domingo, 20 de outubro de 2013

Desencontros!

Viver também ensina a que facilitemos desencontros,criando condições a que eles aconteçam sem que sequer percebamos.É quase uma automaticidade do dia a dia, e a sequência ininterrupta disso proporciona que sejam deixados de lado vivências e envolvimentos que poderiam se tornar relevantes,ou não,apenas para equilibrar as possibilidades.Dos encontros que tivemos,e a vida é a arte de administrar encontros,podemos falar,contar,lembrar e até esquecê-los,se não suprirem nossas carências,mas são "palpáveis",temos conhecimento e trocas.Isso tudo é normal e corriqueiro,são aquilo que tergiversamos dizendo serem coisas da vida,uma forma de minimizar o que não pode ser mensurado.Entretanto,se,o eterno e indefectível se,nalgum momento perdido no detalhe e que sequer ficou na relembrança,nos fosse dado a possibilidade de avaliar antecipadamente um ato qualquer,por mais singelo que tenha siso,poderia ter determinado alterações que afetariam todo o resto da vida sequencial.É aquela velha história que Da. Helena falava,se alterar a receita do bolo, muda também seu gosto.Eu posso falar com conhecimento e vivência ,pois num certo momento da vida,sei lá qual,peguei o ônibus cedo demais ou depois da hora exata e provoquei o desencontro.Ou foi ela que fez isso?Sem resposta e sem chance de tê-la,não resolve conjecturar.Mas,essa separação atávica,se mostrou de fato quando houve o "reencontro",desnudou o imenso abismo existencial e de sentimentos que criou com sua existência,estabelecendo como definitivas atos e atitudes que deveriam e teriam tido outros personagens se tivesse embarcado naquele ônibus.É difícil olhar mais além e "ver" que ela está ali,ansiando as mesmas coisas que eu,e nada é viável de ser alterado,afinal,como ela mesmo diz,as coisas são como são.Mudanças após um tempo razoável certamente alterariam o gosto do bolo.Se para melhor ,eu acho que sim,é a pergunta que esse desencontro vai perpetuar no ar.

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