ou canceladas.É apenas a comprovação de que as coisas são como são,mesmo que nos perguntemos se elas são como deveriam ter sido.Isso acontece porque alguns fatores vão se acumulando e formam com sua sequência crescente uma situação insustentável,exatamente  no momento que começa a causar dores,ao fazer o mero pensar uma necessidade de não o fazer,porque até pensar começa a causar  desconforto,o desconforto da ausência,da perda. A gente sabe muito bem ,até mesmo pela própria vivência, que passado é de fato aquilo que restou, o que ficou do que passou,então não podemos nos agarrar em coisas que não chegaram a passar,que ficaram pelo caminho ou foram interrompidas pelas turbulências naturais de qualquer e toda troca de amores.Na verdade não houve desamor,não aconteceu de um ou outro ir embora,houve apenas o ato final de um amor interrompido,suspenso,abafado e que mais cedo ou mais tarde fará cobranças,mesmo porque suas lembranças perdurarão para sempre.São coisas de seres humanos,nós,e como tal coisas da vida.Como diria ,ou disse,um desafeto de Montesquieu ao ser contrariado em suas pretensões,c"est la vie,c"est la nature.

Coisas afins !

Afinidade não é algo que se encontre com a quase totalidade das pessoas com as quais convivemos.Não importa se são familiares,amigos ou até conhecidos ocasionais ,mas é tão rara que quando acontece envereda por outro caminho ,quase um atalho  que antecipa a chegada do encontro maior.Não há na verdade um tempo certo,se é cedo,se é tarde,pode até não acontecer.mas quando aparece aquele é a hora,o momento certo.Não é preciso ser gênio e nem estar permanentemente de tocaia a esperando,ela surge e imediatamente a identificamos,cabe só não deixá-la ir embora,perdê-la por omissão ou por não dar a atenção que merece.É raro surgir duas ou mais vezes,pois as almas que se entrelaçam tem uma certa ojeriza por outras que lhe são diversas e se não são acasaladas com aquela que se propunha ficam vagando perdidas e tristes e decepcionadas com o desencontro.Por isso,entendo que quando sentimos aquela necessidade de estar juntos,de trocar idéias,palpites, e de contar  aquilo que não se conta,nem é necessário parar para pensar,embarque nessa de qualquer jeito e deixe que com o andar da carroça,se tiver alguma alguma coisa pendente,ela por si só se acomoda,a afinidade e o entendimento e a vontade e o prazer do agrado mútuo coloca tudo nos seus devidos lugares.O melhor de tudo isso é que depende só de nós,não é necessário ter curso específico nem buscar apoio preciso ou  indevido,é coisa intima,pessoal e ,felizmente,intransferível. Afinidade dispensa ouvir de alguém ou dizer para outra pessoa,se percebe,se sente,salta pelos olhos.

Visual eterno !

Estava lendo agora em um jornal que Oscar Niemeyer está em franca recuperação,ele que está internado em um hospital e tem 104 anos.Comemora 105 em 15 de dezembro,pouco mais de 30 dias portanto.E,sempre que me deparo com casos semelhantes ,acabo por me emocionar um pouco,pois lembro automaticamente,eu  que curto numerologia e me interesso em saber coisas relacionadas.Acontece que pelo meus cálculos,e já falei anteriormente aqui,deveria atingir entre 83/85 anos de vida,quando então apitaria o final do jogo.Mas no meio desse entrevero surgiram coisas importantes,fatos e atos,inclusive novos métodos de cálculos,que me levaram a refazer meus artifícios.E não é que me surpreendi ao acabar e ver incrédulo que está previsto eu atingir os 110 anos,lépido e faceiro.Entretanto,isso também apresenta aspectos negativos,pois agora que te encontrei e que descobri que me amas tanto quanto te amo,estarás nessa época com cerca de 85 anos.Quanto ao aspecto atrativo sexual acredito que não haverá entraves,pois sentimento que se forma através da mente registra o aspecto físico da época em que ocorreu,portanto estarás com o corpo e as feições que tens agora,o que fará que continue te levando para a cama como agora.Não sei se terás os seios caídos e sem bunda e pernas murchas,mas para mim serás aquela que conheci algum tempo atrás,e se dará o embate sem maiores problemas.Só não garanto que consigas engravidar,mas quanto a isso a gente vê na época específica.

A artéria mágica !

Não sei qual razão ou motivo,ou até mesmo se é alguma coisa relacionada a aspectos naturais ou pessoais ou um conjunto de coisas que traga em seu bojo elementos determinantes e intrínsecos a convivência humana.No caso específico ao relacionamento que mantive ou mantenho com algumas mulheres,as quais algumas,quase todas,já passaram e deixaram ou não lembranças.Até a do momento,aquela que hoje é titular absoluta do meu meio campo,adquirem com essa troca de diversas nuances comigo,aquilo que eu chamo de síndrome da beleza.Mas é fato,conforme vai se desenrolando todo o processo de conhecimento,trocas,juras,verdades (jamais minto para uma mulher),elas vão adquirindo uma beleza maior,formas mais determinadas e determinantes e logicamente mais estonteantes.É como se eu tivesse a varinha mágica das fadas ou aquele treco dos gênios que esfrega e atende os pedidos depois de libertá-los.Mas a verdade é que elas ficam mais interessantes,mais gostosas com mais coisas no conjunto para serem melhor amadas,com mais volúpia,mais enfase.Parece que meus toques,minhas palavras ou promessas possuem o poder de diminuir barrigas,alisar estrias,fazer desaparecer culotes e celulite.Os seios incham,o rosto rejuvenesce e ,como consequência,ficam mais bonitas,muito mais gostosas,bem mais motivadoras.Quando fiz um chekup com meu cardiologista ele me disse que havia uma pequena artéria que parecia não ter um destino ,pois a mesma saía de um ventrículo e retornava para um auriculo,que isso era uma anomalia.Acabei chegando a conclusão que essa benesse toda que proporciono à elas vem dessa dicotomia coronária,pois aquilo que é do coração e que só por ele circula e a ele retorna após percorrer muitos caminhos do corpo,tinha algo a ver com esse "status quo",essa espécie de alforria corporal para as privilegiadas.Também é lícito afirmar que todas as que vi algum tempo depois de elas terem passado,ou eu ter sido afastado,é que de fato enfeiaram,perderam um pouco bastante daquela atração que tinham.Paciência,coisas da vida.

Feed back !

Mais cedo ou mais tarde,numa manhã luminosa ou nas sombras de uma noite insone, todos fazem a  pergunta cuja resposta nem sempre é aquela que gostaríamos de ter.Quem responde é aquele mesmo que se questiona e procura saber exatamente e entender o que fez de seus sonhos,seus encantos e até de seus dissabores.Quer respostas,quer fazer do seu tempo vivido até ali a avaliação que irá determinar e pautear o que resta,se é que ainda resta algo,se é que já não jogou pela janela as oportunidades que teve.As oportunidades que passaram ao largo e não foram nem consideradas,os amores diferenciados,e ,diga-se a bem da verdade,que diferenciado é apenas um,os demais são corriqueiros,coisas das andanças,que por medo ou acomodação ou falta de coragem não foram vividos.Não vamos considerar amores impossíveis,pois amor impossível não existe,não viceja,todo ele é possível e bem vindo,principalmente se é aquele dito diferenciado.E ,olhe,preste atenção,diferenciado ,repito,é apenas um e surge apenas uma vez.Se fraquejar fique certo que a frustração um dia cobra a conta, e o gosto amargo que vier à boca terá o seu próprio sabor,sua seiva  daquilo que você mesmo plantou.Se deixar passar a hora ,e isso não tem hora determinada,não adiantará se virar e olhar para trás e voltar no tempo tentando minorar o estrago que já foi feito.E essa mágoa,essa frustração irá durar para sempre,assombrando a vida e trazendo à tona fantasmas que poderiam ter sido evitados como algo que assuste, e sim como bons fantasmas, que contariam belas histórias reais e que embalariam para sempre o que tivesse de vir.Portanto,não vacile,enfrente o que for preciso e não deixe o cavalo passar encilhado,se passar a perda é só sua.

A foto !

 A foto está uma beleza,deveras maravilhosa.Transmite uma sensualidade que combina um conjunto de fatores que faz quem a vê,da forma e maneira que eu vi, imaginar coisas reais e fictícias,misturando tudo e formatando um quadro de sabores e prazeres indescritíveis.Resta apenas transformar tudo isso numa realidade mais amiúde,permanente até,já que a reciprocidade existe e é desejada.Naquele quadro que a foto mostra e retrata exatamente como a vejo,a primeira ideia que a imaginação construiu diz respeito ao ato supremo de que dá inicio à todo processo de troca consentida e desejada,de prazeres escondidos que se revelam encantadores quando reais.De fato,deu vontade de levantar a blusa e tirá-la do corpo dela e depois desvencilhar-se do exíguo soutien e admirá-la parcialmente nua,com os seios perfeitos e bonitos ansiando por caricias sem fim.A expressão que aparenta mostrar parece dizer que espera e deseja exatamente isso e a continuidade de atos subsequentes ficam implícitos em sua própria consumação.Ao vivo eu sei que é melhor que a foto,mas a relação empírica que existe entre o real e o imaginário faz com que cada vez mais sua presença se torne mais importante,fundamental e razão de todo o equilíbrio que me mantém firme e em forma adequada.A foto transborda apenas aquilo que  a dona é,uma eterna e saborosa sobremesa de atitudes  e prazeres,um conjunto equilibrado de corpo e mente, para serem vividos infinitamente,enquanto dure e até um pouco além do depois.

