Algo tem que ser feito,e de forma bastante rápida,já que a minha reserva pessoal de vinhos,chilenos é minha escolha preferencial,está no fim.É urgente uma ida à Rivera ou alguém que vá e se disponha a trazer.Abri hoje a penúltima garrafa,um Santa Helena carmenére 2007,muito bom e que estava reservado para uma ocasião já programada,que irá acontecer,mas terá de se contentar com algo de sabor mais modesto.Mas ,mesmo sendo quase uma hora avessa ao vinho,menos pelo frio e mais pelos adornos,fica sempre algo que se aprende,que acabamos concluindo como uma verdade,mesmo que essa verdade seja exclusiva de cada um,e essa é a que realmente vale, a que interessa.Vinho não é e não tem a função da caipira,que serve para filosofar,de preferência auto filosofia,sequer é cerveja que é ideal para uma roda de amigos,rir e contar histórias e contar vantagens ,muitas fictícias é verdade,mas assim mesmo remete a alegrias ,sem considerar que cerveja matar a sede é desculpa,quem mata a sede é água.Vinho é uma bebida mais nobre,requintada e que deve ser saboreada na companhia de alguém que curtimos muito e que também nos curta,um amor acontecendo ou por desabrochar.É no retinir das taças que se chocam e se saúdam que as mãos começam a se entrelaçar,é no aspirar seus aromas e perfumes que o coração se enternece e a alma se desdobra em gentilezas que levam as caricias,as palavras livres e verdadeiras. Os vapores eflúvios do vinho faz quem não sabe rimar virar poeta ,faz até falar de amor quem o desconhecia,faz da companheira ,pelo menos naqueles momentos,a companhia ideal para o resto dos tempos.Enfim,vinho deve ser bebido com a mulher amada e também como ela deve ser conquistada,completamente cada dia,desde que todos sejam sempre um novo dia.
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