segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Fora de hora !

É difícil saber como uma pessoa,mesmo que seja uma antiga conhecida e tenha convivência regular conosco,irá reagir a algo que a afeta ,seja tanto positivo como negativo o impacto que ocasiona isso.Não é raro a reação não corresponder as expectativas que se criaram,pois,se nada surge do acaso é porque houveram uma ou várias ações que a precederam,nada vem do nada sempre há um motivo para tudo.Qualquer um de nós certamente já teve conhecimento de fatos semelhantes,em que os atingidos ,independente de terem sido beneficiados ou prejudicados,tiveram uma reação contrária as expectativas,portanto surpreendente.Não se trata de algo extemporâneo,coisa que também acontece bastante,mas algo natural,tão natural como se só aguardasse o momento exato de por a cabeça de fora.A gente sabe que isso acontece mas de um modo geral não está preparado  ou não imagina algo desse teor e fica surpreso,tendo quase sempre uma reação parecida com aquele antigo quadro de um programa humorístico na tv,em que um personagem por não ter resposta imediata para dar se limitava a exclamar ah é,é?Pois foi ,não exatamente assim,mas quase mais admirado,que fiquei quando ela me disse quando de uma de nossas várias conversas,que necessitava muito falar comigo de um assunto que a estava perturbando e que queria resolver de uma vez,que não gostava de ficar na dúvida e que eu sabia que ela era assim,expedita,resolvida,foram bem essas as palavras dela.Foram na verdade duas surpresas,uma imediata e outra um tanto mais demorada,mas nem tanto que não pudesse ter acoplado uma na outra.Acontece que o papo era de frivolidades e assuntos alheios,mais pelo prazer e satisfação de estar juntos e estando juntos ninguém dos dois parecia querer parar de falar,quando de supetão,sem sequer fazer qualquer pausa,emendando uma coisa na outra, ela veio com aquelas palavras,dando à elas um tom de seriedade e importância que destoou do resto todo,meio me olhando nos olhos meio desviando o olhar, como se um pouco constrangida e até encabulada.Mas disse e parece que foi algo expelido que estava atravancado na garganta dela, e quando levantou a cabeça com altivez completou dizendo que era mais que um desabafo ,era uma tomada de posição.Não houve a menor preocupação de minha parte em dar uma resposta técnica ou política,foi natural a  reação emocional assumida,mesmo tendo sido pego de surpresa.A puxei pela mão e disse  vamos sentar ali,eu peço uma caipira e um suco para ti,depois tu dirige.Vamos conversar,há muita coisa para ser dita.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Reações naturais !

É natural que eu também tenha tido o direito de ter um tempo,longo por sinal,de sonhos,que geraram planos e esses planos muitas vezes se perderam em devaneios,admito,por ausência de apoios específicos e necessários.E é nesse momento que a realidade se faz presente e a única forma de enfrentá-la e superá-la é encarar de frente ,sem o faz de conta e sem falsas esperanças.Toda separação,afastamento,ou como for denominado um fim qualquer ,possui dois lados,queiramos ou não.Sempre há uma porta que se abre quando outra se fechou,é lei natural e intrínseca a própria natureza humana.Não se pode dar tempo para tristezas e lamentos ,que são infrutíferos e dolorosos ,se instalarem e fazerem moradia,ofuscando todo um espaço que se abriu e tornando a visão opaca e reprimida.Tem certas coisas que desenvolvemos intimamente ,talvez como uma auto defesa, e que sempre são acionadas de maneira automática e que funcionam como antídoto natural e sempre eficaz.Isso reduz o impacto da colisão que ocorre entre o sentimento que se foi e o sentimento que era para permanecer,mas que ,por esse antidoto, fazemos com que também se afaste.Não é algo que necessite treinamento para aprendê-lo,só é necessário que se viva muitas vivências e se entregue à elas como se fosse,qualquer uma,sempre a ultima,definitiva e eterna.Quando a próxima chegar,e irá surgir no momento que menos se espera,tudo vai começar outra vez do zero ,até atingir o ponto de esgotamento ou ,quem sabe,ser realmente aquela que é infinita.Não esqueçamos também que nessa barafunda que é nossa vida,e toda ela ,seja de quem for é assim,pode acontecer que por um descuido ou até uma cegueira momentânea deixemos passar quem deveria ter permanecido(Não se iluda,nosso destino somos nós que fazemos).Nesse caso devemos ter a humildade de reconhecer  o passo mal dado e dar a volta em si mesmo ,tentando um reagrupamento da ordem das coisas.É complicado,mais difícil,mas possível sim.

domingo, 20 de outubro de 2013

Desencontros!