Pequenos grandes encontros !

Uma reunião dominical entre amigos e amigas de idade que varia dos 25 aos 150 anos se torna,a principio lentamente,como formando o embrião do resultado a posteriori ,e depois num atropelo de assuntos que surgem,e como surgem,onde quase todos tem algo a dizer,alguma coisa a contar,um engasgo qualquer e querem botar para fora.Mesmo que aquilo que chamo de acompanhamento desses entreveros emocionais,seja consumido acima do normal,que são  a carne e a bebida ,todas elas de diversos quilates,o que acaba predominando de fato e,se percebe com clareza,é que cada um e todos sempre possuem uma angústia,uma alegria pouco explorada mas por demais sentida,para contar,para até debater,talvez nem procurando e esperando soluções ou auxílios,mas ,de fato o mais provável,uma justificativa e um apoio para a atitude que tomou,ou,deixou de tomar.É  bom deixar bem claro,que o prato principal,digamos que também a própria sobremesa,seja esse papo,essa conversa franca e clara que aqueles que contam algo sabem que terão.Por mais que se tenha experiência,que ache que se conheça vida e suas nuances,sempre é surpreendente como as pessoas,todas,para não generalizar,quase todas,se apegam muitas vezes a pequenos detalhes (durante muito tempo em sua vida...) e fazem deles problemas quase insolúveis,bem que pequenos para outros,para quem os vive um dilema.Coisas pessoais ,entendimentos particulares e soluções em muitas ocasiões problemáticas ou angustiantes.Pessoas que se imagina sem grandes galhos de repente espalham pela mesa soluços incontidos,dramas que se ali não encontram solução,certamente acham um apoio,o que muitas vezes é o começo do encaminhamento do caso.Eram dez pessoas,irmãmente divididas por sexo e se todas fossem incentivadas a falar e se buscasse os detalhes de cada um,no mínimo estaríamos lá até agora,mesmo  sabendo que sólidos e líquidos não faltariam.

L'amore se ne va !

Eu sei muito bem que em algumas vezes na vida,na verdade poucas ou até raras,a alma troca de lugar,ocupa outro espaço,é quando a dela está comigo e a minha está nela.E nesses momentos sublimes,que por mais tempo que durem sempre são efêmeros e passam rápido demais,nos levam em não poucas ocasiões a concluir  com equívocos justificáveis coisas que ,não são desilusões e nem sequer decepções,mas apenas são na fria realidade como deveriam ser e como tal acontecem.É preciso que tenhamos  a sagacidade necessária para discernir que em muitas ocasiões, o outro lado,ela  no caso,não tem outra forma de agir que não seja aquela,até mesmo para manter o "status quo" desejado e conseguir levar adiante uma situação que por si só é deveras periclitante.E é justamente por esse canal que se esvai em fugas,gota a gota,lenta e ininterrupta toda a desmontagem de um processo sentimental que se acumulou com o tempo e se aventurou por excesso e é também por excesso que ele irá se extinguir.Não acreditem em frases que definem relações,acasos ou desvendam mistérios,porque a vida não conta histórias,a vida faz a história,a de cada um de nós, e a contamos ,muitas vezes,tendo uma visão unilateral e simplista,sem considerar que tudo aquilo que faz rir  alguém,certamente a outro irá fazer chorar.Tanto os amores quanto os desamores vem e vão com a mesma intensidade e constância,uns duram mais, outros nem duram,mas se sempre tem um que permanece,invista nesse,pode ser o" l'amore que se ne va".

Sem demora !

Num dia qualquer e em hora aleatória você está deitado  ou sentado e não levanta mais,estava caminhando calmamente e cai morto,pronto ,acabou ,escafedeu-se.Tudo aquilo que queria ,pensava ou entendia deixou de existir,deixou de existir para você,pois tudo continua do mesmo jeito,apenas você se foi,desapareceu.Todo aquele conjunto de atos ,fatos e perspectivas que compunham sua existência evaporaram-se no ar da mesma forma que o éter se volatiliza.Só o que lhe resta e você nem sabe disso é o pesar e as lágrimas daqueles que lhe queriam vivo,pois morto,não se iluda,ninguém suporta.Por isso,viva sua vida da forma mais intensa que conseguir,do modo mais prazeroso que entender.O que irá levar para onde for,e entendo que mais cedo ou mais tarde para outros corpos,onde de alguma forma irá influir em decisões e formato de concepções idearias ,e tudo aquilo que tinha ou queria ficou suspenso de suas influências,agora serão conduzidas por outros pensamentos e idéias.Você irá levar daqui coisas que talvez nem tenha entendido direito,tais como a mulher amada dizer que lhe ama mas não lhe pode amar,que lhe quer mas precisa ficar longe,que um dia quando tudo se encaminhar para ficar resolvido aí não haverá mais tempo,o que tinha de ser já passou,não há mais razão de ser.Se empenhe com toda a força que tiver e que puder reunir e busque e se aproxime de quem ama,diga isso,não importa se não for compreendido ou aceito.Chegue para quem for seu afeto,de qualquer espécie e fale que quer sentar ao lado ,conversar,rir  e brincar e dar um abraço e um beijo de até logo.Em suma,se atire de ponta cabeça,se quebre,se foda,se rebente mas se doe e ,pode acreditar,aquilo que irá receber de volta,mesmo que você nem pense nisso, é mais bonito e gostoso do que aquilo ofereceu,mesmo que  o que tenha ofertado seja o melhor de você.E,da forma que entender,faça agora,o mais rápido que puder,não deixe passar e nem fique esperando a hora certa,qualquer uma é certa,desde que o faça .

Diferenças abissais !

Que 99,99 % das mulheres adoram uma fofoca,um fuxico,segredinhos ou qualquer lambança nesse sentido é havido e sabido  por todo o mundo. É correto afirmar também que a imensa maioria pouco depois já nem lembra mais da maledicência,pois isso é uma coisa intrínseca a sua própria natureza. Faz parte do conteúdo psíquico e emocional delas fomentar esse tipo de querela,que não é nada mais que uma resposta para si mesma, criticando o que acha bonito em outra,para poder aquilatar sua própria performance.Como diria Sherlock,elementar meu caro Watson.Mas,para que tudo isso proceda é preciso,no mínimo ,uma certa intimidade com quem a ouve e de quem espera que retransmita aquilo que ouviu,lógico que acrescentando algo a mais,já agora  dessa nova fonte.A única mulher que sei que segura um segredo e não conta e espalha aos ventos de vendavais eu não  conheço,e talvez até esteja equivocado,mas acredito piamente que não.É bom saber que temos alguém,eventualmente ao lado, que só fala coisas mais intimas e de cunho sentimental a quem deve e para quem sabe que irá receber em troca a mesma consideração e respeito.E mesmo aquelas palavras,as promessas e as juras balbuciadas boca a boca,quando um está mordendo as palavras do outro,ficam só e unicamente na intimidade conquistada pela admiração,pelo carinho e pelo amor que não conhece fronteiras.Essa ansiedade que acontece sempre que um diz aquilo que queria ouvir, se reflete nas atitudes que repercutem como consequência paralela.É ,de fato,o verdadeiro universo paralelo,sem degraus,sem portas,e infinito,que foi conquistado pela cumplicidade de quem se encontrou e se assumiu.

Eterno desafeto!

Como se fosse fácil pular o muro e vencer todos os obstáculos que impedem chegar até ela,afastar de si todo e qualquer agouro decadente e trazê-la para o lugar onde sempre deveria ter estado.Hoje o mais provável,e talvez seja a única probabilidade ,é que existe tanta coisa intransponível,inacessível e sem chances de solução,que o mais sensato seria desistir e ficar apenas com as lembranças, que possuem a própria essência desse viver. O resto seria chover no molhado,coisas solucionadas por não terem solução,então, sem perspectiva.O tempo,esse permanente contingenciador, que se posiciona de acordo como a situação se apresenta e jamais toma posição que não esteja afinada consigo mesmo.Se tivéssemos a capacidade de fazer o tempo ser nosso permanente aliado,o faríamos trabalhar a nosso favor e a primeira coisa que certamente iriamos querer é que o próprio tempo não passasse,para que se estendesse infinitamente os momentos juntos de quem está atrás daquele muro que não se pula,que se não  houvesse o tempo seria perfeitamente atingido o outro lado e ficado perto de quem hoje sobrevive lá.Na verdade não há alguém que seja de hoje ou de ontem,todos são do período de vida que viveram e vivem e que fizeram dela,bem ou mal,a razão maior de atingir objetivos e conquistar aquilo que faz chegar o mais próximo da felicidade latente,como bem dizia Petrarca em seus versos,aquela que lateja permanentemente com a circulação sanguínea.Ah,o tempo e o "se",esses dois me sufocam e me dizem que seria melhor sem eles ,desde que não estejam do lado que defendo. Philip Roth,o maior escritor do momento,afirma peremptoriamente ser o tempo a maior desgraça que alguém pode imaginar e eu acrescento,que sendo assim,quando quiséssemos rogar uma praga para um desafeto seria só dizer à ele,espera o tempo te pega.

