segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os sábios !

Pelo que dá para concluir,observando com atenção o noticiário e as opiniões emitidas e incluídas em seu bojo,que não ficamos devendo nada a nenhum país,quando se trata do item cultura,conhecimento,sabedoria.Não tem o Brasil qualquer chance imediata de abocanhar algum Prêmio Nobel ,ou qualquer outra conquista que se caracterize por ser resultado de pesquisas,descobertas,invenções que beneficiem a humanidade como um todo,ou no mínimo,grande parte dela.Aqui não investimos em coisas que possam trazer resultados a médio ou longo prazo,tudo tem que ser imediato,para ontem.E até naquilo que dizem sermos os mestres,estamos prestes a fazer fiasco,já que a malfadada Copa do Mundo teve prazo suficiente para ter suas necessidades atendidas,independente de ser contra ou a favor dela,mas se um contrato foi buscado e assinado,deve ser cumprido.Entretanto,repito,vendo qualquer noticiário escrito ,falado ou televisado,devemos ser o povo que tem o maior número de especialistas no mundo.Qualquer assunto que se trate sempre tem a disposição para opinar e explicar tudo e consequentemente resolver os problemas,algum especialista.Só agora,num noticiário que acabei de ver e que tem a duração de meia hora,apareceram e opinaram quatro deles,mostrando o porque acontecem e como se resolvem qualquer assunto.Tenho procurado lembrar de algo que de imediato não tenha surgido um besta qualquer com a especificação em baixo de seu nome dizendo ser Especialista.Acredito que qualquer dia desses vai surgir alguém dizendo ser especialista em especialidades,afinal pais culto é assim mesmo.Se em Cuba 90% de seu povo é médico,porque aqui não podemos ser quase todos especialistas?

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O preço do tempo !

Andressa,esse era o nome dela,ou é acredito,morava num apartamento cujo pavimento  era equivalente ao meu  e a distância que separava os blocos permitia algumas visualizações de parte a parte.Aconteciam abanicos,sorrisos,olhares compridos e uma que outra demonstração de satisfação quando nos víamos.E eu tinha a nítida impressão de que era,de certa forma,monitorado,controlado.De fato eu achava que estava agradando e pouco a pouco tentava me aproximar dela.Andressa é um pouquinho mais alta que eu,bem na medida que aprecio,onde certas posições se tornam mais flexíveis e interessantes por esse motivo,era bonita,bem bonita,loira de cabelos longos cor de trigo maduro,pernas esguias e bem torneadas,morava  junto com a irmã .Um dia,quase uma surpresa,ela fez sinal que queria falar comigo e indicou um local para encontro imediato.Fui até lá com um certo que de ansiedade e ela já me esperava quando cheguei e fui então convidado para seu aniversário que seria comemorado dali uns dias e que seria coisa bastante intima.Cada vez a coisa tomava um rumo mais interessante ,tanto é que escolhi a melhor roupa ,passei,limpei bem e até camisa nova comprei,afinal eu tinha que me apresentar devidamente "pilchado".Chegou o dia e bem vestido e com o aroma especial do Visit da Azzaro,que é o perfume que uso apenas em ocasiões especialíssimas,fui para a festa não sem antes sobraçar um ramalhete de rosas enfeitadas com alfazemas,gosto muito de alfazemas.Naquele espaço de dias e depois de horas ,até chegar a porta do apto. de Andressa ,mil elucubrações foram feitas,mil frases decoradas,milhares de situações imaginadas e desfeitas para serem substituídas por outras.A porta se abriu e me recebeu a aniversariante,que depois de um selinho inocente agradeceu as flores e elogiou o bom gosto meu.Eu começava a gostar mais ainda quando ela me acompanhou até a sala e disse que para eu não ficar um pouco deslocado ou entediado ela e a irmã tinham mandado vir do interior a mãe delas para me fazer companhia.Bem,é quase impossível descrever a revolução mental que se tem de fazer para abraçar uma situação dessas.
Na verdade,acredito que a imensa maioria das pessoas sempre procura tergiversar quando se trata do tempo que passou em relação a aspectos físicos e fisionômicos,evitando uma análise qualitativa do ontem com o hoje.Num primeiro momento,quando ocorre a consciência inicial , a equação filosófica pessoal montada joga a coisa para o lado ,como querendo esquecê-la ou fazer de conta que não é real.Mas tanto é repetida e cada vez mais amiúde que chega a hora que encaramos o monstro de frente.O tempo não perdoa,e costumamos dizer que o tempo passa,mas quem passa somos nós,o tempo apenas faz a volta.Não houve uma surpresa assustadora,mas acho que sim um reconhecimento de que estamos de fato passando,quando uma pessoa que conheço há tempos ,acho que até sem querer,disse que eu era muito bonito quando moço.E agora sou o que?Deixa assim,é melhor,mais adequado .

domingo, 20 de abril de 2014

Noite !

