O mais saudável seria não misturar as coisas e assim não confundir todo o desenrolar e funcionamento do processo altamente volátil de aceitação e envolvimento com sentimentos muitas vezes conflitantes.Não existe nada de preocupante ou fator de frustração em não admitir para si mesmo que esse envolvimento,essa vontade de estar quase de forma onipresente ao redor de alguém,seja um demonstrativo explicito de um outro recomeço,na eterna mania humana de sempre recomeçar,mesmo que os outros tenham causado horas difíceis e doloridas que pareciam intermináveis, mas que ,como tudo,o tempo fez esvanecer e se perder na poeira do que jã foi,do passado,do tempo ido e que não tem retorno.Nessas horas de duvidas,indecisões e desencantos que machucaram,e falo no passado porque foi ontem,o hoje ,o agora pode estar trazendo aquilo que sempre foi buscado e sempre num passo mais adiante negado,desfeito,perdido como que por encanto.Na verdade mesmo,o amor ideal,aquele sempre sonhado pode ser o primeiro,ou outro qualquer na escala de sequencia de vida,mas sempre e definitivamente sera o ultimo,depois dele não existirão amores,apenas relacionamentos.Fazer com ele seja infinito tem outra conotação,uma forma diversa e diferente de encarar e sobrepujar as barreiras naturais que se interpõem e,ate as que a gente mesmo cria por medo de perda ou por simples psicose.O amor ideal,buscado freneticamente por quase todos,digo quase porque alguns fogem dessa busca,se escondem em seus próprios caramujos com medo de algumas cicatrizes,não admite sobras de outro,quer ser único e exige e faz disso fator fundamental,entrega e doação total de parte a parte,tudo novo,reluzente,como se nunca nada tivesse sido usado.Ele não tem forma definida,não tem hora nem lugar para aparecer,seu aspecto muitas vezes difuso parece ser propicio para dar aquele toque de mistério que deve ser desvendado a cada hora,a cada dia e isso é uma das coisas que faz o encanto de quem o achou,mesmo que ele esteja com problemas de execução.
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