Olhos arregalados!

Há um momento exato,aquele estalo mental que determina as mudanças e interfere para todo o sempre no relacionamento de duas pessoas.A partir dali tudo o que era visto de uma forma sofreu mudanças,foi alterado, e sua sequência de uma forma ou de outra vai interferir e determinar no que virá então.Não esqueçamos que aquilo que vier será resultado do que foi feito agora,nada cai do céu,só chuva e de vez em quando um ou outro avião.É nesse instante, tão pequeno em seu tempo de atuação e tão vasto e determinante em suas consequências,que ocorre a passagem que envolve mais que a relação social e humana ,onde o entrelaçamento de emoções acontece e se fundem e vem à tona.As trocas,as confidências,as revelações e as angústias e devaneios se tornam comuns e causa e efeito dos dois.Aí,nesse momento solene,quando a amizade pegou fogo e fez aprofundar aquela vontade de estar juntos,de se ver mais e ,causa final e determinante,deitar e dormir juntos e nos intervalos usufruírem da delicia e dos sabores do sexo,é que se dá esse enlace.É interessante observar que de um modo geral essa passagem,esse pulo do gato,causa sempre surpresa,ninguém pensava que pudesse acontecer e todo o palavreado de lero lero que precede,mas se aconteceu é que por outros atalhos  os deuses do amor e da paixão aplainavam o caminho que já estava estabelecido.Essa descoberta não tem hora nem lugar e tampouco certeza de que acontecerá,mas em todo o caso,esteja atento para não deixar o cavalo passar encilhado, mesmo que já tenha compromisso,se você não montar,algum outro ou outra pega a sobra e,bem ,azar, não terá outra chance igual e se vier outro será um pangaré meio manco.

Tatuagens !

É claro que tem alguém que é minha paixão,uma pessoa que chamo de mulher cicatriz,pois suas marcas,suas coisas e seus arranho estão a mostrar que ela chegou,na verdade já estava por aí há bastante tempo,para ficar.Não são aquelas cicatrizes que se faz nas vacas quando as marcamos,dizendo que são nossas,e nem quero que ela pense, equivocadamente,que a estou chamando de vaca e se fosse o caso eu seria a India onde a vaca é sagrada,mas são marcas profundas que penetraram na alma e por ali ficarão,num terreno amplo e de propriedade de ambos. Mas ,eu já derivei e fugi do assunto que queria falar,e o que pretendo dizer é que ela se define como uma pessoa da geração Y,multi tarefas,multi atividades,tudo ao mesmo tempo e bem feitas.Só o que ela não é é multifacetada,seus conceitos e suas posições são coerentes e bem postas e,quase,imutáveis.Em todas as "atividades" caseiras ela também é multi,mesmo que em algumas  não apresente aquele desempenho de alto  teor que tanto apregoa,sendo que ultimamente aventou a hipótese de usar cinto de castidade,daqueles com chave,pois nos seus múltiplos não tem cacife para  acompanhar o parceiro.Convém explicar que grande parte da culpa é dela própria ,pois dormindo da forma que o faz,fica quase impossível a não reação igual e contrária,bem como diz a terceira lei da Física.Apenas para me posicionar e estabelecer um paralelo com suas auto avaliações,que de fato faço minhas,eu diria,ou melhor,digo,que entendo que a minha geração(pessoal) seja do tipo,geração "se".Se tivesse te "achado" antes,se houvesse a possibilidade de volta no tempo,se tua presença fosse mais constante...é tanto se que é melhor ficar sem ele e sim com o que temos, com o agora ,e aproveitá-lo. 

Incerto e não sabido !

Não há um momento definido e nem é possível qualquer tipo de programação para que se torne verdadeiro.Tampouco é palpável e sequer tem cheiro ,mas saboroso é ao extremo,creio que não exista nada com melhor gosto,nem chocolate quente e cremoso é tanto.Amar alguém além de nossos próprios entendimentos,ultrapassando todas as barreiras que naturalmente vamos criando como auto defesa e sequer tomando conhecimento daquelas que nos são interpostas,é ,de fato,algo não só de uma beleza indescritível mas também um ato maiúsculo de generosidade e sabedoria.Porque gostar de verdade de alguém,aparando todas as arestas que naturalmente todo o ser humano tem em relação à outro,contornando situações com arte e bom gosto e fazendo com que tudo se encaixe e proporcione momentos de  satisfação e ,talvez o principal,a imensa paz interior que advém do fato de amar e por consequência ser amado.Quando nos aproximamos de alguém e temos o entendimento de que não só estamos ao lado de alguém,mas estamos dentro de alguém que pode ser considerado, e é,nós mesmos.Podemos até fazer uso do comercial que afirma que isso não tem preço,mas na verdade tem sim,mesmo que seja um valor que não pode ser mensurado,mas pode ser sentido e aquilo que se sente vale bem mais que o que pode ser adquirido.Por isso,pelo bem que lhe faz e porque pode ser dessa vez que você esteja entrando na sua verdeira vida,intensa e plena, e pela satisfação de quem ouve,vá até quem lhe motiva e diga,sem medos e sem receios,que gosta,que quer a presença constante,que lhe é importante e que naquele momento chama-se felicidade.Mas,se por uma desventura qualquer,e acontece,o retorno não ocorrer ou não ser o que  desejava,não se preocupe,vai penar um pouco mas passa,fique com a certeza de que tentou,procurou e utilizou os recursos que tinha,fez o que pode.Logo ali adiante terá nova chance,até que uma será a última.

Ato final !

Poucas pessoas tem a epifania do terceiro ato,uma frase que surgiu de conceitos engendrados e definidos nas idas e vindas do dia a dia.De fato ,o que acontece com mais frequência e estabelece os limites e define e separa o certo do errado são na maioria das vezes analisados superficialmente,sem que se aprofunde o caso em questão e ,por isso,acabamos tomando decisões e vivendo dentro de parâmetros que não condizem com o que ansiamos e sequer com o que esperávamos de nós mesmos.Quando então  nos detemos a examinar sem parcimônia os  envolvimentos emocionais, é que se revelam as verdadeiras distorções e  as montagens emocionais que servem apenas para auto enganações por um tempo limitado.De forma geral esse tempo começa a ter seu fim quando também inicia o declínio físico de um ou outro ou ambos os parceiros e que produz as primeiras dúvidas,enseja questionamentos que mostram que ocorreu desgaste nas engrenagens da vida a dois e que isso ocorre só porque foi considerado o aspecto físico,onde a  sensação predominante transmitida era,de parte a parte,a de que a beleza física e o enlevo que ela proporciona duraria para sempre.E esse engano ,essa ficção, só ocorre porque se faz quase tudo escorado em emoções ,esquecendo que o amanhã também considera que se analise  se essas emoções duram mais que amanhã,se mantenham não só como tal mas também como atos e fatos.Lógico que alguns casos superam isso tudo,mas quando  essa união se dá através da conjunção mente/coração,sem ordem de prioridade,mas conjuntamente,aí sim ,de fato,acontece a epifania do terceiro ato,já que é ele que traz a sensação indelével de que aquilo que resultou foi consequência daquilo que foi buscado .Esse equilíbrio que aconteceu entre o que sentimos e podemos tocar e as sensações que a mente estabelece o sabor é que fazem com que pessoas mantenham a mesma paixão ,o mesmo impeto e necessitem vitalmente um do outro dia após dia,ano após ano . Isso nunca terá fim,terceiro ato é ato final. 

Descobertas!

