sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Histórias que a vida escreve!

O barulho da ligação telefônica por causa da excentricidade da hora pareceu mais alto do que realmente era e não olhei sequer o número que discava no identificador de chamadas.Ao atender não tive surpresa,sabia que aquela chamada por qualquer motivo que fosse ,aconteceria mais cedo ou mais tarde,reconhecendo imediatamente a voz inconfundível e há tanto tempo aguardada.Ela disse apenas que estava com sério problema devido ao adiantado da hora e falta de como se locomover,ah ,e estava com medo.Estou no Parque Belém sózinha e me borrando de medo.Apenas respondi que estava saindo e em 15 minutos estaria lá,que ficasse quieta e que daria tudo certo.Lá chegando a encontrei com cara de apavorada e com um corte que ainda sangrava no joelho e escoriações nos braços e mãos,havia caido e se machucado bastante.A ajudei a entrar no carro e saí, parando em um posto para comprar uma água e rehidratá-la,dali seguimos para sua casa cujo caminho não era a primeira vez que era feito.Foi dificil subir os degraus dos dois andares (prédio não tinha elevador)até seu apto que era no último andar,ela com dificuldade de escorar o pé e abalada emocionalmente  devido ao risco que imagina que correu e que era maior em sua cabeça do que realmente o foi.As machucaduras foram limpas e medicadas, foi chamado um baurú do Rosário que tem ali perto.No decorrer de todo esse tempo raríssimas palavras foram trocadas,como se houvesse um certo constrangimento em tentar falar e abordar algum assunto indevido.O momento era de atender aquela necessidade específica e essa foi a atitude tomada.O cansaço e as emoções associadas ao medo e a incerteza anterior a venceram e para colocá-la na cama foi necessário mais um cuidado extra para não prejudicar os curativos.Depois de trocar toda a roupa dela e colocar seu pijaminha falei ,sabendo que não me escutava direito, que deixasse o banho para de manhã quando estaria em melhor forma.Tudo estava finalmente em seus devidos lugares,só restava sair e batendo a porta ir embora,mas num momento de fraqueza antes de apagar a luz retornei ao quarto e lhe dei um beijo,leve beijo de boa noite,bom sono.Ela reagiu e falou :dorme aqui,comigo.

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