Sei lá  o motivo,na verdade sei muito bem qual é,mas tem dias que achamos melhor esconder de nós mesmos as razões pelas quais não queremos sair do casulo em que nos enfurnamos vez que outra.Mas é que ,mais uma vez,sonhei contigo aquele sonho que já vivemos e que continua sendo um sonho ,mesmo que se torne real ocasionalmente.Mas ele,os dois,são tão bons,tão gostosos e completam tanto os espaços que a vida deixa vazios,que é salutar revivê-los,talvez até pela consequência fantástica de viver duas vezes cada um,misturando o sonho com o real e vice versa,até confundindo um com o outro,sem que haja diferença.Mas nessa noite de pesach,de passagem para a Páscoa,acordei no meio do sonho e meio que atordoado levantei e fui até a bomboniére,peguei um chocolate e vim comê-lo na cama,como se ali naquela hora pudesse dividí-lo contigo.Acho que até tentei e ao perceber a impossibilidade acabei por pegar no sono e continuar o sonho,coisa rara.Mas ficou a relação implícita,uma forma quase absurda de indução sentimental,onde tu e o sonho,o chocolate,tudo isso misturado com o ato de comer,como se estivesse fazendo isso de todas as formas,sem poder naquele instante ordenar qual o prioritário ou qual o mais gostoso.Isso no sonho,porque no real,tu que não tem nome escrito,mas está gravada em mim,é a única coisa melhor que chocolate,seja ele quente ou meio amargo,aliás,o meio amargo do chocolate tua doçura releva.Boa Páscoa. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Toda Páscoa !

Em cada Páscoa é sempre a repetição de quase todos os atos que parecem se perpetuar.E,por difícil que seja de entender como uma rotina anual se torna duradoura,não só duradoura como ansiosamente esperada,quanto mais se aproxima o dia de Páscoa,mais sensibilidade vem a tona e aflora em qualquer gesto,toda e qualquer palavra.Não há nenhuma menção anterior,cada um sabe o que fazer e vive as emoções dessa quase angustiante demora.O processo como um todo é relativamente singelo,vou até uma loja de determinada marca de chocolate e compro algumas variedades de chocolate branco e envio para ela,Rosa é seu nome.Tem que ser dessa marca porque quando houve o primeiro beijo foi inesperado e ela comia um chocolate dessa marca e aquele gosto marcou de forma indelével todo o resto do que se seguiu até agora.Sei que assim que abre o pacote com as guloseimas ela comerá um e retornará com uma mensagem dizendo que provou e sentiu novamente o mesmo gosto do amor que nos une desde então e que só as circunstâncias especiais e sem solução fazem ser dessa forma.No próximo encontro, de data incerta e não sabida, tudo é posto a limpo,tudo é revivido e as certezas se repetem,já que é fora de propósito fazer planos ou tentar promessas.Tudo é válido dentro do que é possível e naqueles instantes que não tem tempo porque são sem fim qualquer coisa é válida,tudo é bem vindo,tudo é permitido.Até o adeus momentâneo e que é quase um até mais se  transforma numa lembrança,já que nesse caso,não há lugar para a saudade,só e apemas quando estamos juntos.Boa Páscoa,bom chocolate.

domingo, 13 de abril de 2014

Incertezas !

Não foi nada premeditado,foi um acaso e surgiu como se tivesse brotado do chão ali naquele momento.Mas aconteceu exatamente assim,de repente,do nada, que é para onde deverá se dirigir e por lá acabar.Mas,enquanto isso não acontece,vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos,se é que irá acontecer alguma coisa.Nós chegamos juntos no Supermercado,ela vindo do lado oposto ao meu e quando cruzamos um pelo outro chamou a minha atenção a forma que ela me encarou,como se me fotografasse.Esse tipo de olhar já conheço de diversos carnavais passados e sempre me deixaram curioso,tenham ou não tido algum tipo de sequência,acho até que nunca aconteceu de algum deles ter avançado mais que isso mesmo.Mas eu estava na gondola dos grãos quando observei que ela examinava diversos tipos de arroz e vi ali uma oportunidade de tentar uma aproximação,já que aquele dia e aquela hora eu estava disponível e disposto,portanto com tempo livre que poderia ser,como foi, usado como entendesse.Falei que tal arroz que ela examinava era bom e que eu o usava,talvez por ser bom é que o arroz que eu fazia era o melhor que conhecia,algo mais ou menos nesse sentido,já que me pareceu que ela não tinha muita intimidade com cozinhar,essas coisas.Afinal,linda e bem posta como era,devia ser uma executiva que não tinha tempo e nem vontade,talvez,de fazer isso,e essa ocasião que experimentava talvez fosse uma necessidade social,sei lá.O caso é que atirei para o alto para ver onde a bala caíria e ela se interessou.Tanto é que retrucou dizendo que não me conhecia mas achava que eu exagerava e não era tão bom assim meu arroz.E o papo desandou,repercutiu e se estendeu,tanto que hoje ela tem meu celular e quando precisar ou tiver vontade de saborear um de gosto especial irá me ligar,palavra dela,que mora só e é independente e não é executiva,mas médica,,mora só e não tem compromisso.Ela é muito bonita,divertida e espirituosa,ela é legal,mas se vai ligar ou não,só o tempo poderá dar a resposta.Enquanto isso , a vida continua,só resta ficar esperando sem esperar,como diz Chaves.
                                               