Não era nada esperado,mas também não foi surpresa quando ela afirmou,assim meio que casualmente ,como se fosse um mero tom de conversa e acho que era,que a unica pessoa a quem se uniria de forma legal,de papel passado como diziam os antigos,era eu,foi que percebi então,com clareza e já com um determinado grau de gratificação,que havia atingido e consumado o primeiro dos três objetivos que me havia proposto.Ela,Thalie,havia se conscientizado de seu valor,finalmente se reconhecia como alguém com capacidade de dar e receber ,divergir e apoiar,enfim um ser humano imbuído de todas as capacidades e ciente de suas aptidões.Um passo importante atingido,dentro de de um planejamento brilhante e bem direcionado,mas do qual ela não tinha conhecimento.O problema maior é que ela havia sido ,através dos tempos, massacrada e convencida por atitudes de outros de que era alguém agressiva e problemática,irritante e irritada.´que transmitia agressividade e buscava confrontos.O segundo ponto era mostrar à ela que era alguém dotada de uma meiguice e de uma ternura tal,que pareciam coisas latentes e incessantemente espalhada para aqueles a seu redor.De fato,sendo alguém com a capacidade de conquistar não só a confiança e o respeito,mas também o carinho  e a atenção de outrem,era fatal que cada vez mais atingisse degraus de envolvimento com todos que convivia.Já era alguém plena de si,confiante e determinada a ser feliz e a fazer outros assim.O terceiro e último ponto seria certamente o mais delicado,mais sensível a qualquer tipo de reação,mais propenso a detalhes determinantes,pois reconhecendo e aceitando que a amava,precisava descobrir a fórmula que fizesse com que  a reciproca fosse verdadeira.Qual a fórmula e se houver onde está?

Viva a vida !

Algumas coisas acontecem simplesmente porque foi determinado,por quem não sei e não me interessa,a que acontecessem e surtissem seus efeitos.Se isso iria atingir  um ou outro pouco importa,elas tem de cumprir seu papel e ponto final.Alguns chamam isso de destino,outros asseguram que são coisas da vida,já eu acho que tudo é consequência dos atos ou atitudes,minhas ou de alguém antes de mim e que veio repercutir agora,mesmo que seja num tempo alentado.De qualquer forma aquilo que não tem  explicação, por si só está explicado,não pense em procurar que não irá achar,melhor aproveitar ,se for possível,ou fazer dessa contrariedade um anteparo para outras coisas que possam ter a mesma origem ou semelhanças.Algumas pessoas ficam perplexas  quando percebem que as engrenagens da vida se encaixaram  e direcionaram ,sem que percebessem,os acontecimentos para um ponto que além de não estar previsto vem a ser uma ebulição constante de atos,fatos e palavras.E ,quando algo está em ebulição emite vapores,respingos,e isso são coisas quentes,de alta temperatura e que acabam queimando quem não possuía o estopo necessário para aguentar isso. Tais coisas explicam,mas não justificam,os amores e desamores que surgem fora de hora ou do nada ou até de onde não poderiam ter surgido,isso explica ,mas não justifica,as viagens longínquas físicas ou sensoriais em busca da alma gêmea ou da outra metade do corpo,isso explica e justifica que temos vida, não por estarmos vivos,mas porque fazemos dela um meio e uma forma de ir em busca de coisas, que, possamos dizer a nós mesmos realmente a nossa vida foi de fato uma vida ,que valeu pela busca incessante de realmente viver.

Recordações de sempre !

Sei lá de quem partiu a ideia,ou quem postou primeiro,mas foi uma avalanche de fotos da infância que inundaram as reses sociais e de repente viraram um dos hit do Dia das Crianças.. Algumas fotos oriundas de câmeras modernas ficaram muito boas e aquelas mais antigas,as que foram tiradas com as antigas Kodak, deixa um gosto duvidoso da qualidade gráfica,não de quem estava retratado.Achei bonito e interessante todos se mostrando,como se orgulhassem  hoje daquele tempo,coisa que na época devida possivelmente não fariam.Tem uma em especial que ,mesmo após muitos e muitos anos é possível ver que é a mesma pessoa de hoje,pelo seu sorriso,sua marca registrada e um dos aspectos mais bonitos que ela tem,e tem vários. Mas o que eu realmente aguardo com curiosidade até,é que sendo algo que não houve antecipação midiática e surgiu de repente,quase do nada,não demora devem ser registradas e publicados nos órgãos de imprensa escrita e falada e televisada,e também nas redes sociais as explicações  pertinentes, e indefectíveis interpretações psicológicas, psicanalíticas e até psiquiátricas dos doutores da mente de plantão,que não raro oferecem jóias perolatizadas para justificar e explicar aquilo que possivelmente não necessite e nem tenha uma definição adequada. Foi postado apenas porque gostaram e seguiram o exemplo de outros,mostrando como eram no passado,já que uma foto estanque não permite determinar se eram felizes,se tinham problemas ,se os pais se amavam e os tratavam bem.Mas que virão as explicações,certamente que sim,logo estarão divulgadas em todos os cantos.

PS: Não postei uma foto minha porque eu excedia os padrões de beleza tanto da época como dos atuais, e achei melhor não melindrar ninguém.

Somos todos crianças ?

Mesmo com todo o apelo comercial que envolva a comemoração do Dia da Criança e com a sua elevação a acontecimento maior que o alusivo a Nossa Senhora Aparecida,padroeira do Brasil,provavelmente porque esta não venda nem perto do que o faz a gurizada,acho que é válido e bonita toda essa demonstração de carinho e amor pela filharada,tenha a idade que tiver,já que filho é sempre criança,mormente para as mães.Entretanto,acho que uma olhada para o interior de cada um possa revelar não só os acertos e erros no encaminhamento dos filhos,mas os caminhos seguidos depois que estes estão graúdos,independentes e com vida própria.Seria muito bom se tivéssemos guardado conosco um pouco,por pequeno que seja,da criancice que eles levaram para longe,que em algum canto qualquer de nós mesmos ainda permanecesse aquela ingenuidade,aquela franqueza e principalmente a pureza de alma que acompanha todos eles.Seria maravilhoso se tivéssemos ainda a coragem e a honestidade de dizer sem medos de qualquer espécie,sem temor de alguma represália,para quem nos é importante que gostamos dela ou dele,que queremos e precisamos de sua presença mais assídua em nossa vida,que ela ou ele faz parte desse contexto muito intimo e quase sempre exclusivo,pois cada um é um universo diverso e apaixonante.Nesse andar de dia a dia que a gente percorre por aí,o que mais se vê,além da tradicional pressa e correria,maioria das vezes para nada,deparamos com um sem número de  ocasiões em que prevalece o desamor, a saudade(?),a falta de sintonia e afinidade ,a raiva e até,ocasionalmente o amor,a paixão,já bastante raros nos dias de hoje,quando se busca mais o imediatismo e ,para colher aquilo que não foi plantado e sequer vicejou,se submete,se deturpa.O lucro maior que teremos de tudo isso é ter a sensação de que conseguimos fazer com que nos seja devolvida a sensibilidade de nos permitir amar e ser amados,amar como sabemos e ser amados como quem nos ama sabe.Cada um é um ser individual e respeitando isso estaremos nos melhorando.Estaremos ,sem dúvida,voltando a ser um pouco crianças,coisa que nunca deveríamos ter deixado de ser.

Fora de época!

Nem tudo funciona na vida de cada um de nós de acordo com a ordenação temporal, e não raro os acontecimentos transcendem a sua própria época .São aquelas coisas atemporais ,as que fogem da ordenação e sequências ordinárias e atropelam até a definição de bom senso, e se de uma certa forma  forem encaradas com uma boa dose de humor,dão um sabor diverso e delicioso ao fato de existir e quebrar aquela rotina  incessante e quase sempre inconsequente.Por isso,não se alarme e sequer se preocupe demasiadamente se algo fora do contexto ocorrer,encare com a sabedoria que o tempo lhe trouxe,anteveja que ali poderá estar a equação que solucionará  coisas consideradas já solucionadas porque não havia forma como enfrentá-las.Talvez seja um outro recomeço,mais um não fará diferença,e a diferença está no fato de que talvez seja este o ultimo,definitivo e finalmente encontrado.Pode até ser o amor total,intenso e rejuvenescedor,que trás consigo o fogo da paixão que se coaduna perfeita e especificamente entre mente e corpo,onde um não deixa a sensibilidade e a atração pelo outro acabar e sequer diminuir,o legítimo amor ,que desconhece o tempo e a própria decadência física,é eterno enquanto vivos e caliente em qualquer época,juntos ou não.É comum a gente comentar algo desse tipo quando acontece com conhecidos e de uma forma geral jamais imaginamos que possa ocorrer conosco,como sempre se tratando de cada um por si mesmo,é imune a tudo e todos,mas é bom estar atento,qualquer um pode ser ,não a próxima vítima,mas o felizardo da vez e da hora.Se jogue de ponta a cabeça,de olhos abertos ou fechados,pouco importa,mergulhe, e diga a quem de direito,faça saber,quem garante que o retorno não virá?

Coisas escondidas !

