Outra vez sou obrigado a parodiar o eterno Raul e suas frases de canções apocalípticas e inesquecíveis. O mais provável é que eu tenha deixado me contaminar pelo excesso de euforia e tenha me entusiasmado com a chegada do Ano Novo,esperando grandes alterações em todos os campos da vida pessoal.Respeito a opinião contrária em relação as expectativas,mas olho na TV e vejo in loco nas ruas e lugares por onde circulo,aquele olhar desvairado da esperança do amanhã,quando se sabe que toda mudança de calendário gera um anseio exagerado.Confesso abestalhado que depois de levantar cedo e vasculhar minhas coisas e que deixei por fazer ainda estão lá no aguardo de minha atenção e corro para ver minha conta no banco e o que leio é uma taxa cobrada ,coisa que acontece todo mês,e fico então ,como diz Raul,decepcionado.Nada foi mudado e aquelas avalanches de euforias e automóveis entupindo as estradas já ocorreu algumas tantas ocasiões tantas quantas lembro. Sequer aquela loira voluptuosa da zona nórdica européia está por ali para dizer que veio para ficar,continua a mesma ausência sentida da prima adorada e que deixou de se exibir.Levanto os olhos e vejo na TV as pernas grossas da Ivete,mais grossas que zagueiro de time de futebol de almoxarifado,e não gosto de perna grossa.Leio na telona que uma montanha de dinheiro já foi devolvido decorrente dessa roubalheira geral que vivemos e não vejo nenhum representante eleito ou lá colocado por apadrinhamento sugerir que essa grana toda seja direcionada,já que estava perdida,para uma causa pública direcionada,como a saúde por exemplo,ou à educação.Por todas essas expectativas é que levantei cedo e comecei 2016,mas ao menos parece que começo a ver e ouvir,mesmo que longinquamente,a sombra sonora de um disco voador.
Resta apenas desejar, para todos os que tomarem ciência deste post, um feliz Ano Novo e,para mim também,claro.
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