quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tendências ?

Fatos recentes  e coisas reais de um passado que pelo tempo já vai longe,mesmo que os atos praticados naquele tempo ainda repercutem e não devem ser esquecidos,trazem a tona interpretações similares e que revelam,pela minha ótica,uma tentativa,sei lá se consciente ou não,de amenizar monstruosidades,dando-lhe um ar de compreensão,como se esses que entendem assim fossem seres superiores,de pensamentos sublimes e reveladores.Vou abordar dois casos ,um da semana passada e outro de cerca de 70 anos atrás.Há poucos dias um menino,na idade pelo menos,já que tem 13 anos,matou a família toda em São Paulo e psicólogos e psiquiatras  questionados a dar um parecer disseram que era algo que poderia ser compreendido se fosse estudada a forma como os pais usavam sua autoridade sobre ele.Esqueceram de dizer que ele frequentava colégio ,tinha amigos e se relacionava com várias pessoas,portanto passível de distinguir as coisas divergentes,se é que a teoria esteja certa ,o que não se saberá.
O outro caso diz respeito a um filme ,que não vi e sei lá se irei assistir,mas que trata do julgamento de Adolf Eichmann,um dos carrascos nazistas .Hanna Arendt,esse o nome do filme e da reporter que cobriu o julgamento do monstro em Israel em 1960.Pois a moça chegou a conclusão definindo que Eichmann não era um monstro,apenas um burocrata que decidiu não pensar no que fazia,como se as milhares de mortes efetuadas por ele fossem apenas uma coisa de esquecer que estou fazendo hoje,fiz ontem e amanhã farei novamente.O que parece,ao menos para quem vê da forma que vejo,que existe uma clara tendência de tentar compreender aquilo que não há como assimilar,de sã consciência não há.Houve um tempo e que de vez em quando retorna que para os gênios de plantão, qualquer fato mais grave e sem explicação plausível se apelava para o chavão argumentativo de que sendo filho de pai alcoólatra e que batia na mãe que era prostituta só podia sair um monstro ou coisa que o valha.o caso de São Paulo ainda vai repercutir bastante para depois cair no esquecimento e quando o menino tetra homicida completar 18 anos sai da Instituição de menores com a ficha limpa e se facilitar com comportamento elogiável.Quanto a Hanna Arendt é interessante que se diga que ela teve um caso interessante com um grande filósofo,Martin Heidegger,que era simpatizante do nazismo.Talvez isso não explique,mas que ajuda um pouco  a entendê-la,ajuda.

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