Foi uma decisão difícil de ser tomada,mas não havia mais condições de adiá-la,algo precisava ser definido,um norte tinha que ser determinado.E foi,e causou dores,propiciou beicinhos,lágrimas furtivas.Quando minha prima me disse que havia decidido que viria ver a Copa comigo e que ficaria aqui em casa,a partir daquele momento foi eu que entrei em pânico e até duvidei da sanidade mental dela.Uma revolução sem armas de guerra seria estabelecida e,mesmo que não houvesse mortos e feridos,certamente reputações e conceitos teriam de der reavaliados.Esse tipo de coisa,envolvimento amoroso consensual entre parentes sempre causou rebuliços na família,e agora ,justamente num momento onde aparentemente existia uma suave calmaria,esse caso seria entendido como uma bomba com efeito cascata,que vai repercutindo e aumentando sempre seu grau de expansão e atingindo quem se apresentar na linha de tiro.Algo precisava ser feito,urgentemente ,para impedir ou desviar o foco todo e que assim minorasse seus efeitos.Porque,conforme suas palavras,a decisão estava tomada,era só aguardar para concretizá-la e então,avaliar seus efeitos e repercussões.Noutra situação,sem estardalhaço,seria muito mais que bem vinda,seria convidada a permanecer o tempo,não que quisesse,mas o tempo que não atingisse ninguém e que todo o envolvimento continuasse apenas do conhecimento de nós dois,sem manchetes,sem mídias internas dentro do ambiente em que vivemos.A solução encontrada,devido a premência dos fatos,talvez não tenha sido a melhor,mas foi a mais adequada para o momento,em vez de ela vir,quando se deu conta eu já estava na cidade dela,como se visitando parentes e fugindo dos movimentos inerentes a Copa.Ela sentiu o golpe e reclamou e mesmo que nem sequer tenha pensado em rompimento já deixou bem claro ,na próxima ,que será na Rússia,nós vamos ver juntos,doe em quem doer.Pelo sim pelo não,depois de acalmados os ânimos,a primeira coisa que fiz ao retornar à POA ,foi ir a uma agência de viagens e indagar se já havia pacotes para o futuro evento.
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