Fico curioso ao observar como as pessoas são rotuladas e acabam ,pela força da repetição do uso, a aceitar e compactuar com isso. E nesse massacre emocional e psicológico que são submetidas se tornam reféns de conceitos,mas jamais esquecem a sua verdadeira roupagem interior e demonstram,quase sempre pelo modo de olhar ou de tornear a cabeça, aquilo que de fato são e que gostariam de mostrar, mas que não permitem que exteriorize.Conheço alguém assim,coberta por vários epítetos,massacrada por quase definições definitivas,principalmente nos dias de hoje quando se conclui que nada se faz para sempre,tudo pode ser transformado.O que vi nos olhos dela,logico que tem de ser uma mulher, já escrevi algo sobre ela em post passado (Palavras soltas),foi uma ternura e uma meiguice tão intensas que certamente apaixonariam qualquer um que com ela convivesse e valorizasse e incentivasse  mostrar isso.Certamente ela deve ser a pessoa mais doce ,mais que chocolate,que poderá ser alvo de convivência e de troca de experiências.Casualmente vi algumas fotos em que aparece presente e em todas a cabeça inclinada , o modo de olhar e o meio sorriso encabulado, demonstram que tem uma vontade interior de mostrar aquilo que desde cedo foi forçada a guardar nalgum canto sagrado de seu coração e que encabulada e meio que conformada deixa estar.Ah,se ela passasse aqui por perto eu arrumaria alguma forma de fazê-la presente ao meu lado e saberia fazer disso uma razão de vida,pois a resposta que teria embalaria todos e quanto tempo tivesse.Ela pertence aquela classe de pessoas que fazem, não se completar,pois isso eu mesmo faço,mas fazem extravasar, são aquele algo que permite que o lego armado caminhe,ande,se movimente,viva.Te queria por perto,ao meu redor,me dando essa meiguice e essa ternura enjaulada e sei que me fazendo feliz ,também ela seria.

A busca incessante !

O mais saudável seria não misturar as coisas e assim não confundir todo o desenrolar e funcionamento do processo altamente volátil  de aceitação e envolvimento com sentimentos muitas vezes conflitantes.Não existe nada de preocupante ou fator de frustração em não admitir para si mesmo que esse envolvimento,essa vontade de estar quase de forma onipresente ao redor de alguém,seja um demonstrativo explicito de um outro recomeço,na eterna mania humana de sempre recomeçar,mesmo que os outros tenham causado  horas difíceis e doloridas que pareciam intermináveis, mas que ,como tudo,o tempo fez esvanecer e se perder na poeira  do que jã foi,do passado,do tempo ido e que não tem retorno.Nessas horas de duvidas,indecisões e desencantos que machucaram,e falo no passado porque foi ontem,o hoje ,o agora pode estar trazendo aquilo que sempre foi buscado e sempre num passo mais adiante negado,desfeito,perdido como que por encanto.Na verdade mesmo,o amor ideal,aquele sempre sonhado pode ser o primeiro,ou outro qualquer na escala de sequencia de vida,mas sempre e definitivamente sera o ultimo,depois dele não existirão amores,apenas relacionamentos.Fazer com ele seja infinito tem outra conotação,uma forma diversa e diferente de encarar e sobrepujar as barreiras naturais que se interpõem e,ate as que a gente mesmo cria por medo de perda ou por simples psicose.O amor ideal,buscado freneticamente por quase todos,digo quase porque alguns fogem dessa busca,se escondem em seus próprios caramujos com medo de algumas cicatrizes,não admite sobras de outro,quer ser único  e exige e faz disso fator fundamental,entrega e doação total de parte a parte,tudo novo,reluzente,como se nunca nada tivesse sido usado.Ele não tem forma definida,não tem hora nem lugar para aparecer,seu aspecto muitas vezes difuso parece ser propicio para dar aquele toque de mistério que deve ser desvendado a cada hora,a cada dia e isso é uma das coisas que faz o encanto de quem o achou,mesmo que ele esteja com problemas de execução.

Encontros tardios .Ou reencontros?

Não tem como escapar de coisas e fatos que são inesperados e sequer são a consequência de atos de hoje ou de ontem.Uma frase solta,um olhar mais espichado e está feito e criado um clima que pode ter desdobramentos que afetam o resto de seus dias.É muito vulgar dizer que são coisas da vida,não são  apenas isso,pois se transformam em causas que fazem viver,ou reviver.E pouca coisa é mais emocionante quando a gente ,como um fênix,renasce das próprias cinzas e estas cinzas são alimentadas por  brasas tão poderosas que se transformam em chamas que podem,ou não,lhe queimar,mas no mínimo deixam cheiro de pele queimada.E essa pele queimada ou chamuscada dizem que houve vida,aconteceu algo que motivou uma troca, e se houve interlúdio o amor esteve presente.Pode e até é o mais provável que a presença física se faça difícil ou demasiadamente equidistante, mas também isso é um fator intrínseco ao fato em si,ou seja,foi na hora ou momento ou tempo errado e na ânsia de recuperar  e aproveitar e viver plenamente essa hora é que o fênix se manifesta.O ruim disso tudo é que ,por força de fatores alheios e insuperáveis, a chama gerada se vê forçada a tremular sozinha,pois quem a fez ativa e vigorosa está a arder em outras cinzas,que podem não ser as que gostaria,mas que são as que tinham de ser.Tudo isso,o ideal é que tivesse ocorrido noutros tempos,em outras áreas,em época que tantos empecilhos intransponíveis não existissem,mas mesmo com tudo agora sendo o quase inverso,o quase errado,deve-se fazer dele não só uma causa de vida paralela,mas também um motivo de lembranças infinitas.

Uma canção !

Não sei definir exatamente o que aconteceu, nem porque foi assim.O mais provável é que de repente tenha batido uma vontade imensa de te ver,te tocar,conviver com tua imensidão  de mulheres que reúnem numa só  e possuem todos os encantos possíveis de encontrar.Sei que isso não requer interpretações explicativas e nem relatos psicanalíticos, que de tão fantasiosos acabam por transformar água em vinho.Mas aconteceu, e para meu entendimento foi só tua lembrança e,quando possível,tua presença ,causam esse impacto e essa efervescência em mim.Estava,como sempre estou,com vontade de te ver, falar contigo,de te tocar,de sentir tua pele arrepiar e teus olhos se arregalarem de emoção.Só isso.Não é necessário buscar razões que não existem.para explicar o que não necessita de explicação.Foi algo automático,como se tivesse sido programado e exaustivamente ensaiado e quando estacionei o carro e abri a porta estava definido o que seria feito.Passei direto pela mesa  de minha parceria,lá no Água,recanto sagrado de todos os segredos e todas as lamúrias  e me dirigi resoluto em direção ao canto elevado onde o cantor,também velho conhecido,se apresenta e na hora se apresentava..Tenho a impressão que Joca percebeu minha intenção e quase que de forma automata me estendeu a mão oferendo o microfone,e eu cantei, e de repente me parecia ser alguém que transmitia emoções a todos que ali as buscavam,a todos que de alguma forma tinham vontade de dizer algo,fosse comemorando uma nova paixão,fosse   lamentando um amor que se foi.Lembro vagamente que  me senti meio aéreo e que comecei a música já pelo seu meio,mas mesmo assim entendi que muitos queriam dizer aquilo para alguém,que muitos não queriam ouvir isso de determinada pessoa,mas que de uma forma ou de outra aquelas palavras representavam em cada caso específico uma situação contraditória no aspecto global,mas toda lidavam com uma das coisas mais pertinentes ao ser humano,lidavam com a esperança.Depois do aplauso farto e volumoso e de não repetir o bis solicitado,acho que voltei ao estado de normalidade e  me dirigi à meu canto,quando apenas pedi ao garçom a caipira de sempre e ,o pão de alho e a polenta crocante,com queijo ralado,claro.Ah,a música que cantei diz assim::você não sabe,mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez,e tenho medo,de sofrer e chorar outra vez....Todos sabem ,é do Rei e só eu sei e tu sabe agora que é preciso e imperioso fugir,mas que não será possível.Porque?Porque não é o que desejo,fugir não faz parte do meu vocabulário.

O Feitiço da Vila !

