Não posso afirmar que fosse a única e derradeira forma de lidar democraticamente com aquilo,mas foi a maneira que encontrei de dividir um pouco da responsabilidade que me incomodava,afirme-se,já há algum tempo.Então,de supetão acessei meu Outlook e enviei um e-mail para ela,dizendo daquilo que, a bem da verdade eu mesmo tinha permitido que evoluísse, sem reagir.Foi algo sucinto mas bem explícito,onde afirmava que eu tinha tentado de todas as formas e procurado todas as razões,plausíveis e nem tanto,para não me apaixonar por ela,para não amá-la.E tudo tinha sido em vão,havia perdido meu tempo.Acrescentei quase que como um post scriptum que seria mais adequado não responder,não dizer que era bom ou era ruim,pois tudo que viesse a "falar" me machucaria.Nisso está subentendido a impossibilidade de vivência desse amor,e essa incongruência sentimental torna toda e qualquer alternativa como sem solução,e,aquilo que não tem solução por si só está solucionado.É vero que agindo assim foi aberta uma lacuna que levará algum tempo para ser refeita,e até com probabilidades de manter para sempre aquele vácuo sentimental,visto que a forma como ela excedeu todos os limites são difíceis de serem atingidos por outra pessoa,até porque também pode que suas superações permaneçam para sempre no degrau que atingiram.Mas, de qualquer forma e tenha o resultado que tiver ,a sorte está lançada e novos tempos virão.Se junto vierem outros ares,melhor,mas temos a certeza que a sorte está lançada.
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