quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Feitiço da Vila !

É verdade que sequer existia projeto original,a ideia foi se formando e se avolumando pouco a pouco,conforme se enrolava a linha do novelo de um envolvimento incerto e não sabido.Mas,como todo bolo que leva fermento, cresceu,cresceu tanto que tornou obrigatória,até pelo resgate de coisas as vezes engavetadas nalgum móvel qualquer,mas jamais esquecidas,de falar coisas antigas de um lugar bem amado.Nunca foram ou serão esquecidas porque se trata de um passado que está sempre presente,não por saudosismo ou outro motivo que me escape,mas por ser uma época de origem e formação de tudo que se é hoje,de tudo o que se foi logo ali na curva do tempo.Para contar fatos relacionados a toda uma época e que  por sua extensão atingem dias de hoje seria e é necessário que se tenha contatos de ontem e de hoje, para que se possa fazer uma ilação entre os fatos.Na verdade precisaria um livro de bom número de páginas para contar quase tudo com  detalhes,então pretendo dar apenas uma pálida mostragem,dentro da minha ótica,do que foi o Ibaré.O que é hoje ,fica para os contatos .Sabemos que tudo tem um mas,um se,um pedaço de poeira que muitas vezes dificulta ou atrapalha a forma de contar ou até a maneira que se visualiza o conteúdo. Para que se chegue a uma ideia formatada e que possa ir ao forno e dele ser tirada bem quentinha para ser contada é preciso que os participantes dessa odisseia tenham uma atuação entrelaçada e um envolvimento equidistante.Mas,e aí está ele,na Vila as emoções e as paixões sempre contaram a história ,ao inverso do normal que diz sempre ser a história a contá-las. Se,sempre presente,essas trocas de emoções tivessem escorrido parceiras nas águas do Jaguari,tudo teria um enfoque único,mas assim como foi,onde os amores e as dores se misturaram,como sempre foi marca registrada de lá,a coisa fica um pouco difusa,ora visto pela ótica de um ou de outro e aí perde um pouco ,não de sua veracidade,mas de sua autenticidade.Por isso quando se chega lá e as emoções impactam com impeto de lembranças marcantes,não é possível separar uma época da outra,mesmo porque são continuidades e sendo assim se justapõem.E se nota de imediato que as marcas deixadas pelas vivências de então estão ali vivas e revividas em cada um daqueles que ainda estão por lá ou seus continuadores.Naqueles tempos em que nas épocas de férias escolares fervilhava de gente de todas as latitudes para por lá passar o verão  ,costumávamos dizer que por lá existia um feitiço,o feitiço da Vila. E lá,nessas pessoas de todas as partes circundantes ou nem tanto é que explodiam as paixões,os amores inesquecíveis,as cumplicidades que não raram continuavam por toda a vida,mesmo que vez que outra em algum próximo verão se trocasse os amores.Mas a paixão,a original e única continuava,e continua única e até palpável,eu sei disso.O feitiço ainda está vivo,na Vila.





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