É verdade que sequer existia projeto original,a ideia foi se formando e se avolumando pouco a pouco,conforme se enrolava a linha do novelo de um envolvimento incerto e não sabido.Mas,como todo bolo que leva fermento, cresceu,cresceu tanto que tornou obrigatória,até pelo resgate de coisas as vezes engavetadas nalgum móvel qualquer,mas jamais esquecidas,de falar coisas antigas de um lugar bem amado.Nunca foram ou serão esquecidas porque se trata de um passado que está sempre presente,não por saudosismo ou outro motivo que me escape,mas por ser uma época de origem e formação de tudo que se é hoje,de tudo o que se foi logo ali na curva do tempo.Para contar fatos relacionados a toda uma época e que  por sua extensão atingem dias de hoje seria e é necessário que se tenha contatos de ontem e de hoje, para que se possa fazer uma ilação entre os fatos.Na verdade precisaria um livro de bom número de páginas para contar quase tudo com  detalhes,então pretendo dar apenas uma pálida mostragem,dentro da minha ótica,do que foi o Ibaré.O que é hoje ,fica para os contatos .Sabemos que tudo tem um mas,um se,um pedaço de poeira que muitas vezes dificulta ou atrapalha a forma de contar ou até a maneira que se visualiza o conteúdo. Para que se chegue a uma ideia formatada e que possa ir ao forno e dele ser tirada bem quentinha para ser contada é preciso que os participantes dessa odisseia tenham uma atuação entrelaçada e um envolvimento equidistante.Mas,e aí está ele,na Vila as emoções e as paixões sempre contaram a história ,ao inverso do normal que diz sempre ser a história a contá-las. Se,sempre presente,essas trocas de emoções tivessem escorrido parceiras nas águas do Jaguari,tudo teria um enfoque único,mas assim como foi,onde os amores e as dores se misturaram,como sempre foi marca registrada de lá,a coisa fica um pouco difusa,ora visto pela ótica de um ou de outro e aí perde um pouco ,não de sua veracidade,mas de sua autenticidade.Por isso quando se chega lá e as emoções impactam com impeto de lembranças marcantes,não é possível separar uma época da outra,mesmo porque são continuidades e sendo assim se justapõem.E se nota de imediato que as marcas deixadas pelas vivências de então estão ali vivas e revividas em cada um daqueles que ainda estão por lá ou seus continuadores.Naqueles tempos em que nas épocas de férias escolares fervilhava de gente de todas as latitudes para por lá passar o verão  ,costumávamos dizer que por lá existia um feitiço,o feitiço da Vila. E lá,nessas pessoas de todas as partes circundantes ou nem tanto é que explodiam as paixões,os amores inesquecíveis,as cumplicidades que não raram continuavam por toda a vida,mesmo que vez que outra em algum próximo verão se trocasse os amores.Mas a paixão,a original e única continuava,e continua única e até palpável,eu sei disso.O feitiço ainda está vivo,na Vila.

Golpe baixo !

Nessa luta do dia a dia,que mais parece um combate constante e sem trégua,nem sempre estamos prevenidos para aparar e nos defender de golpes que nos atingem e nos deixam sem condições de reagir com presteza.E todo ataque direcionado e aplicado em pontos mais sensíveis e com escassas formas de defesa,além de machucar mais e causar danos maiores,faz também com que a reação e a recuperação sejam mais lenta e ,portanto,menos eficaz.Na verdade eu sabia que não estava navegando em céu de brigadeiro,que deveria ter um cuidado e uma atenção constante,mas bastou uma vacilada e foram dois cruzados que me fizeram cambalear ,como quem não estava acreditando ,pela razão maior de não ter certeza de onde veio aquele ataque.E doeu fundo e fiquei mudo e gemi sem ação ,pois como se defender quando não se sabe contra quem,mesmo que a ação tenha partido do mesmo canto do ringue?Mas,o que mais se lamenta é que havia um rumo a ser seguido,havia um caminho traçado que foi pacientemente aplainado para que não apresentasse solavancos e tropeços inesperados,só que o inesperado veio do lado oposto.Resta apenas deixar a poeira sentar e tentar fazer desse ovo uma gemada e um omelete ao mesmo tempo,apenas para saber se disso tudo virá coisa doce ou salgada,coisa que se come com colher ou faca e garfo.Em síntese,golpe sentido e reconhecido e recuperação incerta e não sabida.

Nota fora de tom:Vá ver o filme " Intocáveis ",será o vencedor do próximo Oscar e isso diz da sua qualidade.Como é praxe,baseado em fatos reais.

Amores periféricos !

Em cada situação,em todo o acontecimento em que estejamos envolvidos no decorrer de nossa existência,sempre há o núcleo central,o foco centralizador de onde é emitida toda e qualquer ordem ,e fonte de todos os desdobramentos.Isso é pacífico,não há forma de tergiversar.Se tudo se resumisse a isso não ocorreriam embaraços,desencontros,coisas mal resolvidas e que acabam por deixar sequelas dolorosas e doloridas que nos vão acompanhar  para sempre,trazendo de vez em quando suas lembranças a superfície,e causando desconforto,incomodando.Isso tudo foi o resultado dos desdobramentos originais que não foram devidamente executados e que por isso ocasionaram distorções no traçado estabelecido.A coisa toda se torna mais problemática quando enveredamos para o aspecto emocional e gostamos,amamos ou nos apaixonamos por uma mulher e a elegemos,independente de sua concordância ou não,como fonte inspiradora e motivo maior de nossos anseios e desejos.Tudo o que queremos é estar ao seu redor e viver as delícias de um relacionamento que tem todas as condições de ser eterno pelo tempo que durar.Oferecemos o que somos e apenas queremos as benesses que isso pode nos dar,é uma troca,é uma sociedade de fins emocionais com lucros incessantes e parceria e cumplicidade infinita.Se ali adiante ,por motivo maior ela acabar,for finita porque acabou ,mas foi sem fim enquanto foi vivida.E se  tudo não se realiza dessa forma surge a necessidade,humanos que somos e carentes que ficamos,de suprir essas necessidades,quer de aspecto simplesmente didático emocional,quer na forma de satisfação sexual,afinal homem de ferro só no cinema.Então surgem,não tem como escapar,as coadjuvantes,aquelas que irão desempenhar o papel da artista principal e que terão para si as sobremesas da refeição da qual não são donas,apenas herdeiras ocasionais.Ocorre eventualmente até que uma dessas se torne por causas até inexplicáveis como a detentora final de todo o espólio,mas será sem dúvida uma coisa rara e uma transferência mal elaborada.De toda a forma elas se tornam importantes porque conseguem trazer algum alivio ao tormento de se ver,por qualquer motivo e não interessa qual,não ter a sua candidata não eleita,ou até eleita e não empossada.

Além da net !

Foi quase como um estalo, inesperado e  revelador,que me dei conta que toda aquela inquietação,toda a incapacidade de se concentrar em algo aliada a indecisão exasperante ,tinha uma causa especifica,insofismável.Aquele andar inconstante e sem rumo pela casa toda ,de peça em peça,o sair para ir a algum lugar e a volta precipitada e veloz acharam sua explicação em um fato até corriqueiro,mas que estava passando despercebido.O que fazia falta e era toda a diferença,era o fator determinante de equilíbrio emocional residia em saber que toda a manhã e em muitas ocasiões a tarde também teria a presença dela para conversar e trocar idéias ou simplesmente bater papo através de algum dos meios existentes na internet.É verdade que em não poucas ocasiões a conversa derivava para assuntos pessoais, íntimos e que afetavam de uma forma ou outra a cada um e causavam não só um certo embaraço,como também,em determinados momentos,uma fuga ,uma escapada pela tangente,para não dizer algo muito explicito,muito revelador.Três dias era uma eternidade,e se se prolongassem e virassem  5 ou 8 ou 25? E se não mais se conectassem?Uma solução urgente tinha que ser achada,inventada,qualquer coisa que resolvesse o problema.A opção feita foi bem de encontro ao seu modo de ser ,a seu espirito  de deixar tudo  claro e bem resolvido,de não deixar margem para arrependimentos futuros.Sabia a cidade dela e seu endereço,entrou no carro e logo estava na estrada,algumas horas estaria lá.Qualquer coisa dali decorrente seria uma solução.Se foi ou não saberemos depois dos fatos acontecidos...

Manda quem pode !

Pouca coisa é tão independente como o sentimento,ele tem vida própria e se auto define, e sequer considera nossos interesses,nossas idéias ou princípios ou qualquer tipo de coisa que  vá de encontro a sua  soberana vontade.Costumamos afirmar que somos donos de nós mesmos e isso é verdade,só que que de uma forma parcial,quando se trata de gostar ou não gostar de alguém não há meio de contrariar o que ele determina.Podemos elencar um universo infinito de razões que mostram não ser o melhor nutrir um amor ou cultivar uma aversão por alguém ,mas seus desígnios,que permanecem permanentemente ocultos e incompreensíveis ,é que irão determinar  por quem suspiramos mais forte ou à quem viramos o rosto.A literatura universal e a vida real estão recheadas de casos que comprovam isso, e chama a atenção é ,que em momento algum questionamos a ordem recebida,apenas a cumprimos  e a partir daí recrutamos e colocamos  em atividade todos os nossos esforços para atingir aquele fim .A única alteração existe quando ,por razões também absolutamente desconhecidas,decide deixar de gostar ou amenizar a aversão e o faz sem consultas ou diálogos,apenas faz e cumpra-se.É um pequeno espaço de tempo que parece nos dar,talvez para que recuperemos o folego e nos preparemos para obedecer outra ordem.Eu sei,por experiência própria o quanto é dolorido nutrir uma paixão por quem não deveria,querer de alguém aquilo que ela pode dar mas não deve,por questões que aqui não vem ao caso.A gente sonha.a gente imagina e faz suposições e curte devaneios ,mas tudo isso sabemos que não deveria acontecer,e acontece e vamos em busca da consumação efetiva do fato.Durante um tempo razoável exerci a prática de tentar uma espécie de paz,de entendimento com o tal do sentimento,mas logo percebi que ele não tem parceiros ou amigos,sequer tem conhecidos,ele exerce sua soberania de forma global e igualitária.Senão ,como explicar o inverso do acontecido ,quando percebi da paixão desmesurada por mim de quem eu não queria que isso acontecesse.Foi o legitimo caso de dois casos duas medidas,aplicações das razões em fatos racionais e vice versa.Parece ser o mais adequado vivê-lo de forma mais intensa possível e tirar dele o que for de melhor,sempre com a perspectiva de em caso de mudanças,levar o que sobrou de bom e enterrar o que deixou de ser.

