domingo, 28 de outubro de 2012

Eterno desafeto!

Como se fosse fácil pular o muro e vencer todos os obstáculos que impedem chegar até ela,afastar de si todo e qualquer agouro decadente e trazê-la para o lugar onde sempre deveria ter estado.Hoje o mais provável,e talvez seja a única probabilidade ,é que existe tanta coisa intransponível,inacessível e sem chances de solução,que o mais sensato seria desistir e ficar apenas com as lembranças, que possuem a própria essência desse viver. O resto seria chover no molhado,coisas solucionadas por não terem solução,então, sem perspectiva.O tempo,esse permanente contingenciador, que se posiciona de acordo como a situação se apresenta e jamais toma posição que não esteja afinada consigo mesmo.Se tivéssemos a capacidade de fazer o tempo ser nosso permanente aliado,o faríamos trabalhar a nosso favor e a primeira coisa que certamente iriamos querer é que o próprio tempo não passasse,para que se estendesse infinitamente os momentos juntos de quem está atrás daquele muro que não se pula,que se não  houvesse o tempo seria perfeitamente atingido o outro lado e ficado perto de quem hoje sobrevive lá.Na verdade não há alguém que seja de hoje ou de ontem,todos são do período de vida que viveram e vivem e que fizeram dela,bem ou mal,a razão maior de atingir objetivos e conquistar aquilo que faz chegar o mais próximo da felicidade latente,como bem dizia Petrarca em seus versos,aquela que lateja permanentemente com a circulação sanguínea.Ah,o tempo e o "se",esses dois me sufocam e me dizem que seria melhor sem eles ,desde que não estejam do lado que defendo. Philip Roth,o maior escritor do momento,afirma peremptoriamente ser o tempo a maior desgraça que alguém pode imaginar e eu acrescento,que sendo assim,quando quiséssemos rogar uma praga para um desafeto seria só dizer à ele,espera o tempo te pega.

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