Viver também ensina a que facilitemos desencontros,criando condições a que eles aconteçam sem que sequer percebamos.É quase uma automaticidade do dia a dia, e a sequência ininterrupta disso proporciona que sejam deixados de lado vivências e envolvimentos que poderiam se tornar relevantes,ou não,apenas para equilibrar as possibilidades.Dos encontros que tivemos,e a vida é a arte de administrar encontros,podemos falar,contar,lembrar e até esquecê-los,se não suprirem nossas carências,mas são "palpáveis",temos conhecimento e trocas.Isso tudo é normal e corriqueiro,são aquilo que tergiversamos dizendo serem coisas da vida,uma forma de minimizar o que não pode ser mensurado.Entretanto,se,o eterno e indefectível se,nalgum momento perdido no detalhe e que sequer ficou na relembrança,nos fosse dado a possibilidade de avaliar antecipadamente um ato qualquer,por mais singelo que tenha siso,poderia ter determinado alterações que afetariam todo o resto da vida sequencial.É aquela velha história que Da. Helena falava,se alterar a receita do bolo, muda também seu gosto.Eu posso falar com conhecimento e vivência ,pois num certo momento da vida,sei lá qual,peguei o ônibus cedo demais ou depois da hora exata e provoquei o desencontro.Ou foi ela que fez isso?Sem resposta e sem chance de tê-la,não resolve conjecturar.Mas,essa separação atávica,se mostrou de fato quando houve o "reencontro",desnudou o imenso abismo existencial e de sentimentos que criou com sua existência,estabelecendo como definitivas atos e atitudes que deveriam e teriam tido outros personagens se tivesse embarcado naquele ônibus.É difícil olhar mais além e "ver" que ela está ali,ansiando as mesmas coisas que eu,e nada é viável de ser alterado,afinal,como ela mesmo diz,as coisas são como são.Mudanças após um tempo razoável certamente alterariam o gosto do bolo.Se para melhor ,eu acho que sim,é a pergunta que esse desencontro vai perpetuar no ar.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A ex namorada !

Sempre que leio alguma coisa relativa a auto definições faço associações e até relembranças de fatos em que de uma forma ou outra estive envolvido.E hoje,ao navegar entre noticias e comentários e opiniões ,duas expressões (da mesma pessoa) me levaram ao aventado anteriormente.Uma dizia que ela é intensa e que sua intensidade determinava o princípio e o fim de todos os seus relacionamentos e também o conteúdo deles.Eu fiquei pensando que ser intensa o que significa em relação a envolvimentos emocionais?Intensidade é sinônimo de energia,será que ela utiliza energia física ou mental ?De qualquer forma vou procurar aprender como se aplica num relacionamento ,desde que não machuque a parceira.A outra expressão que ela usou é de que depois de ser intensa ,se decidir ir não tem volta.Essa frase me conduziu direto à uma namorada que tive e que também a usava muito.Ela terminou várias vezes e sempre voltou,contrariando aquilo que afirmava.Eu ,de minha parte,a aceitava sempre de volta e de bom grado,pois ela além de ser boa de cama e preparar um cappuccino cremoso, era muito bonita.Até que um dia foi e  não voltou,ou se voltou,eu tinha mudado,sei lá. Talvez por essas diferenças entre o que se diz e aquilo que a gente observa ser feito é que se popularizou essa quase norma conceitual de que mulher fala sempre ao contrário do que pensa,ou,acho eu,extrapola e acaba por desenvolver conceitos aparentemente estapafúrdios.Não sou totalmente adepto dessa teoria comportamental psíquica do mulherio em geral,até porque a minha mulher oculta,a musa de todo o sempre ,é confiável e verdadeira em suas auto definições,bem diferente daquela ex que comentei.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Excessos ?

