sábado, 7 de setembro de 2013

Amostragem !

O difícil foi conviver diuturnamente com com a tentativa permanente,quase febril,de esquecimento,mesmo sabendo que isso não ocorreria.Ela era e é, simplesmente, inesquecível.Depois de muito tempo a aceitação gradual disso fez com que tudo ,ou quase tudo,se acomodasse e seguisse seu ritmo normal e nestas circunstâncias se encaminhavam para um adormecimento doloroso e dolorido daquilo que passou a ser a razão maior de toda uma vida ou o que dela fosse feito.A companhia desejada era sabida ,a forma de chegar até ela também era conhecida ,mas os caminhos estavam bloqueados por situações e acontecimentos anteriores que haveriam de repercutir para sempre e tornariam cada encontro numa expectativa de desenlace nebuloso e controvertido,tornando-os ansiosos e  portadores de limitações próprias do processo como um todo.Nesse longo período de alegrias intermitentes  não houve tempo nem vontade  de se auto propiciar novos rumos,apenas deixar o tempo passar para ver o que aconteceria,sempre tendo embutida a esperança,tênue e constante,de que algo ocorreria que faria alterar o ritmo daquilo que já estava estabelecido.É lógico que não ocorreu nada que propiciasse alterações substanciais,apenas fatos e coisas que eram resultados corriqueiros de situações banais,pois após o desenlace a própria negação de olhar para os lados fez com que tudo andasse em linha reta,sem variações que transformassem em outros atos coisas já tidas como definitivas.
Esse texto é parte de um dos contos que estarão presentes no livro em elaboração e que se chamará 20 contos de... Réis,com término previsto para o início de 2014.

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