quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Finitudes!

Cada um de nós,uns mais precocemente,outras de forma mais tardia,mas todos sem exceção,num exato momento iniciamos a temporada de morte,que dura até a hora que é dado o nosso apito final.Chega uma hora em que um amigo,um familiar,ou até mesmo pessoas nem tão intímas  mas que tem proximidade por extenção de alguém vai morrer e inicia aí a nossa convivência com morte.Nunca estaremos preparados para recebê-la,jamais a entenderemos e sequer nos acostumaremos com ela,mas a desgraçada estará sempre a espreita e quando menos esperamos se mostra em toda a sua fatalidade.Não há chance de diálogo,não existe nenhuma possibilidade de negociação,nem mesmo para despedidas.É assim e fim de conversa.Então,o que fazer?Como proceder?Cada um aprende com a experiência que vai adquirindo com o convívio a forjar meios de defesa,para superar a dor que ela causa.Eu acredito que a melhor forma de enfrentar as consequências do inevitável é procurar viver de tal forma que os relacionamentos,os envolvimentos de qualquer natureza sejam vividos sempre em sua plenitude,sempre dando tudo que pode sem exigir nada em troca,pois é certo que muito retorno vem e aqueles que não trazem boas lembranças deixam um aprendizado que servirá lá mais adiante noutra situação.É vero que não nos aperfeiçoaremos de forma tal que ficaremos imunes à erros,mas é lícito esperar que erremos menos e queiramos mais intensamente os nossos afetos.Não sou assiduo de visitar cemitério,de levar flores e toda esse simbolismo de veneração pois acho que aqueles que ajudei a levar até ao túmulo não estão lá,aquilo é apenas uma forma que a sociedade encontrou para eliminar os efeitos visíveis de uma deterioração orgânica.O melhor que se tem a fazer é em vida,que a convivência seja diária ou ocasional seja pontuada de bons momentos,que deixam lembranças ,que nos alegrem por termos convivido e trocado experiências com aqueles que já se foram e que vivamos de tal forma que ao chegar a nossa vez,e vai chegar,também quem conviveu conosco tenha boas lembranças.Saudades não acredito nela e nem me interessa que tenham,quero isso sim que lembrem se foi boa a convivência,se não foi ,esqueçam.

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