Pelo que se sabe o filme Caminho da Liberdade,que conta uma história real,estabeleceu um roteiro quase idêntico aquele que aconteceu na vida dos personagens ali representados.No decorrer da história,de muita intensidade dramática e pouco diálogo,pode-se observar que todos os participantes daquela epopéia,tanto os que atingiram o final proposto,como os que morreram no caminho e também aquele que no final seguiu seu rumo,tinham além da força de vontade e da coragem um nivel cultural elevado e por isso sabiam como se orientar mentalmente e aliar essa técnica a intuição.Pode-se perfeitamente delinear uma linha de ação que demonstra não haver limites,remorsos ou entraves quando se trata da preservacão da vida e que nesses momentos cruciais são esquecidos os próprios tabus e preconceitos, entrando no terreno da superação pura esimples.Mas,para mim,o que mais me chamou a atenção e que foi pouco comentado pelos críticos,foi o papel representado pela personagem Irena,recolhida no meio da marcha contra a gosto da maioria deles.No decorrer da empreitada quase que impossivel e com o diálogo restrito, ela serviu de confidente e desabafo para todos individualmente,a única pessoa para quem contavam seus problemas,seus dramas além daquele que estava implícito e seus medos e esperanças.Acho até que como filme as revelações que trocam com a interferência subliminar dela é o ponto alto da narrativa,bem como a cena em que espantam e substituem os lobos ao devorar uma carniça,demonstrando que a sede e a fome são o maior e mais importante foco do ser humano,lógico que aliado aquilo que se propuseram,a liberdade.Tenho nítida preferência por filmes baseados em fatos,sempre fica algo útil,desde que bem feitos,bem contados.E esse foi.
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