Como sempre !

Há uma pessoa de minha relação,alguém que ultrapassa todos os níveis de importância,e por isso tão acreditada ,que costuma afirmar sempre que algo sem explicação razoável acontece,que as coisas são como são.Para dizer a verdade eu já estava cansado de tanta indefinição,da quantidade de talvez,quem sabe, de tantos " se ".Aquele hiato que se formou sem razão aparente,fazendo com que me levasse a conclusões que foram consideradas como definitivas,fez também que tomasse decisão que se mostrava como necessária e conclusiva.Se havia tantos senões que empanavam o brilho de tudo o melhor a fazer era acabar com a relação e direcionar as expectativas para outra ou outras perspectivas.Simples e fácil de fazer,mas doloroso demais para concluir.Entretanto,se fazia necessário uma ação enérgica e demonstradora da insatisfação e do desgaste de tudo em função desse afastamento que ,quem sabe,até poderia ser involuntário,mas existia de fato e causava uma dorzinha incomoda e persistente.Decisão tomada ,fazia-se necessário uma atitude para por em prática o que havia sido decidido.Ao provocar um encontro involuntário mas possível , estariam estabelecidas as diretrizes que determinariam a efetivação do ,sei lá,plano.Minucioso e organizado preparei uma espécie de dossiê onde estavam catalogadas os principais pontos sobre os quais deveria discursar para defender a razão do afastamento completo e definitivo.Mas desse no que desse a decisão estava tomada e era só questão de oportunidade para colocá-la em execução.O encontro aconteceu conforme o planejado,onde num primeiro momento rejubilei-me pela competência e exatidão na execução do processo todo.Ela,quando me viu,abriu um sorriso encantador,como sempre,e depois do beijo de bosas vindas e de dizer da satisfação imensa de me rever,explicou num segundo que iria me ligar em seguida ,para dizer que estava livre e queria passar a tarde juntos.Para completar ainda havia um presente a minha espera e que seria entregue logo quando chegássemos em sua casa..As dúvidas desapareceram como que por um passe de mágica,os " se " transformaram-se em sim,as esperanças se cobriram de novas cores e tudo virou encantamento,como sempre havia sido.O dossiê que trazia  no bolso para usá-lo o achei perdido alguns dias depois e nem me dei ao trabalho de relê-lo.Aquela pessoa referida lá na primeira linha,que inclusive pode ser a mesma,tem razão.

Poder paralelo !

Existe uma foto no bar de minha sala que enfeita o apartamento como um todo,que oferece a este se mostrar de uma beleza que talvez nem possua,mas que atinge todos os seus cantos e peças.A história dessa foto não tem nada de fantástico e nem de misterioso,é uma moldura simples com um conteúdo,e aí está a beleza e a importância dela.O sorriso  que margeia as paredes,o olhar que alcança além da própria estampa.Sei lá, e pouco importa saber como funciona o enlace que estabelece a influência dela,da foto,nas coisas do dia a dia.Porque de uma forma geral tudo começa por ela,por aquilo que ela transmite metonimicamente toda a manhã ,quando passo por ela e a olho,no exercício das funções caseiras.Tenho absoluta certeza que ao cruzar com ela, quando chego fora de horários mais ou menos habituais e principalmente quando bem tarde,como ontem,que aquele sorriso tem muito mais de reprovação e até de uma parcela de um ciúme indevido,ou devido,quem sabe.E pior,coisa que talvez seja um derivativo de insanidade,parece que me sinto culpado e cruzo reto e sem olhá-la pois sei que estará me seguindo com aquele olhar que nesse momento mesmo que bonito deixa de ser encantador.Para não haver nada de desencontros,mágoas ou qualquer coisa que a entristeça pego a moldura e a coloco mais perto de mim  quando estou lendo, ou vendo tv ,ou navegando no note ,e se for caso mais grave na cabeceira da cama quando vou dormir.Seu sorriso se abranda,volta a ser encantador e estabelece os parâmetros de quem dita as regras.

Coisas da vida !

Uma foto tem um poder embutido em sua imagem que transcende a nossa vã tentativa de tentar decifrá-la em sua plenitude.Nos últimos dias tenho me defrontado a prescrutar e extrair  ilações entre duas que de um aspecto intrínseco parece não haver a menor relação.Mas há,e vou tentar mostrar isso.É possível que aqueles que conhecem fatos relacionados a uma ou outra tenham melhores parâmetros para compreenderem  a equação formatada.De um lado uma foto de uma mulher que se tivesse sido encontrada no momento certo teria sido sem dúvida alguma um elemento fundamental em meu então proposto e hipotético futuro.Não o foi e jamais saberemos como ele teria sido ,e esse teria sido seria o hoje.Ao lado a foto de uma casa caindo aos pedaços e que ,ai sim,foi fator deveras importante na minha formação e nas situações propostas para atingir ou não aquele mesmo futuro ,já referido.O contraste é chocante.Enquanto a mulher permanece linda e desejável,a casa está desmoronando.E olha que por pouco uma  teria sido parte da outra,daí a importância que relaciono no fato,pois quanto mais me aprofundo na equação,maiores são os protagonismos que se interpõem.Para explicar melhor, a mulher não tem mais possibilidade de ser futuro,mormente meu,pois o meu futuro foi ontem e hoje ela é algo inatingível.A casa que falo,o Hotel, a casa da Iaiá,influi e definiu muitas coisas,quer através de seus moradores,quer pelo simples fato de ter vivido tantas e tantas emoções ali.E dizer que elas andaram muito tempo quase lado a lado,com a diferença apenas de tempos desencontrados.Se a vida tivesse feito um trajeto diverso e fosse possível colocar na parede ou em cima de algum móvel a foto dessa pessoa dentro dessa casa, o que seria mostrado seria uma mulher mais bonita ainda e uma casa aconchegante e acolhedora.Uma mereceria a outra e eu,claro, completaria um quadro ideal.A mulher seria mais feliz do que é e a casa não estaria caindo,uma cuidaria da outra.Eu,bem,hoje apenas conto essa história ,que poderia ter sido factível.

E la nave va !

A coisa é meio confusa,mas parece que estou indo ao reencontro de um passado não vivido que desenha um futuro não cabível e não projetado,por inexequível.O presente até pode ser a mistura disso tudo,entremeado de situações que,alternadamente,emocionam ou decepcionam.Tal fato me levou a criar um nome para isso,ou seja,denominei esse estado de espírito como pseudo depressão assumida,ou p.d.a. para seguir a mania que temos de abreviar ao máximo qualquer coisa,desde que possam ser .O interessante do que está embutido nesse passado nebuloso,não houve repressão apenas era impossível,é que as situações-limite que deviam ser vivenciadas agora e ,aí sim,.então reprimidas,levam a reações que conduzem a outros patamares,outras procuras, e como quem procura acha,à relações que fogem do originariamente desejado ,mas que mesmo assim atingem um objetivo que pela premência se tornou prioritário.E isso quase sempre acaba em um compartilhamento (palavra que dizem os sábios será o guia do amanhã) que é muitas e várias vezes estimulado por vapores etílicos,que tal como estes somem depois que a procissão passa.É o lado bom da d.p.a.,não deixa rastros ,não estabelece valores e sequer imagina compromissos.Tipo aquele sistema muito usado hoje em dia,de considerar e valorizar apenas a individualidade,se gostou ou não o problema  é teu,tchau e gracias.  Eu não afasto a ideia de que a d.p.a. seja um pouco forçada e até estimulada,já que ela facilita contatos,coisa que engloba revelações e segredos que se verdadeiros ou criados na hora pouco importa,servem como motivo,como mola impulsionadora.Cada um sabe de si e estabelece seus critérios,seus limites,e o meu quase todos sabem, mulher que está na faixa etária de 35 ou daí para mais ,considero como terceira idade,fica fora do meu rol de possibilidades.E,acreditem,não está muito errado não,até funciona e os fatos confirmam.

Uma mulher !

