quinta-feira, 7 de março de 2013

Laura x Petrarca

Francesco Petrarca tinha um amor infinito por Laura de Novais e fazia dela a musa inspiradora de seus poemas.Por causa disso e para ela inventou o soneto,forma usada e reverenciada até hoje e uma das razões da perpetuação de seu nome.A outra razão de ser lembrado,citado e editado é a qualidade de seus versos,quase todos dedicados à Laura.Eram,e continuam sendo,tão bonitos e bem arranjados  as estrofes de suas composições que em determinada época chegou a ser literalmente plagiado por Camões,o eterno da língua portuguesa.Isso ocorreu no período de 1304 a 1374,época em que o poeta viveu.Quer dizer que o amor eterno e infinito,sem hora e sem explicações de como aconteceu,já vem de longe na família,tanto da parte masculina como feminina.Laura de Novais era casada e se coadunava com os costumes da época,nunca entre ela e Petrarca ocorreu nada de mais intenso,talvez um beijo roubado nalgum canto perdido.Ele frequentava a casa dela e tinha seu amor correspondido,mas ,usando termos atuais,nunca comeu ela,e ambos desejavam isso,que não aconteceu (me vem a lembrança e imagino o trabalho para tirar as pressas aquele mundaréu de roupas e espartilhos e calcinhas samba mais que canção,que necessitaria só para isso uma meia hora).Petrarca morreu em depressão por nunca ter atingido seus anseios verdadeiros,que não eram só comê-la,mas viver e fazer seus versos para ela ao vivo e a cores,pois as cores eram aquelas que tinha na alma.Laura se foi não muito depois,definhou pouco a pouco e foi ao encontro dele,onde devem estar até hoje.Hoje existe uma situação quase semelhante,só que não se aceita mais o amor platonico,se vive mais para a cornucópia mais imediata,saborosa e duradoura,quase eterna,já que eterna nem a vida é.Os Petrarca continuam muito parecidos, os de ontem e os de agora,só mais adaptados,mas amando do mesmo jeito.Ah, os meus versos eu não mostro.

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