quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sem explicação!

A tradicional e costumeira noite de quinta não prometia nada de especial , tudo dava a entender que seria apenas mais uma noite,sem nada que a marcasse,sem um acontecimento  que a fizesse diferente de algumas outras,mesmo que ocasionalmente algumas delas possam ter sido incrementadas por coisas inesperadas,mas enfim benvindas.Não tenho conseguido encontar uma forma coerente de explicar porque de repente,sem que nem porque,deu uma vontade maluca,uma necessidade imediata de ir embora,de ir para casa,de ir ao encontro de alguém que possivelmente esperava,alguém que tinha acesso livre ao meu ambiente particular e alguém que queria ansiosamente me ver e que eu também ansiosamente precisava encontrar.Coisas assim ocorrem de uma forma que não fazem perguntas só querem respostas e o ato de esvaziar o copo e se dirigir ao carro foi questão de segundos,sem dar o papo tradicional com a possivel e ocasional parceira e dona do local onde se estava.O trajeto feito quase que de forma dispersiva e demasiadamente rápido foi vencido sem sentir ,ocasionando em qualquer demora como uma sinaleira fechada uma irritação desproporcional e quase irracional.Havia sómente aquela necessidade urgente e desesperada de chegar e encontrar alguém que me esperava.Do estacionamento até o apto.foi quase as carreiras tal a pressa e a ansiedade que se tornavam quase insuportáveis.Sabia com certeza da felicidade dela em me ver e também ansiava de forma quase angustiante o momento do abraço apertado transferindo calores e do beijo quente e molhado,promessa de uma noite de inverno chuvoso debaixo de um edredom cor de fogo fátuo.Como já vinha com as chaves na mão elas foram introduzidas na fechadura e giraram abrindo a porta que se escancarou fazendo barulho ao chocar-se no batente e lá no interior do apto,no sofá...

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