É uma coisa automática,natural,como se sempre tivesse existido e nos habitasse sem que soubéssemos.Mas estava ali,latente,apenas aguardando o momento certo de se mostrar ,de aparecer e fazer valer seus direitos,mesmo que não tivesse compromisso algum em ter deveres,e não os tem.Entretanto,afinado com essa dinâmica de aceitação do que é definitivo,daquilo que nos é  "imposto"pelo magnetismo de outra pessoa,que nos atinge e nos conquista e nos apaixona,em vez de sucumbirmos passamos a conviver  com isso e a viver muito em razão dessa nova e maravilhosa realidade,que nada mais é que a abertura da porta que ansiosamente esperávamos um dia se abrir.E,se por caprichos que não se explicam ,esse enlaçamento de sentimentos não tem futuro,certamente tem um passado,rico e intenso,que por qualquer caminho que seja seguido levará sempre ao destino atual,de hoje,agora.E isso nos leva a retornar a lugares longínquos no espaço e no tempo,mas sempre presentes em algum canto da memória,melhor dizendo,do coração,considerando que este coração ainda bata do mesmo jeito de então,apesar de tantas e tantas intervenções de toda a ordem que sofreu.Então quase sem querer remexemos nos guardados do passado e que ,talvez por esse motivo,esperaram num canto qualquer,acumulando poeira que mais dia menos dia seria sacudida.E tu chegou para espanar essa poeira e tirar dali um monte de lembranças e sacudindo e mexendo e revirando  chegar finalmente a teu nome ,teu corpo,teu cheiro,soberano e único,aquele perfume diáfano que encanta e faz vir a tona tudo aquilo que estava estava guardado e se acumulando,para ser entregue a ti..Fazer o que se se as coisas são como são?Sabemos que tudo irá seguir seu curso natural,tem de ser assim,as raízes que foram plantadas não podem nem devem ser arrancadas,mas aquelas coisas pessoais e tão intimas não podem e nem tem alguém que possa imitá-las,mesmo que outros finalmente possam ser substituídos fisicamente e venham a falhar mentalmente.O encantamento foi mútuo,foi instantâneo,foi de tal forma tão aceito porque se sabia que estava ali,apenas esperando sua hora.

Candidatos !

Dia desses, mais para depois poder criticar que  qualquer outro motivo, tive a curiosidade de assistir com atenção a um desses programas eleitorais do horário dito político.É,de fato,o melhor programa humorístico atualmente na televisão brasileira,ao menos no âmbito de porto Alegre,já que é algo restrito a uma área específica.Mas,é muito provável que seja a mesma coisa em todas as partes do pais.O que se ouve e vê são candidatos despreparados,aqueles que se candidatam apenas para angariar alguns votos para a legenda e não almejam nada mais que alguma benesse no futuro,e postulantes notoriamente mentirosos e muito provável que mal intencionados.Não é admissível que venham afirmar que farão isso ou aquilo,quando se sabe que vereador tem função legislativa e só pode propor,não fazer .Surge na tela de sua tv cada figura que    lhe provocam risos e gozações,quando na verdade veriam causar uma certa angustia,pois se eleitos,e uitas vezes alguns o são,servirão apenas de lacaios e elementos aglutinadores de votos para que seja aprovado alguma coisa que interessa aos mandatários.Deles próprios não adianta torcer que não sai nenhuma gota d água e nem"é por culpa própria ,e ela ,a culpa,sempre será creditada ao sistema,esquecendo que o sistema é montado por aqueles que tem o poder de decisão.Os prefeituráveis,esses são piores,porque mais incisivos,mais enganadores,prometem o que sabem que não irão cumprir e o que fazem,se é que fazem algo,está visando a eleição futura,reeleição ou posto mais alto.Os slogans,tem vários que deveriam ser expostos como exemplo de piada,gozação,coisas para divertir,não propósitos de realizações em favor de comunidades.Quando chega ao fim,surge mais é a vontade de perguntar para eles se realmente creem naquilo que afirmam e se estão em seu estado normal de lucidez e se de fato esperam que alguém acredite no que dizem.Isso tudo na capital,onde as relações são difusas com os candidatos,mas no interior é que parece a coisa pegar fogo,pois nas cidades menores , agrande maioria,parece ser uma situação efervescente,onde as emoções e os envolvimentos extrapolam as fúrias das paixões politicas se revelam.O que se observa pela internet já permite ter uma avaliação aproximada do que está rolando por lá.

Confissões desconhecidas !

Faz sentido quando os estudiosos dos assuntos que dizem respeito a inter relações caseiras afirmam que o diálogo, ou simplesmente a conversa, está se tornando escassa ou até inexistente em grande número de conjuntos familiares.Não só entre pais e filhos,mas bastante acentuado nos pares que formam a base estrutural de uma família.Para verificar basta dar uma volta em bares,parques,locais onde existe ajuntamento de pessoas,quer sejam conhecidos ou não.Talvez um dos locais que mais caracterize essa situação toda seja  uma fila qualquer,num banco,numa lotérica.Dia desses estava em uma delas,numa  de lotérica,e quando nelas  e são muito extensas ou demoradas, invariavelmente converso com qualquer um que esteja a frente ou depois e que se disponha a tal.De um modo geral todos dão trela a vontade e expõem suas razões e suas idéias para aquilo que certamente os está de alguma forma incomodando,já que ninguém fala de coisas que os faça alegres ou felizes,com exceção de cães e gatos,claro.Estes são,atualmente,os encantos de todos os donos,cada um deles ,dos cães e gatos,pela palavra de seus acompanhantes,já que na verdade são exatamente isso,são geniais e extremamente compreensivos e carinhosos,só falta falarem, se sé que já não o fazem.Mas ,voltando ao caput,puxei conversa com uma moça,e aí vou dar um refresco para ela,vou chamá-la de moça, mas deve ter uns 35/36 anos,e se não é exatamente uma moça  velha também não é,mais provável uma pré coroa.Mas a conversa   foi derivando de fila para eleição e para mensalão e para outros assuntos até chegar ao ponto que referi,o diálogo familiar.De repente ela estava contando coisas que aconteciam com ela dentro de seu lar,sua residência,mas era justamente ali que não estava encontrando espaço para se comunicar,para trocar idéias,para discutir algo relacionado ao que interessava ao grupo familiar.  As decisões,disse ela, se sucediam de forma unilateral e estavam causando desencontros,choques pequenos  mas que tendiam a crescer.Fiquei sabendo eu ,um estranho para ela,de coisas que sei lá para quem ela se queixava e se a ouviam,mas que condições teria de opinar sobre algo desconhecido ,mesmo considerando que eu seja intrometido?Acho ,de fato,que ela queria mesmo é alguém para a escutar,para dizer sim,entendo,você fez o certo,coisas assim.E,a gente fica pasmo,em questão de meia hora já eramos quase íntimos,não no sentido extremado,mas tínhamos uma intimidade de conhecimentos que permitia vislumbrar seu modus vivendi e até seu modus operandi.Fiquei com a impressão que ali surgiu para ela a oportunidade de desabafar,demonstrar sua insatisfação e seu desconforto,que mesmo sendo contado para um alheio serviria para ela como um bálsamo que a aliviaria,um desabafo.De repente ela arregalou os olhos e pediu desculpas por ter exposto dessa forma seus problemas,mas estava já atrasada e tinha de ir.Desculpa viu,um beijinho em cada lado do rosto e tchau.Eu paguei a água mineral.A dela sem e a minha com gás.

Rascunhos de auto retrato !

Não sei qual o motivo,o mais provável é que sejam vários que se interligaram e estabeleceram que tem de ser assim,e o é,mas as pessoas as quais sou mais chegado são mulheres.Não é que odeie ou tenha raiva de homens ,mas simplesmente não simpatizo muito e pouco confio neles.São volúveis,fracos e sempre precisam de alguém,geralmente do sexo feminino, para lhes dar sustentação.Com as mulheres consigo conversar e trocar idéias e dialogar sem pejo algum,parecem que nasceram,as que estão nesse rol,para servirem de minhas fiéis confidentes e parceiras.É lógico que nesse ciranda toda algumas se destaquem e exerçam maior influência,em muitas ocasiões de forma determinante,e isso ocorre de forma natural,sem nada que exerça pressão.Questão de pura empatia ,coisa que se destaca desde um primeiro momento e com essas,ou essa para ser mais honesto,a abertura e a flexibilização não tem limites,a hora é qualquer uma e o lugar pouco importa,desde que estejamos juntos.Essa ,bem, ela balançou meu coreto e ele quase desaba,mas isso é outra história,talvez uma das mais belas e  certamente a mais misteriosa da minha vida e é a história que nunca terá um fim.E olhe que acho que não balancei o coreto dela,talvez tenha sentido um leve tremor.Mas,voltando ao aspecto coletivo e deixando de lado a questão particular, nesses belos e interessantes papos se diz muita coisa que falamos para uma ou outra pessoa e algumas até que queremos esconder de nós mesmos,mas para essas pessoas,que parecem ser pré destinadas a estar sempre por perto,mesmo estando muito longe,fala-se tudo e esse tudo tem o significado de ser a expressão literal da palavra.Contamos claro,já foi dito,mas também ouvimos muitas histórias,muitos anseios,muitas alegria e decepções,coisas próprias e normais do ser humano,mas que nessas horas são encaradas com toda a paixão que as gerou , dentro de um distanciamento crítico que sempre produz,no mínimo,um aplacamento de tensões e a segurança de que tudo tem saída,tudo tem solução e se não tiver é porque  solucionado está.