Adjetivos paralelos !

Estava assistindo na tv um filme que já havia visto no cinema,bom filme,mas que independente de tratar da história do maior inimigo público interno que os EEUU já tiveram,John Dillinger,traz no final uma mensagem dele à sua amada que pelo seu conteúdo me agrada,sempre me fascinou..Ele já a morte,baleado várias vezes,só teve tempo de enviar à ela algumas palavras que só os dois poderiam entender,pois bastavam aquelas duas palavras para dar um significado todo especial e definir sempre tudo o que sentiam um pelo outro.Dillinger,que ,deixemos claro,não é exemplo para ninguém,já nos estertores da breve agonia final disse ao policial que o  havia baleado,diga a ela (citou o nome dela),adeus Melro Preto.Essa história, que é real,fez com que ela se emocionasse por saber que então apenas  ela sabia, que abrangia todo um relacionamento,que mesmo tenha sido vivido com um fora da lei foi verdadeiro e único e aquele nome de pássaro abrangia e sintetizava tudo o que um sentia pelo outro e contava suas passagens pela vida.Histórias desse tipo me emocionam porque tem a capacidade de através de seus entrelaçamentos e extensões contar uma vida,uma história,uma paixão maior do que a própria paixão. Impossível  negar que  ,e alguém irá entender isso muito bem,não são apenas esses fatores que fazem eu gostar da coisa retratada por um símbolo,uma palavra,uma expressão qualquer.Mas quando duas pessoas ,não interessa quando nem como,se encontram e descobrem e reconhecem que existe algo muito mais poderoso que os aproxima,independentemente de que aquilo vai ou não enlaçar suas vidas e de uma forma inequívoca conseguem dizer tudo em uma ou duas palavras, é porque de fato o carinho e a ternura e a troca de tudo que os faz seres humanos fez dali sua morada.Fico verdadeiramente feliz com a magnitude que alcança essa coisa tão simples,tão bonita e mais  rara ainda,e compreendo, porque se eu disser para uma determinada pessoa apenas duas palavras,ela vai saber que estou contando ou relembrando com ela uma história intensa ,que só não é maior que sua própria beleza.Das duas,dela e da história.