Outro enfoque !

Eu acho que não e sinal dos tempos,mas apenas consequência da época em que vivemos,onde os interesses e as necessidades se resumem numa individualidade cada vez mais acentuada,já que só depois de examinar bem nosso próprio umbigo é que,talvez,olhemos para o lado.E ,no lado ou na frente  ou até por detrás, sempre tem alguém em quem despertamos interesses e que ,não raro,estão ansiosos por terem uma oportunidade de contato e convivência conosco.Talvez por ter essa visão um tanto quanto pessimista no sentido da ausência de expansividade é que quase sempre entro num choque cordial com uma pessoa que até hoje não consegui classificar de forma definitiva no meu rol de envolvimento.Sei lá e tampouco vou procurar saber se é paixão passada,futura ou eterna,ou um amor desavisado e que se insinuou sorrateiramente ou uma permanente esperança de trocas efetivas ou desilusões prematuras,na verdade é melhor deixar assim como está e não se preocupar como vai ficar.Mas,parece que eu adivinho mais ou menos a época em que vou receber dela um e mail ou uma mensagem ou qualquer coisa que diga que ela está viva e que pensou em mim,quando afirma nesses contatos que está com uma saudade enorme,morrendo de paixão.Então eu aproveito e respondo que já estava esperando essa manifestação,que já era época dela se manifestar e que a saudade dela e sua paixão que só se mostra nessa ocasião é igual ou muito semelhante ao Imposto de Renda ou campanha de vacinação,se dá apenas uma vez por ano e com data mais ou menos definida.Ela fica furiosa com essas observações e reclama,mas eu entendo que os envolvimentos do dia a dia e que duram cada vez mais em uma velocidade sempre ascendente levam à isso,os relacionamento ficam difusos,diluídos,meio que esquecidos e postos de lado. E,quem pensa como eu ,ou da forma que encaro e penso,acaba por aproveitar e tirar isso de letra,fazendo disso tudo um motivo para dar risada e se divertir,ou até,como dizia aquele famoso primo rico da televisão,ter frouxos de riso.Porque a coisa como um todo é tão repetitiva e constante que causaria dor realmente se deixasse de acontecer da forma como acontece,ou seja,os amores começam a dar sinal de que serão postos em segundo plano,primeiro a carreira,os interesses pessoais e as satisfações individuais,depois sim,aí entra a parceria,a cumplicidade ,se houver ainda espaço para isso.No final das contas a gente se adapta e nem sente mais a diferença,já que o tempo foi outro e já passou,o que vale é o que está em andamento,o outro deixou lembranças claro,boas,muito boas,mas lembranças apenas.