sábado, 16 de julho de 2011

Escolha com quem dormir!

Sempre defendi a idéia que saudade é coisa que não existe e é apenas um jogo de palavras para justificar uma situação de abandono e desencontro que vivemos em um momento atual e que sabemos  não podem ser revividos .Saudade é uma figura poética criada para dar um sentido à letras de músicas de dor de cotovelo.Tenho repetido igualmente que o que é importante mesmo são as lembranças que nos acompanham ,são aquele conjunto de situações que extrapolam o relacionamento e fazem dele uma eterna revivência,tanto faz se tenha acabado ou persista esse envolvimento.Mas,e sempre tem um mas,quem tem lembranças sabe o quanto elas podem ser danosas e doloridas,principalmente quando surgem nos momentos menos adequados,quando lembrar uma situação passada pode atrapalar ou acabar com alguma coisa presente que esteja se delineando  e fazer com que um futuro que poderia ser cheio de alegrias e bons momentos naufrague.Devemos saber lidar com as lembranças da mesma forma com que enfrentamos algo muito delicado e sensível,pois elas podem reabrir feridas mal cicatrizadas e coisas não resolvidas,elas tem a capacidade de fazer doer e sangrar  por onde achavámos que não havia mais sangue,tinha secado.Eu aprendi a viver e conviver com elas quando consegui aceitar que toda a lembrança tem duas faces,dois lados,o meu e o outro lado que certamente ,queira ou não,vai de vez em quando revivê-las,basta que num lampejo,há qualquer hora e em qualquer lugar,de uma delas,que por terem sido tão intensas (palavra da moda,intensidade)são  inesquecíveis e estão incrustradas no nosso íntimo.Que elas são lindas são,mas que podem doer podem,então devemos usá-las de acordo com nossa indole,alegre ou sofredora,otimista ou masoquista.

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