quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Fluxos !

Seu nome é Jaira, que rima com chaira,que afia a faca,que corta a carne e até o osso se necessário for. E quando o corte é profundo o suficiente para fazer doer,fica-se com a impressão que o corte não foi ocasional,foi direcionado para seccionar artérias que direcionavam o sangue para cantos do coração que não estavam ainda preparados para sofrer as ações resultantes do ir e vir de seu fluxo.Por isso veio o corte,a interrupção pura e simples de todo o processo,que,diga-se a bem da verdade,tomava rumos de se  transformar num órgão extra que tivesse sido enxertado.Por isso,acho eu, Jaira se assustou,e na dúvida de ser considerado aquele novo elemento,e ela própria, como algo que lhe foi imposto contra a sua vontade,mesmo que quem o tenha dito da sua necessidade fosse seu coração.Parece que ela não quis correr riscos de ficar submissa e a mercê de sentimentos dos quais não tinha  o poder de controle.E cortou o fluxo,e fugiu e levou junto em sua fuga aquilo que ela mesma havia proporcionado,e que era meu de fato e por doação dela.De fato,mesmo,Jaira levou meu Natal,resta aguardar mais alguns dias e esperar que ela devolva junto ao trazer meu Ano Novo.

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