A bagagem estava reduzida ao mínimo necessário e, além disso, apenas um par de brincos e uma caixa de crispes de chocolate branco da Kopenhagen.Era obrigatório ser da Kopenhagen,qualquer outro não servia.É preciso salientar que os brincos eram a representação inequívoca da vontade de propriedade,(presentear brincos significa querer a posse),não de quem os fosse usar,mas a posse de seus sentimentos e de todo seu encanto e de tudo que isso comporta ,as extensões ampliadas,o batimento cardíaco acelerado .O chocolate branco significava misturar o encanto e a doçura de quem o recebesse com a própria natureza dele,fazer essa dicotomia aleatória,pois quando a toco,quando sinto seu cheiro,quando ela me toca,algo se derrete em minha boca e distribui esse sabor único e que vem dela ,por todos os cantos de mim.Certamente o chocolate terá seu sabor e seu gosto muito melhorado.A isso tudo eu qualifico como uma fotossíntese humana e dupla ,onde um purifica o ar que o outro respira.É desnecessário dizer mais,pois se assim o fizesse estaria entrando no campo da coisa explícita,o que ,convenhamos , interessa apenas aos atores desse pequeno grande pedaço de vida.Que seja sempre assim e que dure ,não digo eternamente,mas até o fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário