Mentirinhas !

Foi algo que não houve intenção precípua,mas a ocasião que se apresentou forçou a uma tomada de posição talvez não condizente com todo o processo que circunda tais tipos de atitudes.Aconteceu que fui surpreendido por uma visita inesperada e incomum,de uma pessoa que é meu parente e que tem conhecimento de quase todos os outros da familia,assim como eu.Para homenagear uma pessoa especial pelo dia dela,da mulher,coloquei duas ou três,três para ser mais exato,fotos suas em meu mural,mural este que já referi aqui algumas vezes e que ocasionalmente aparece em fotos caseiras.E passou o dia e ela foi devidamente homenageada também de outras maneiras menos sutis e acabei por esquecer tais fotos no mural,em lugar de destaque e bem marcantes,pois além de sua beleza natural e que transmite um raio de claridade especial,as poses são agradáveis de ver.E foi esse justamente o problema,pois tal parente de saída perguntou quem era aquela,que ele achava que conhecia.Lógico que eu não poderia dizer quem era e respondi no embalo que era minha filha e por extensão quem era aquela outra e eu disse que é minha neta ,e assim por diante.Ainda bem que ele suspendeu o interrogatório e pude respirar um pouco,lembrando de imediato daquele velho ditado que diz que o melhor mentiroso é aquele que mente mesmo dizendo a verdade,o que não era o caso.Mas me safei e assim que ele se foi,eu ansioso que ele fosse embora para não ter a oportunidade de perguntar e esmiuçar as fotos,logo fiz uma varredura no mural,para que não ocorra novamente situação parecida.Não me dou bem com coisas escusas,mas naquele momento só a presença de espirito e as fotos que circundam as outras me salvaram,pois de fato mesmo,se eu não tivesse reagido e ele reconhecesse a pessoa que está na foto realmente,fofoqueiro como é,logo todos saberiam que existia ,sem explicação aparente,uma foto de fulana em meu mural,o que de fato não tinha explicação.Se por acaso,espero que não aconteça,ele aparecer de novo e indagar pelas fotos,eu já tenho a resposta engatilhada. O velho Negro Pedro costumava dizer quando de seus excessos etílicos,bobo é o sapo que não criou cabelo.