sexta-feira, 17 de abril de 2015

Sabor de chocolate !

De súbito,como dizem os paisanos,o telefone emite um sinal estridente e absurdamente alto,talvez eu o sinta assim pela surpresa e por estar absolutamente absorvido pelo livro que estava lendo naquele momento,no caso,Humilhação,relendo aliás,para mim o melhor de Philip Roth. Mas a surpresa não ficou só nisso ,do outro extremo da linha,nestes tempos que o Face ou o What são mais utilizados,estava uma pessoa que considero especial,minha Primeira prima.Uma vez ou outra já fiz alguma referência à ela aqui no blog e,quem ocasionalmente o lê,já deve ter observado isso .Confesso que fui tomado de uma certa ansiedade,considerei que algo de bastante gravidade estivesse acontecendo para ela proceder assim,já que todos os outros contatos que tivemos foi por outros meios,inclusive pessoalmente.O status dela junto a mim estabelece imediatamente uma aura de prioridade absoluta,por isso tudo a adrenalina disparou e tomou quase uma forma viva ,tal sua intensidade.Conheço muitas pessoas,dizem os estudiosos que a média de conhecimentos e de interações que temos com outros em nossa vida é de cerca de cem pessoas e, dos que me tocam ,uma parcela significativa mais ou menos tem reações e ações de uma certa forma previsíveis.Da Primeira prima era impossível qualquer adivinhação,até por tudo que havia ocorrido,pelos bons momentos e pelo desfecho inesperado e desencontrado,cada vez que pensava nela ou que alguma coisa à ela me relacionava,a sensação que me vinha era a vontade quase incontrolável de agarrá-la,abraçá-la e sentir seu cheiro inconfundível.Tão diferenciado é o cheiro dela que se o Beira Rio estiver lotado e eu entrar nele, sei se ela está lá ou não e em que lugar.Fora isso outras coisas também teriam um tête a tête imediato e duradouro.A impressão que tive é que  passou quase um dia até o momento em que assimilei ser ela realmente do outro lado  e aí só ouvi ela dizer que estava com saudades,queria me ver com urgência.Já não fumo,por isso o cachimbo não caiu,mas meu coração saltou campo a fora e acho que deve ter ido ao encontro dela.É bom que de vez em quando alguma coisa nos faça rir sozinho,rir de alegria,de felicidade,mas só de vez em quando,para que seu valor seja de fato aquilatado e mesmo se for toda hora pode encher o saco.Se contasse isso para uma amiga minha ,sei que ela simplesmente diria,c'est la vie.

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