Não faz a menor diferença para mim se fulana ou beltrano é gay ou lésbica ou bi ou seja o que for.Acho que opção sexual é uma questão de coisa intima,individualidade que deve ser respeitada e é indevassável.Conheço e tenho alguns conhecidos que são gente finíssima  e que num determinado momento abraçaram esses derivativos,sem que isso afetasse suas capacidades profissionais e tampouco suas posições de moralidade.Cada um deve ser absolutamente livre para viver e se relacionar com quem lhe motivou sentimentos e que existe reciprocidade.Entretanto ,algumas coisas não fecham com meu modo de ver o imbróglio todo e isso diz ,talvez,bem mais a espetaculização que a mídia e até as redes sociais fazem do fato.Entendo da mesma forma que se não é algo que deva ser condenado ou repudiado,também não se aplica o outro extremo,ou seja,não é uma coisa para se vangloriar e daí atingir áurea de magnificência.Se for encarado como a vontade explicita de um ou outro fica bem mais adequado.Mas,quando se tenta,e existe claramente essa tentativa,até já oficializada,de denominar que a união entre duas pessoas do mesmo sexo seja casamento,aí eu pulo da cadeira e deixo cair o cachimbo.Casamento é uma parceria ou união entre dois seres que tem diversidade de sexo,não o mesmo e, se isso acontece tem ,queiramos ou não,gostemos ou não,a finalidade de procriação,manutenção da espécie,preservar a raça dita humana. O resto,toda essa mixórdia de variações que são inerentes ao ser humano,tal como orgasmo múltiplo,ponto G ,hora H,sexo oral,anal,papai e mamãe ,sexo evolutivo ou sensorial,fazem parte da decantada evolução do ser humano,que na verdade é apenas a retomada de coisas que já existiam e ocorriam há muito tempo,e põe tempo nisso.E essa variações que tanto nos orgulhamos de ter atingido e as tornado conceituais na sociedade pouco ou nada podem ser exercidas na duo sexualidade única.Outra coisa que ,essa sim,apaga de vez meu cachimbo,é o amplo destaque que se tem dado as festas  desses "casamentos",onde fiquei pasmo ao ver  a foto de duas mulheres,ambas entrando nave festorial vestidas de noiva.Que está havendo uma dose alta de exageros,acho que sim.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Notas de rodapé !

Não sei dos outros ,mas eu  tenho uma quantidade apreciável de pessoas que, de um jeito ou de outro ,são ou foram elementos que adquiriram um nível elevado de importância e influência para mim.Alguns ,pela importância que adquirem,passam a ser participantes implícitos e permanentes em nossa maneira de agir e pensar,pois a influência que exercem conduz ,ou ajuda a conduzir,melhor dizendo,a resultados positivos.São eles os agregados  os quais qualquer ausência  causa um vazio e aciona o alarme da dúvida ou da insegurança.São ,em seu conjunto ,os componentes que fazem nosso lego criar vida e andar,sem os quais o vazio seria algo muito presente.Outras pessoas,essas em número bem mais reduzido,são as que nos fazem extrapolar,fugir do comum e atingir o apogeu de nossa atuação.Lógico que com o andar da carruagem e pelos diversos estágios pelos quais ela percorre e passa,vai filtrando uma aqui outra ali até estabelecer os parâmetros que se impôs e selecionar uma que será a linha demarcatória entre o ser e estar feliz ,e o buscar a felicidade.A  gente sabe que felicidade é uma coisa interior e que geralmente é muito difícil de ser explicada e tampouco é um sentimento,acho que é um estado de espírito.Esse alguém,que faz toda a diferença,está presente e atuante em nossa vida mesmo antes de ser conhecida ou visualizada,ela simplesmente sempre existiu.Se você já a achou,conserve-a e valorizá-la e cuidar dela é o melhor caminho.

sábado, 5 de outubro de 2013

Chateações recorrentes !

