sexta-feira, 7 de junho de 2013

Facto est!

De súbito,um encontro casual,uma situação inicialmente meio receosa,acabrunhante até,como se sumissem as palavras e não houvesse o que dizer.Também de súbito,caracterizou-se como um reencontro,mas era isso e, jamais ocorreu tal tentativa,mas dava a entender que penderia para esse lado.As palavras e frases surgiram aos borbotões e cada um queria falar mais que o outro,havia,parece,muita coisa  a contar,a dizer,a explicar,mesmo que tudo tenha com o tempo se auto explicado.Meras desculpas inconscientes,talvez para ficar mais tempo juntos,mas que eram necessárias por em prática.A conversa se estendeu e foi-se ficando,ficando,até que o termo que era o antigo se modernizou e aconteceu o gostoso aconchego, e rolou um vinho e um beijo e a saudade para ela e as lembranças para ele se embrulharam debaixo do edredom na noite fria.Pela manhã não existia mais saudades e as lembranças estavam relembradas e a certeza absoluta que era possível  vez que outra um reencontro "ficado" ,jamais uma continuidade do antigo ,do já vivido e já passado.Começava na despedida ,mais uma,outro tempo de saudades ou de lembranças,que poderá ser breve ou não,mas que tende a se transformar apenas em passado,por sinal,um belo ontem.Depois ,mais tarde ,na solidão de si mesmo,fica-se pensando ,com um leve sentimento de culpa,onde se misturam as alegrias do ter acontecido e ter terminado, sem mortos nem feridos,de que se não foram atingidos as coisas que se desejava é porque o sonho inicial se evaporou em cada um e pouco a pouco esvaneceu-se dentro deles.Uma bela lembrança revivida vale mais que toda a saudade que possa ser sentida.Ou,como diria um filósofo de de boteco,que conheço,choque de amores não amassa a lataria,só machuca a alma.

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