segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mais um adeus !

Não é porque seja quase uma despedida que tenha a obrigação de ser sofrida,dramática ou derramando emoções.Pode ,e acho até que é melhor assim,que seja algo discreto,sem alarde,como quem sai sem culpa,devagarinho e em paz consigo mesmo.Eu,particularmente,prefiro desse modo,sem acusar ninguém e sem dar oportunidades de me culparem pelo afastamento,acredito que se ele está ocorrendo ou já ocorreu,foi resultado de nossos próprios atos ou atitudes ou até expressões.E o mais razoável me parece encarar o processo todo como algo natural ,como algo que mais dia menos dia todos tem de encarar,seja pela vez primeira ,seja continuamente até acostumar.O adeus,quando acontece entre duas pessoas é apenas consequência de algo que vem se avolumando há algum tempo e ,mais dia menos dia,chega ao ponto de saturação e tem de sobressair.Mas todo o adeus tem também ,embutido naquela espécie de pasmaceira que o precede ,muita coisa de belo,de interessante, e sempre ensina algo,que quer queiramos ou não servirá de ensinamento para outras situações futuras e que certamente virão.Porque nada se torna eterno,tudo é mutável e como somos quase escravos do novo ,do desconhecido que nos atrai,de alguma forma adquirimos uma coisa nova que irá futuramente alavancar alguma ideia nova,seja ela alvissareira ou não,coisas que só o passar do tempo mostrará.Convém lembrar,e sempre lembro disso,que um filósofo de boteco disse muito bem, que nós é que passamos,o tempo apenas faz a volta e retorna ,mesmo que com outra roupagem,mas retorna.Por isso não abomino o adeus,como que seja algo relacionado a tristeza ou melancolia,mas o atrelo a horizontes que se abrem e que pela própria vastidão da vida se ampliam mais e sempre.E repito ,sempre,que venham outros e que ao se repetirem me façam mais sábio das nuances todas do amor e do desamor,das lembranças que ficam e das que se vão,dos abraços e beijos que foram trocados e daqueles que tive apenas vontade.Sei lá quais foram os em maior quantidade,mas todos foram válidos,até porque alguns que não ocorreram poderão um dia acontecerem,os que existiram ,estes não se repetirão,com certeza,pois águas passadas não movem moinhos. 

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