Alguns detalhes identificam com perfeição o nível de mentalidade que predomina numa sociedade,como um todo,lógico que com muitas divergências e contradições.
Aqui enter nós,do Rio Grande,qualquer coisa que tenha de se dizer sobre alguém, uma das primeiras identificações é informar se o sujeito é Inter ou Grêmio,como se torcer para um ou outro fosse e devesse fazer parte do curriculum. E em quase tudo não existe meio termo ou ausência de opinião,tem de ser senão não serve.O julgamento de alguém,e gaúcho é o maior juiz dos outros,esquece de si mesmo,parte desse principio.
Ao ler jornal de alcance nacional me chamou atenção os detalhes do ato de vandalismo que sofreu uma antiga e marcante obra em São Paulo,o monumento aos Bandeirantes.O que me surpreendeu foi a justificativa de um dos pichadores,um tal de Bakunin,argumentando que eles,os bandeirantes,eram assassinos e estupradores e que destruíram "nossa" cultura,por isso pichavam.Que ocorreram desvios violentos e ,na época sem controle,se sabe e se condena,mas a destruição da cultura devia referir-se aos índios e não a nós.Minha cultura como elemento importante de mim mesmo não advém de índio algum e,queiramos ou não,apoiando  ou acusando,se tivesse permanecido o status quo da época indígena seriamos hoje o que?Nada,ou alguns índios pelados e incultos espalhados por aí.Devagar com o andor,somos de nossa época,devemos proteger os índios que restaram,mas ao mesmo tempo integrá-los aos tempos de hoje e não deixar que fiquem expostos e a mercê de aproveitadores que se preocupam apenas em faturar usando  a causa indígena como pressuposto.
Se prestarmos atenção nos noticiários e tudo que se fala sobre qualquer assunto do  momento,veremos que a quantidade de especialistas que existem no Brasil é de dar inveja à todos os povos do mundo.Qualquer assunto,qualquer acontecimento,bom ou ruim,catástrofe ou festa,sempre aparecem vários especialistas,opinando e dirimindo dúvidas,sabem tudo.Talvez por não ter nenhuma Universidade ou Faculdade no rol das 225 melhores do mundo que estamos com tantos sábios emitindo pareceres definitivos.
Acho até que isso é uma das façanhas nossas que devem servir de modelo à todos,coisa que nós gaúchos devemos ter exportado para o resto dos brasileiros.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Plano falho!

Eu achava que não teria grande dificuldade em esquecê-la e até,levando meio na brincadeira,elaborei um plano para atingir essa finalidade.Era uma situação de galhofa e por caminhos transversos fiz com que ela tomasse conhecimento disso.Na verdade acho que subestimei minha capacidade de absorver e avaliar os atos e atitudes de outros em relação aos meus próprios.Mas o fato é que mesmo com tal plano em plena execução e tendo liberdade e autonomia para alterá-lo,não vinha obtendo os resultados que esperava obter.Então comecei a ver a coisa toda por outra prisma,sei lá se mais realista ou mais focado num leque de opções que não estavam sendo devidamente consideradas.Acontece que num relacionamento onde a intensidade vivencial foi o fator determinante,acabam por permanecer intocáveis lembranças que de forma constante e sincopada reduzem o poder de estabelecer critérios coerentes.É mais ou menos como começar a admitir que se está agindo de uma forma que não nos satisfaz,e não satisfaz porque vai de encontro ao que realmente queremos.É uma espécie de invaginação sentimental,onde o sentimento se alimenta dele mesmo e asperge seus fluidos.E essa coisa toda leva aonde?Conduz sem sombra de dúvidas ao caminho inverso,antigo e contestado,mas que sequer deixou de ocupar seus espaços,pois na verdade nunca havia deixado de fazê-lo,houve apenas uma tentativa malograda de fuga através dele .Reconhecer  as dependências é o melhor caminho para formar trincheiras,até porque a verdadeira guarida continua aquela que sempre foi.E sempre será a mulher que faz a vida valer a pena.