terça-feira, 8 de abril de 2014

J C !

Não raro alguma decisão que necessita ser colocada em prática vai sendo assim como que empurrada com a barriga e sendo protelada para amanhã ou depois ou outro qualquer e indefinido amanhã.É bem o tipo de coisa que deve ser feito mas que relutamos,por razões que só nós sabemos e entendemos,até sem entender bem,mas que não definimos.E é exatamente isso que acontece neste momento,quando já é tempo e lugar de colocar um término nesta relação,mas um término acabatório,não aquele que tem ocorrido que é nada mais do que algo protelatório.Na verdade ,eu e JC,já não temos a mesma linguagem,já não buscamos as mesmas coisas e sequer damos risada da mesma piada.Os tempos mudaram,eu sei,mas se houve mudança de tempo e agora chove e relampeja,na verdade o abrigo que procuramos também já não é o mesmo de antigamente,então é o momento certo de procurar a sombra de outro guarda chuva.JC é ,para mim pelo menos,muito bonita e ,vaidosa, gosta de vestir bem,é elegante e bom papo,de cama melhor ainda.Seu maior problema é a insônia e por isso gostar de conversar no escuro da madrugada,quando meio acordado meio dormindo dizemos as vezes algumas coisas sem nexo ,ou até com nexo mais aprofundado,o que no final das contas pouco importa,pois essas conversas sempre conduzem à um mundo de devaneio e volúpias e reflexões sexuais,coisas que parecem não se coadunarem ,mas que se entrelaçam perfeitamente,pode acreditar.Esta noite que passou sonhei com ela e no sonho acabei com o que restava e quando acordei tinha a solução delineada de como fazer para causar menos machucaduras tanto em mim como nela.Sei que JC irá lamentar,mas vai ter que segurar a peteca.Só o que me deixou com a pulga atrás da orelha é que no sonho,ao me despedir, eu beijei JC no canto da boca e,beijo no canto da boca é promessa ou desejo de prometer.Mas será que isso quer dizer que mais adiante haverá uma nova recaída?Sei lá,o tempo,se houver tempo, irá responder.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Estupro, sem firulas !

Essa tentativa de algumas mulheres,lideradas pela jornalista Leila ,do Rio,acho, me parece de uma infantilidade abismal,isso para não pensar em oportunismo e demagogia barata.Em primeiro lugar a dita consulta está absolutamente certa e não será por fantasias e sensacionalismos que será modificada.O que está errado é o entendimento de que a mulher provoca e, provocando ,procura o estupro.A pesquisa apenas retrata o que a sociedade,ou parte substancial dela,pensa.Aprofundemos um pouco nossa análise e logo chegaremos a conclusão,gostemos ou não,de que numa sociedade como a brasileira,em que as pernas e os seios de uma mulher são considerados como atrativos sexuais e as pernas e os peitos dos homens não o são e podem ser expostos livremente,enquanto se a mulher o fizer é provocação ou exposição indevida ou puta vulgar,fica fácil estabelecer o parâmetro adequado.Vejamos bem,fomos criados com a teoria de que o homem pode tudo e a mulher cabe ser submissa e obedecer e a partir dessa ideia pré concebida as diferenças foram solidificadas.Numa sociedade onde existe pouca cultura e a ausência dela é cultuada e glorificada e muito pouco é feito para mudar esse quadro,fica relativamente fácil admitir até que esse resultado hoje tão badalado e debatido é normal e está de acordo com o nível educacional do povo em geral.E,como todo brasileiro,esses ou essa parcela acentuada e majoritária que até apoia o estupro certamente o faz quando for alguém,alguma mulher não de sua família,na deles não é algo admissível.Enquanto não for investido maciçamente em educação,em aprimoramento cultural em qualquer nível,esse ou pior será o resultado de qualquer pesquisa nessa área,o resto é badalação.