Uma reunião dominical entre amigos e amigas de idade que varia dos 25 aos 150 anos se torna,a principio lentamente,como formando o embrião do resultado a posteriori ,e depois num atropelo de assuntos que surgem,e como surgem,onde quase todos tem algo a dizer,alguma coisa a contar,um engasgo qualquer e querem botar para fora.Mesmo que aquilo que chamo de acompanhamento desses entreveros emocionais,seja consumido acima do normal,que são a carne e a bebida ,todas elas de diversos quilates,o que acaba predominando de fato e,se percebe com clareza,é que cada um e todos sempre possuem uma angústia,uma alegria pouco explorada mas por demais sentida,para contar,para até debater,talvez nem procurando e esperando soluções ou auxílios,mas ,de fato o mais provável,uma justificativa e um apoio para a atitude que tomou,ou,deixou de tomar.É bom deixar bem claro,que o prato principal,digamos que também a própria sobremesa,seja esse papo,essa conversa franca e clara que aqueles que contam algo sabem que terão.Por mais que se tenha experiência,que ache que se conheça vida e suas nuances,sempre é surpreendente como as pessoas,todas,para não generalizar,quase todas,se apegam muitas vezes a pequenos detalhes (durante muito tempo em sua vida...) e fazem deles problemas quase insolúveis,bem que pequenos para outros,para quem os vive um dilema.Coisas pessoais ,entendimentos particulares e soluções em muitas ocasiões problemáticas ou angustiantes.Pessoas que se imagina sem grandes galhos de repente espalham pela mesa soluços incontidos,dramas que se ali não encontram solução,certamente acham um apoio,o que muitas vezes é o começo do encaminhamento do caso.Eram dez pessoas,irmãmente divididas por sexo e se todas fossem incentivadas a falar e se buscasse os detalhes de cada um,no mínimo estaríamos lá até agora,mesmo sabendo que sólidos e líquidos não faltariam.
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